A queima do barro utilizada na fabricação de tijolos e em outros produtos cerâmicos, nociva ao meio ambiente por
emitir gases estufa, pode estar com seus dias contados. As novidades
revelam diversas tecnologias alternativas a essa prática milenar.
Fabricando tijolos verdes, com conforto térmico, qualidade comprovada e
preços competitivos, empresas começam a abalar a estrutura de antigos
paradigmas desse mercado e vêm percebendo que suas apostas em sustentabilidade podem ter sido um ato de grande visão.
Há, por exemplo, os tijolos fabricados por uma empresa de Campo
Grande (MS), feitos de resíduos de antigas construções, cimento e ferro, que vêm conquistando, com enorme crescimento anual desde 1997, o mercado latino-americano e agora começam a avançar para a África, garantindo hoje à empresa um faturamento que chega a 1,2 milhão de Reais por mês.
Os adobes, criados há mais de 5 mil anos pelo ser humano, utilizam a
terra assim como os produtos cerâmicos, mas não precisam do processo de
queima, por acrescentarem outros materiais, como
os pilares de eucalipto. Pelo mesmo valor, cobrem cerca de uma área
quatro vezes maior, podendo gerar grande economia na construção. Há
outra forma de adobe, desenvolvida em Santana do Cariri (CE), que
acrescenta à liga a manipueira, um líquido que resta da prensagem da
mandioca. A mistura, exposta à luz do sol, endurece as peças pela
reação dos produtos químicos existentes nessa raiz junto ao barro e ao
calor, a ponto de se tornarem estruturais. A utilização de recursos
locais é outro ponto a favor. O pássaro joão-de-barro constrói seu
ninho de forma semelhante e foi ele a fonte de inspiração que veio da
natureza para esses empreendedores nordestinos. O que se observa é que
talvez, a curto ou a médio prazos, o trinômio forno, madeira e desmatamento possa entrar em processo de extinção.
Assista abaixo à reportagem especial do programa “Cidades e Soluções, da Globo News, sobre esses tijolos:
Fonte: respostas sustentaveis
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