abril 29, 2013

Colher comestível de vários sabores é aposta pra reduzir descartáveis



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As colheres comestíveis são feitas a base de farinha de milho
Fotos: divulgação
A ideia de trocar os descartáveis por comestíveis fez a empresa de Nova York, Triangle Tree, produzir colheres feitas a partir de farinha de milho, que podem tanto ser ingeridas, como utilizadas na compostagem.
A colher 100% biodegradável além do milho, possui farinha de trigo, fermento, açúcar, sal, ovos, leite, especiarias e ervas. Elas podem ser encontradas em três sabores: normal, picante e doce. Um para cada tipo de refeição.
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A colher de sabor neutro, por exemplo, pode estar presente em qualquer alimentação, já a segunda pode ser adicionada em comidas com pouco sabor, para dar uma incrementada, e a última pode complementar as comidas doces, como cereais.
Segundo a empresa, o item comestível pode também ser utilizado para comer com uma variedade de alimentos, assim como, para ser usado em festas, no intuito de diminuir o lixo dos descartáveis, ou até mesmo, em casa para economizar a água utilizada na lavagem dos talheres tradicionais. Sem contar que pode ser servido como aperitivo em restaurantes.
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Eco desenvolvimento

Programa Ciência sem Fronteiras deve conceder 45 mil bolsas em 2013



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A previsão é de que novos editais sejam anunciados no segundo semestre deste ano
Foto: sxc.hu

Desde 2011, cerca de 41 mil bolsas do Programa Ciência sem Fronteiras foram concedidas a estudantes brasileiros. Desse total, 23.851 foram aprovados em 2012, sendo que mais de 19 mil já estão no exterior. Outros 17.282 candidatos foram selecionados em chamadas este ano. O balanço do programa foi divulgado na última semana de abril, pelo Ministério da Educação (MEC).
A meta para 2013 é conceder, ao todo, 45 mil bolsas para estudantes se qualificarem no exterior. Até o mês de maio estão abertas chamadas para a China, Irlanda, Áustria, Bélgica e Finlândia. A previsão é de que novos editais sejam anunciados no segundo semestre deste ano.
O programa oferece bolsas para áreas consideradas prioritárias para o país, como ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde. A meta do governo é qualificar 101 mil estudantes e pesquisadores brasileiros até 2015.

Ciência sem Fronteiras
O Ciência sem Fronteiras é um programa governamental que oferece bolsas de estudo no exterior. O objetivo do governo federal é promover o avanço da ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial por meio da expansão da mobilidade internacional.
O programa mantém parcerias em 35 países, com instituições e empresas. Até o momento, os destinos mais procurados pelos estudantes para o intercâmbio acadêmico foram: EUA, Portugal, França e Espanha.

Horta de mil metros quadrados cobre terraço de shopping em São Paulo


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O adubo da horta é proveniente da reciclagem de 25% das 300 toneladas de lixo do shopping
Foto: reprodução

O Shopping Eldorado, em São Paulo, destaca-se no cenário urbano da Marginal Pinheiros ao transformar seu terraço em uma horta de mil metros quadrados. O espaço coberto de concreto e propício a acumular calor, agora produz berinjelas, jiló, alfaces etc, que vão parar nos pratos dos funcionários.
A construção de hortas em telhados, além do ganhar com a produtividade do alimento, ajuda na redução do efeito de concentração de calor e no sequestro de carbono, já que hortaliças adoram CO2, gás presente em abundância em grandes centros urbanos.
O legal também é que o adubo, que faz com que as plantas se desenvolvam, é fruto do desperdício na praça de alimentação do Eldorado. De acordo com o Plante Sustentável, o empreendimento utiliza 14 toneladas de adubo por mês, todo ele proveniente da reciclagem de 25% das 300 toneladas de lixo geradas no local mensalmente.
Segundo o engenheiro agrônomo, Rui Signori, a compostagem é utilizada há um ano e seu processo foi acelerado para 3 horas, em vez de 180 dias, graças a duas enzimas que auxiliam na aceleração da decomposição.
Até ao final do ano, Signori pretende cobrir todo o teto, que possui 9.800 metros quadrados. O projeto custa R$12 mil por mês. "Daqui cinco anos, vai ser praticamente inviável mandarmos lixo para o aterro devido às taxas. Quando o projeto ganhar corpo, teremos uma grande economia", prevê o técnico de operações Tiago de Lima Silva.
Além disso, o shopping pretende futuramente diminuir em um grau a temperatura interna do local.

Ecodesenvolvimento

abril 23, 2013

No século 20, a temperatura global foi a mais alta dos últimos 1400 anos



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As alterações na temperatura podem ser atribuídas aos ciclos naturais na órbita planetária, erupções vulcânicas e variações na atividade solar
Foto: VancityAllie

Um estudo coordenado pela Universidade de Nova Gales do Sul, localizada na Austrália, no século 20, período em que a influência humana se tornou mais significativa, a temperatura global foi a maior nos últimos 1400 anos. O trabalho, publicado no dia 21 de abril, na revista Nature Geoscience, reconstruiu as temperaturas de dois mil anos até os tempos atuais.

Segundo a pesquisa, as alterações na temperatura podem ser atribuídas aos ciclos naturais na órbita planetária, erupções vulcânicas e variações na atividade solar. Os cientistas indicam que os fenômenos climáticas não afetaram todos os continentes simultâneamente. Eles utilizaram 511 amostras, incluindo medições dos anéis em troncos de árvores, recifes de corais, núcleos de gelo, formações em cavernas e documentos históricos, para refazer o mapa da temperatura.

Steven Phipps, um dos autores do trabalho, reforça que uma das características do aumento repentino da temperatura média global durante o período se deu depois de uma tendência de resfriamento global, que durou mais de um milênio.

A Natura sugere que a forma de medição utilizada na pesquisa vai possibilitar aos pesquisadores, no futuro, a entender melhor as causas da variabilidade climática e ajudar a prever mudanças no planeta. O levantamento contou com a participação de 78 cientistas de 24 países.

Eco desenvolvimento

Cerca de 13 milhões de hectares de florestas são destruídos por ano

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Investir na gestão florestal e nas atividades de reflorestamento poderia contribuir significativamente na transição para uma economia verde
Foto: Dirlei Dionísio

Mais de um bilhão de pessoas no mundo dependem de florestas para abrigo, trabalho, alimentos, água, medicina e segurança. As florestas também absorvem o carbono, estabilizam o clima, regulam os ciclos de água e fornecem habitats para a biodiversidade.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), investir em uma floresta saudável não é só vital para o bem-estar humano e ambiental, mas também crucial na transição para uma economia verde. O alerta foi feito devido a um dado alarmante: a mata está sendo destruída em um ritmo acelerado – são cerca de 13 milhões de hectares por ano. Para a organização, investir na gestão florestal e nas atividades de reflorestamento poderia contribuir significativamente na transição para uma economia verde – de baixa produção de carbono, com eficiência de recursos e socialmente inclusiva.
"Uma economia verde é aquela no qual o aumento da renda e de empregos é impulsionado por investimentos públicos e privados que reduzem as emissões de carbono e da poluição, aumentam a eficiência energética e dos recursos e impedem a perda da biodiversidade e dos ecossistemas",  conceitua o Pnuma.

Valor

O programa colaborativo das Nações Unidas sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (em inglês, Redd+) busca criar um valor financeiro para o carbono armazenado nas florestas, oferecendo incentivos para os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e investir em tecnologias de baixa emissão de carbono para o desenvolvimento sustentável.
"O objetivo é incentivar os países em desenvolvimento a reduzir o desmatamento de modo que as florestas possam capturar mais carbono, suavizando as mudanças climáticas, para ajudar na adaptação desses países às mudanças climáticas e fazer uma contribuição para as suas economias nacionais", afirmou o chefe do escritório do Pnuma que lida com as florestas e as mudanças climáticas, Tim Christophersen, durante o Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF10), em Istambul, Turquia, finalizado o dia 19 de abril.

Eco desenvolvimento

abril 11, 2013

Vazamento de água radioativa em Fukushima pode durar até sexta



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A água contaminada não corre risco ainda de atingir o oceano
Foto: divulgação/Tepco

Milhares de litros de água radioativa vazaram de um tanque de armazenamento subterrâneo da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no sábado, 6 de março, conforme confirmou nesta terça-feira (9) o governo japonês. O vazamento ocorreu uma semana depois de ser registrado outro problema envolvendo vazamento de água radioativa.

Segundo o jornal NY Times, Ainda é incerta a quantidade de água que atingiu o solo, mas a Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa responsável pela administração da usina, declarou que os níveis de radiação fora da piscina têm aumentado. A estimativa é que ao menos 12 mil litros de água contaminada escapem até que o vazamento seja completamente controlado, o que deve acontecer na sexta-feira (12).

De acordo com a Tepco, este é o maior vazamento desde o terremoto. A água contaminada, entretanto, não corre risco ainda de atingir o oceano, uma vez que este está situado a mais de um quilômetro da usina.

Desde o terremoto que abalou o Japão em março de 2011, a Tepco vem enfrentando problemas com a manutenção dos reatores danificados sob controle. Os acidentes radioativos levaram o governo japonês a esvaziar a região ao redor da usina e proibir o consumo dos alimentos produzidos nas áreas próximas.

Ecodesenvolvimento

Emissões de CO2 nos Estados Unidos atingem menor nível desde 1994



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A substituição do carvão pelo gás natural como fonte energética representa a redução de 40% das emissões
Foto: Sxc

Mesmo sem assumir compromissos formais de redução do CO2, os Estados Unidos conseguiram reduzir suas emissões em 2012, atingindo o menor nível desde 1994 – 5,3 bilhões de toneladas. Contudo, a queda significativa não é exatamente um exemplo da “boa vontade” estadunidense diante do assustador cenário das mudanças climáticas.
Os EUA só perde para a China na quantidade CO2 emitida. Mas, por décadas, foi o maior emissor.
De fato, o desenvolvimento da economia de baixo carbono, aliado a elevação dos preços dos combustíveis e a troca do carvão por gás natural na produção de eletricidade, foram fatores decisivos para alcançar esse quadro.
Mas a principal motivação vem do bolso: o Produto Interno Bruto (PIB) americano não é mais o mesmo depois da crise de 2008, assim a redução de consumo e combustível mais caro são consequências econômicas “naturais”.



Motivações
O galão de gasolina no varejo americano pulou de US$ 1,60, em 2003, para os atuais US$ 3,60, segundo números da Administração de Informação de Energia (EIA).
No último relatório anual do Conselho de Consultores Econômicos do presidente Obama, a estimativa indicava que 52% da queda na emissão de dióxido de carbono, entre 2005 e 2012, ocorreu devido ao ritmo mais lento da economia americana.

Já as fontes de energia mais limpa, como o gás natural e a adoção de combustíveis renováveis, representa a economia de 40% das emissões. Enquanto os 8% restantes correram devido ao aumento da eficiência energética.

Porém, o gás natural não é completamente o “mocinho” nessa história. Ele tem sido adotado principalmente por conta da “descoberta” do processo de fratura hidráulica das rochas, o que barateou a produção. O problema é que o método intensifica a emissão de metano, gás muito mais devastador do que o CO2, além de gerar riscos de contaminação dos aquíferos.

Ecodesenvolvimento

Cientistas decretam degelo da maior plataforma de gelo do mundo

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As mudanças climáticas podem ocasionar o degelo, e consequentemente, a elevação do nível dos oceanos
Foto: BBC

A plataforma de Ross (Ross Ice Shelf), localizada na Antártica, é a maior do mundo, com uma área semelhante a da França, só que toda coberta por gelo. O aquecimento global, aliado à grande extensão do local, preocupa os cientistas. Segundo eles, as mudanças climáticas podem ocasionar o degelo e, consequentemente, a elevação do nível dos oceanos ao redor do planeta.

Uma pesquisa liderada por Nancy Bertler evidenciou, por meio de amostras de gelo que datam 150 mil anos de neve, a existência de sedimento marinho formado recentemente – o que em termos geológicos é avaliado em milhares de anos. Os dados ampliam as suspeitas de que a plataforma de gelo pode sucumbir.

O derretimento da maior plataforma de gelo do mundo pode acontecer nos próximos 50 anos.
Segundo a agência de notícias Associated Press, na pior das hipóteses, o processo de degelo levaria pelo menos 500 anos. Mas a equipe espera que o material recuperado contribua para estimar, até o final de 2013, se de fato vai levar 500 anos ou se pode levar 50 para a plataforma de gelo ruir, no ritmo atual de mudanças climáticas.

Descobrir a quantidade de tempo pode ajudar os governos a tomar decisões estruturais nas localidades costeiras e que ficam abaixo do nível do mar. Com as informações, eles decidirão se vão precisar construir, por exemplo, grandes diques ou se será necessário mover as populações para terrenos mais elevados.

Ecodesenvolvimento

abril 10, 2013

Prefeitura do Rio de Janeiro vai multar cidadão que jogar lixo na rua




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 Os gastos da varrição de ruas e a limpeza das praias chegam a custar R$ 16,5 milhões, por ano


No dia 9 de abril, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que, a partir de julho deste ano, vai multar o cidadão que jogar lixo no chão das ruas. O prejuízo vai variar entre R$ 157,00 (para materiais com tamanho igual ou inferior ao de uma lata de cerveja) e R$ 500,00 (para aqueles que forem maiores que um metro cúbico). Para resíduos que ultrapassam a dimensão de uma lata de cerveja, porém são menores que um metro cúbico, o valor da multa é de R$ 380,00.

Oficiais da Guarda Municipal ficarão responsáveis por essa demanda. Eles registrarão em um palmtop o número de CPF do infrator. Caso o cidadão se recuse a fornecer o dado, ele será encaminhado para a delegacia mais próxima. Quem infringir a nova lei correrá o risco de ter o título protestado pela prefeitura, tendo dificuldades para pedir empréstimos ou fazer compras parceladas no varejo.

Segundo a prefeitura, a ação pretende despertar o interesse pela preservação da cidade, além de reduzir os gastos da varrição de ruas e a limpeza das praias, que custam R$ 16,5 milhões, por ano.

No exterior, a medida de conservação de limpeza das ruas já é efetiva. No Texas e nos Estados Unidos, por exemplo, onde as multas chegam a até 500 dólares (aproximadamente mil reais), artistas locais participam de campanhas publicitárias que estimulam atitudes em prol da causa. Londres, Paris e Tóquio seguem a mesma conduta no que diz respeito ao descarte de resíduos em vias públicas.

Ecodesenvolvimento

abril 04, 2013

A matemática do desperdício


Fonte: Google Stock Image



Você faz ideia de quanto desperdiça de comida por dia, por semana ou até por mês? Não apenas ao que você coloca no prato e não come durante a refeição, mas a todo tipo de alimento que acaba no lixo por algum motivo, seja porque passou do prazo de validade, foi mal estocado, acabou esquecido dentro da geladeira, entre tantas outras razões. Agora, pense numa escala maior. Imagine quanta comida é desperdiçada na sua cidade, no seu país e no mundo. Chega a ser assustador, não é mesmo? Esse cenário é ainda pior se levarmos em conta o número de pessoas que poderiam ser alimentadas com essa quantidade de comida descartada. Um bilhão de pessoas! O cálculo é baseado em um estudo da Universidade de Aalto, na Finlândia, publicado na Revista Science.
Certamente, o desperdício de alimento não é o ponto chave da fome no mundo, mas é parte integrante desse quebra cabeça que passa pelo acesso à terra, a pobreza e tantas outras questões. Um fato alarmante é que boa parte dos alimentos descartados ainda está próprio para consumo. Em um ano, um único brasileiro é capaz de desperdiçar 37 quilos de hortaliças. Imagine quantas pessoas essa comida poderia alimentar. Em feiras e centros de distribuição, por exemplo, uma parcela considerável da mercadoria acaba indo para o lixo em razão do transporte ineficaz que acaba amassando uma fruta aqui ou murchando uma verdura ali. Muitas pessoas de origem humilde acabam indo para esses locais revirar os lixos e catar do chão o que ainda pode ser aproveitado para consumo.
Nessa matemática do desperdício, o alimento não é o único elemento mal aproveitado. Se pararmos para analisar fatores como água, energia e os recursos naturais necessários envolvidos no cultivo dessa produção, não é difícil perceber que há muito mais a somar. As perdas ocorrem em toda a cadeia produtiva, desde o plantio, passando pela colheita, armazenagem, até o transporte e a distribuição e é o consumidor quem paga essa conta. Com um melhor planejamento e um maior cuidado no manejo da produção, seríamos capazes de produzir tanto ou mais utilizando menos energia, dispondo de áreas produtivas menores e explorando menos recursos naturais. Essa é também uma maneira eficiente de diminuir o volume de lixo no mundo e mais uma lição preciosa de reciclagem.
Fonte: Respostas Sustentáveis

A solução que vem do lixo: usinas transformam metano em energia elétrica


Foto: Denise Pinesso- Flickr - vista aérea do aterro Bandeirantes
Transformar lixo em energia limpa? O que parecia inviável há alguns anos hoje é uma realidade em muitos aterros sanitários. E São Paulo, conhecida por ser uma das cidades mais poluidoras do mundo, é uma referência no assunto. Atualmente, os dois maiores aterros da capital paulista, Bandeirantes e São João, contam com usinas que transformam em energia elétrica o gás metano produzido pela biomassa. Isso garante uma redução de mais de 20% nas emissões de gases do efeito estufa na cidade, além da produção de energia para alimentar até 800 mil pessoas.
A ideia veio de longe, quando, no final da década de 90, uma empresa holandesa resolveu investir em resíduos no Brasil. Mas o resultado é uma conquista nossa. Entre 2004 e 2008, a Prefeitura de São Paulo cedeu os aterros para que as empresas responsáveis por eles criassem, em parceria com a holandesa, a Biogás Usinas Termelétricas. Essas usinas contam com tubulações perfuradas que têm a capacidade de captar o metano liberado e queimá-lo, gerando energia elétrica. O metano é produzido pelas bactérias anaeróbicas, que consomem o lixo nas camadas subterrâneas, onde não há oxigênio. Altamente poluidor, esse gás contribui 21 vezes mais para o efeito estufa do que o CO2. Até então, ele era o segundo principal responsável pela emissão de gases poluentes na cidade.
E os benefícios não param por aí. A criação das usinas fez com que os aterros pudessem vender créditos de carbono. O Protocolo de Kyoto estabelece uma cota máxima de gases poluentes que os países podem emitir. Quando esse valor é ultrapassado, devem ser comprados créditos das nações que estão com as emissões mais baixas. Os créditos do aterro Bandeirantes, por exemplo, já foram leiloados por R$ 140 milhões. Esse valor foi dividido meio a meio entre as empresas responsáveis e a prefeitura, que destina o dinheiro a um fundo da Secretaria do Meio Ambiente para financiar projetos ambientais.
Se a sua cidade possui mais de 500 mil habitantes e conta com o sistema de descarte de lixo em aterros sanitários, pense no assunto! Usinas de metano são uma opção viável, lucrativa e benéfica ao meio ambiente.
Artigo escrito por Jaqueline Sordi - Respostas Sustentáveis

Etanol brasileiro é alternativa sustentável e atravessa momento positivo




Fonte: Sweeter Alternative
Quem ainda não percebeu, vai se dar conta em breve; a gasolina subiu. O aumento do preço nas refinarias foi anunciado pela Petrobras em 6,6%. Por mais que o repasse ao consumidor fosse estimado em 4%, a verdade é que, na prática, já dá para perceber que a elevação pode chegar a até 7% na bomba. Com isso, os olhos dos brasileiros se voltam para a alternativa que é criação nacional: o etanol da cana-de-açúcar. Este é um momento positivo ao combustível por alguns fatores diferentes.
Após conversa com os produtores de álcool, o governo decidiu elevar o percentual do etanol na gasolina. Atualmente, a proporção da mistura é de 20%, mas será de 25% a partir de 1º de maio. A decisão foi tomada depois que os produtores garantiram que a próxima safra será maior que a atual, passando a gerar volume de cerca de 27 bilhões de litros – hoje é de 22 bilhões. Para se ter ideia da grandiosidade desses números, vale dizer que a produção mundial de álcool é de 40 bilhões de litros. Para completar, as barreiras para a entrada do produto brasileiro no mercado norte-americano vêm caindo a cada ano. Em fevereiro de 2010, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês), dos EUA, deu parecer favorável ao álcool do Brasil ao classificá-lo como biocombustível avançado. Esse é um reconhecimento à sustentabilidade do etanol, uma vez que ele reduz em mais de 60% as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Já no final de 2011, a notícia que pode mudar a realidade dos produtores daqui:  o Congresso dos EUA derrubou a taxação ao biocombustível brasileiro e também suspendeu os subsídios à produção de etanol americana. Com isso, o Brasil tem acesso ao mercado consumidor mais importante do mundo. O presidente americano, Barack Obama já havia se comprometido com a adoção de combustíveis alternativos e menos poluentes que o petróleo. A demanda por etanol aumentou, e as importações americanas subiram quase nove vezes até outubro de 2012. São ótimas notícias para o Brasil e para quem se preocupa com sustentabilidade: a cada tonelada de álcool combustível usado 2,3 toneladas de gás carbônico deixam de ser emitidas.
Fonte: Respostas Sustentáveis

Montanhas de resíduo tóxico criam cidades fantasmas na China, denuncia ONG



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Uma das principais produtoras, província de Sichuan é a zona mais contaminada pelo fosfogesso na China
Foto: pirateparrot


A organização não governamental Greenpeace divulgou na terça-feira, 2 de abril, um relatório informando que os resíduos produzidos pela indústria de fertilizantes fosfatadas contaminaram diversas regiões chinesas e, em algumas delas, criaram montanhas de resíduos tóxicos, levando a população a abandonar o local. 
Líder mundial do setor desde que duplicou a produção em 2001, a China sofre os efeitos do excesso de fabricação dos fertilizantes fosfatados, uma vez que o subproduto gerado, o fosfogesso, é extremamente poluente. O Greenpeace declarou que o excesso de produção fez a China acumular ao menos 300 milhões de toneladas de fosfogesso - algo em torno de 200 kg por habitante.

Depósitos 

Além de ser produzido em grande quantidade, o fosfogesso muitas vezes é armazenado de modo ilegal e perigoso. Gigantescos depósitos ao ar livre deste subproduto, a pouca distância de um rio e de zonas habitadas, foram denunciados pela organização. 
De acordo com o especialista chinês da organização ambiental Lang Xiyu, muitas vítimas do terremoto de cinco anos atrás rejeitaram as novas residências dadas pelas autoridades por estarem próximas de montanhas do resíduos, por vezes maior do que a própria cidade reconstruída. Há, ao menos, oito núcleos residenciais fantasmas. 
Além de violarem dos depósitos as leis do país, análises de amostras detectaram a presença de arsênico, cádmio, cromo, mercúrio e outros metais pesados extremadamente nocivos no subproduto. "É uma bomba-relógio", apontou o documento.

Fonte: Ecodesenvolvimento

Lixão ilegal em manguezal é fechado no Rio


Uma operação da Secretaria Estadual do Ambiente em conjunto com a prefeitura de Duque de Caxias fechou na terça-feira, 2 de abril, um lixão ilegal que enterrava resíduos não recicláveis em um manguezal a poucos metros da Rodovia Washington Luiz (BR-040) e nas proximidades do antigo Aterro de Gramacho. O dono da propriedade foi preso por suprimir vegetação nativa de mangue, poluição e adotar atividade poluidora sem licença ambiental.
De acordo com o coronel José Maurício Padrone, da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), os agentes foram surpreendidos pelo tamanho do lixão, cuja quantidade de resíduos acumulados levará quatro dias para ser totalmente retirada e levada para o Aterro Controlado de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.


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O lixo encontrado pelos agentes provém de grandes geradoras, como shoppings e supermercados, que pagam empresas terceirizadas para dar a destinação correta aos resíduos, nos aterros de Seropédica e Belford Roxo. Em vez de levar o lixo para os aterros, onde é preciso pagar para depositar os resíduos, essas empresas estavam despejando-os no local de forma irregular, o que será investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
Catadores que trabalhavam no lixão selecionavam o que podia ser reciclado sem qualquer equipamento de segurança, e só então o material era deixado no manguezal. Segundo Padrone, a atividade contaminou a área pela presença de lixo molhado, como laticínios fora do prazo de validade, que eram enterrados para que houvesse mais espaço no terreno.

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"Se ele operasse só o lixo seco, não teria o menor problema. Pelo contrário, ele estaria fazendo um bem à população selecionando o plástico, o papelão", disse Padrone, que afirmou que a área precisará passar por um processo de recuperação ambiental.
O homem detido pela operação, de acordo com o coronel, já tinha sido preso outras duas vezes por mau uso da mesma propriedade – uma vez por usá-la como lixão irregular e outra por cortar a vegetação para produzir carvão ilegal. Depois de detido, o suspeito será liberado para responder pelos crimes.

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"É um trabalho de cão e gato. A gente vem aqui, fecha um, faz um trabalho de monitoramento de dois meses, e depois, no terceiro mês, a gente não continua a fiscalizar porque a área é muito grande, e eles voltam a fazer o despejo ilegal", disse o coordenador da Cicca, que garantiu que área voltará a ser fiscalizada constantemente pela secretaria estadual e pela prefeitura.

Fonte: Ecodesenvolvimento