Enquanto o Brasil anda timidamente rumo à coleta seletiva de resíduos sólidos, mesmo com a expressiva porcentagem de 85% dos brasileiros afirmando que colaborariam com tal processo caso ele existisse, em diversos países desenvolvidos a separação do lixo já é realidade há décadas e continua a ser aprimorada.
Em
Estolcomo, na Suécia, a coleta seletiva atende a todas as residências,
índice que nem a coleta do lixo comum conseguiu atingir por aqui, além
de possuir sistemas de coleta de resíduos high-tech há... meio século! A coleta à vácuo foi criada no início da década de 60 e vem sendo aprimorada desde então.
Um
sensor percebe quando a lixeira está cheia e o sistema de tubos cria um
vácuo que suga os resíduos, transportando-os para um local de
acumulação de resíduos, onde é realizada a coleta. As lixeiras do
sistema Envec são conectadas a um sistema de tubos, ligados a uma área
de coleta, localizada geralmente nos arredores, fora do perímetro
urbano. Existem sistemas específicos para residências, prédios
comerciais e áreas públicas.
Além
de facilitar a coleta de resíduos, uma vez que já separa diretamente os
diferentes tipos, o sistema reduz o tráfego dos caminhões, diminuindo o
trânsito urbano e as emissões de CO2. A gestão deu tão certo que possibilitou a redução no custo da coleta entre 30% e 40%.
Reciclagem
Há
quanto tempo você escutou falar pela primeira vez de reciclagem? Cinco,
dez, quinze anos? Pois na Alemanha desde os anos 70 os gestores
projetam uma política de manejo de resíduos voltados para o
reaproveitamento. O tripé da gestão de resíduos alemã é
“prevenir-recuperar-destinar” desde quando “De volta para o Futuro”
passava nos telões do cinemas.
Além
da recuperação do material existente de metal, têxteis e papel, outros
materiais passíveis de recuperação eram reciclados, por meio da coleta
seletiva, da triagem e da reutilização. Essa lógica serviu de base para
a Lei da Gestão dos Resíduos e do Ciclo Fechado de Substâncias, que
entrou em vigor em 1994 e rege a gestão dos resíduos no país.
Estima-se
que a indústria alemã já tenha substituído cerca de 13% de suas
licitações para compras de produtos secundários, ou seja, produzidos a
partir de outros materiais que retornaram ao ciclo produtivo como
matéria-prima.
Atualmente, a indústria de resíduos emprega mais
de 250 mil pessoas. Além disso, várias universidades possuem faculdades
de Gestão de Resíduos, e também existe uma qualificação profissional
especial para o ramo.
Fonte: eco desenvolvimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário