novembro 30, 2012

Afinal, O que é Gestão Ambiental?



A novíssima área de conhecimento e trabalho intitulada "Gestão Ambiental" vem causando muita confusão entre os especialistas em meio ambiente. A dúvida se inicia com a pergunta, mas afinal o que é Gestão Ambiental?

Para responder esta difícil pergunta, antes de tudo deve ser esclarecido que a Gestão Ambiental possui caráter multidisciplinar, profissionais dos mais diversos campos podem atuar na área, desde que devidamente habilitados.

Antigamente existia uma divisão nítida entre os defensores da natureza (ditos ecologistas) e os que pregavam a exploração irrestrita dos recursos naturais. Com o advento do termo "desenvolvimento sustentável" tornou-se necessária a formação de pessoas com um diferente perfil, profissionais que agregassem a visão ambientalista à exploração "racional" dos recursos naturais, aí surgiram os gestores ambientais.

A Gestão Ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros.
O que deve ficar claro é que "gerir" ou "gerenciar" significa saber manejar as ferramentas existentes da melhor forma possível e não necessariamente desenvolver a técnica ou a pesquisa ambiental em si. Pode estar aí o foco da confusão de conceitos entre a enorme gama de profissionais em meio ambiente. Pois, muitos são parte das ferramentas de Gestão (ciências naturais, pesquisas ambientais, sistemas e outros), mas não desenvolvem esta como um todo, esta função pertence aos gestores ou gerentes ambientais que devem ter uma visão holística apurada.

Existe também uma outra discussão sobre o que é "Gestão Ambiental" e o que é "Gerenciamento Ambiental", alguns defendem que a "gestão" é inerente à assuntos públicos (gestão de cidades, bacias, zonas costeiras, parques) e que gerenciamento refere-se ao meio privado (empresas, indústrias, fazendas e outros). Esta diferença de significados, na verdade, não é importante, o que é realmente importante é promover a Gestão Ambiental em todos os seus aspectos.

Pode-se então concluir que a Gestão Ambiental é consequência natural da evolução do pensamento da humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo mais sábio, onde se deve retirar apenas o que pode ser reposto ou caso isto não seja possível, deve-se, no mínimo, recuperar a degradação ambiental causada.

Fonte: ambiente brasil

64% dos brasileiros não têm acesso à coleta seletiva

Pesquisa da WWF-Brasil revela que mais da metade da população do país ainda não conta com coleta seletiva em suas residências

Entre aqueles que não possuem acesso ao serviço, 85% se dizem dispostos a separar os resíduos corretamente, se tiverem onde depositá-lo.

 De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os municípios brasileiros têm menos de dois anos para terminar com os lixões e implementar a coleta seletiva em todo o seu território, mas pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28) aponta que a meta está longe de ser cumprida.

De acordo com o estudo Consumo Sustentável*, feito pelo Ibope a pedido da WWF-Brasil, 64% dos brasileiros ainda não possuem acesso à coleta seletiva em suas residências. A notícia não é boa, principalmente porque a vontade da população de cuidar de seus resíduos corretamente é grande: 85% das pessoas que não contam com o serviço estão dispostas a separar o lixo em casa, desde que tenham um lugar para depositá-lo.

A situação ainda piora. De acordo com a pesquisa, os brasileiros que já possuem acesso à coleta seletiva não são atendidos 100% pela prefeitura. Em metade dos casos o serviço ainda é feito de forma informal, por catadores de rua, cooperativas, associações ou pontos de entrega voluntários, o que prova que os governos municipais ainda têm muito trabalho pela frente, se quiserem cumprir as determinações da PNRS no prazo.

Falta conhecimento
Além da ausência do serviço de coleta seletiva, o brasileiro também está carente de informação. Uma em cada três pessoas entrevistadas pelo Ibope não faz ideia do destino do lixo que é produzido em sua casa, depois que ele é colocado para fora.

E mais: muitos não sabem quais são os resíduos que precisam ser descartados de forma especial, por apresentarem algum risco ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Apenas 19% da população sabe como descartar embalagens aerossóis corretamente, por exemplo, enquanto 78% e 73% não fazem ideia de como jogar fora remédios e óleo de fritura, respectivamente.

Fonte: exame abril

Confira os diversos tipos de resíduos e sua destinação



Carcaças de computadores e ar condicionados: podem ser compradas para desmonte. Em cidades como Curitiba-PR e São Paulo-SP existem empresas que recebem esses materiais para o reaproveitamento ou reciclagem.
  
Carcaças de veículos: podem ser encaminhadas aos ferros-velhos ou sucateiros.

Móveis: podem ser levados para aterros sanitários ou doados à entidades sociais.

Canos de cobre, ferro e alumínio: podem ser vendidos a sucateiros.

Peças mecânicas e baterias de veículos:
peças de metal devem ser encaminhadas aos ferros-velhos ou sucateiros e as baterias de veículos descarregadas enviadas ao revendedor. As resoluções n° 257/99 e 263/99 CONAMA tratam do tema baterias.

Cartuchos de tinta: a destruição e o descarte devem ser feitos pelo serviço de limpeza urbana local. Outra opção é a recarga para reutilização.

Medicamentos com datas vencidas e resíduos hospitalares: podem ser encaminhados aos serviços de saúde. A Resolução n° 5/93 CONAMA que trata do assunto está em fase de revisão para posterior aprovação.

Produtos químicos em geral: podem ser levados para aterros industriais ou destruídos por meio de incineração.

Alimentos estragados: devem ser levados para os aterros sanitários pelo serviço de limpeza urbana local.

Entulhos de construção civil e canos de PVC:
a destinação para o descarte desses materiais está em fase de estruturação pelo CONAMA.

Divisórias e cortinas: quando verificado a impossibilidade de reaproveitamento, devem ser encaminhadas aos aterros sanitários.

Pilhas e baterias: as pilhas que respeitam o limite de componentes tóxicos estabelecidos pela Resolução do CONAMA n° 257/99, podem ser descartadas no lixo
comum. Já as que não respeitam esse limite, devem ser jogadas nos aterros industriais para materiais perigosos.


Fonte: ambiente brasil

Comparativo de Reciclagem

 

Quadro de reciclagem e curiosidades. 

 

Cenário da Coleta Seletiva no Brasil

A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando.

Para traçar um breve cenário da situação atual da Coleta Seletiva no Brasil, pode-se dizer que:
• 7% dos municípios têm programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2008)

Embora o número de municípios seja, ainda, relativamente pequeno, são os maiores que adotam esta prática. De tal forma que estes representam aproximadamente 14% da população. Isto quer dizer que:
• 405 municípios, com 26 milhões de habitantes, praticam a coleta seletiva.

Destes municípios 2% se localizam no Norte do país; 4% no Centro Oeste; 11% no Nordeste; 35% no Sul e 48% no Sudeste.
A experiência desses municípios permite afirmar que a composição dos resíduos geralmente denominados secos e que podem ser reciclados é aproximadamente como indicada abaixo. 

 
Material
% da Composição
Alumínio
1
Longa Vida
3
Diversos
3
Metais
9
Vidros
10
Rejeito
13
Plásticos
22
Papel e Papelão
39

Entretanto, na maioria dos casos, as soluções adotadas ainda são bastante onerosas.

• O custo médio da coleta seletiva é cinco vezes maior que o da coleta convencional,numa proporção de R$ 376 x R$ 73

Esta relação poderá ser alterada desde que se implante um modelo operacional adequado às nossas condições sociais. O quadro seguinte compara os resultados obtidos em dois modelos diferentes de gestão e operação da coleta seletiva. Como se vê, diferentes formas de operação da coleta seletiva podem trazer também resultados bastante diferenciados com relação aos custos da atividade e, como conseqüência, à extensão da parcela dos resíduos que podem ser objeto desta ação. 

Dados CEMPRE 2006 - SNIS 2005
Média 4 Importantes Capitais
Londrina - PR
% da População Atendida
70
100
Custo da Coleta (R$/ ton)
450
37
Total Coletado (ton / mês)
1635
2600
Relação entre total da col. Sel. e Resíduos Domiciliares
3%
21,80%

Pode-se dizer que as principais dificuldades encontradas pela grande maioria dos municípios são as seguintes:
• informalidade do processo - não há institucionalização
• carência de soluções de engenharia com visão social
• alto custo do processo na fase de coleta

Fonte: Ambiente Brasil

Desafios da sustentabilidade

Os desafios da sustentabilidade e das mudanças dos padrões de consumo foram os temas do debate que ocorreu nesta quinta-feira (29) durante o I Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (SIMBRACS), em Brasília. O painel discutiu o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis e foi conduzido pela gerente do Departamento de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Ana Maria Neto, com a participação de representantes da empresas Basf e Unilever, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Durante o encontro, os debatedores falaram sobre suas experiências e parcerias com o ministério para a construção de políticas públicas capazes de mudar hábitos e padrões de produção e consumo. “Quando lançamos o plano, em 2011, pensamos em metas e estratégicas para os próximos cinco anos e nossa ideia é dobrar o número de consumidores conscientes até 2014”, disse Ana Maria Neto. Pesquisa recente divulgada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) apontou que apenas 5% dos brasileiros se preocupam, de fato, com o assunto no dia-a-dia.
A gerente ressaltou ainda que 99% das empresas no Brasil são de pequeno ou médio porte e, por isso, são fundamentais para os desafios da sustentabilidade. “Nós não conseguimos mudar padrões olhando apenas para a sociedade. Empresas e entidades também precisam se engajar”, complementou Ana Maria Neto.
 

Impactos - A cartilha “Construção Eficiente”, elaborada pelo MMA em parceria com a Basf, foi destaque no painel. A publicação traz dicas e orientações simples, que estão ao alcance do consumidor no momento de planejar a obra. A proposta é ajudar as pessoas a entender melhor como é possível economizar recursos, evitar desperdício, aperfeiçoar tempo e minimizar impactos ao meio ambiente na hora da execução. Com uma tiragem de 300 mil exemplares, o documento será distribuído em todo o Brasil.
A Unilever ressaltou que o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis foi importante para a elaboração das políticas da empresa com foco na sustentabilidade. O grupo foi, inclusive, um dos colaboradores da pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, que mostrou que a população já percebe que há uma descentralização da responsabilidade em relação ao meio ambiente.
 
Fonte: ambiente brasil

Empresa recicla plástico velho e o transforma em petróleo


 Uma reciclagem inédita que converte plástico velho em petróleo de excelente qualidade foi apresentada por uma empresa americana presente no Salão do Meio Ambiente, Pollutec, realizado em Lyon, na França).

A técnica da Agilyx, empresa criada em Oregon, no oeste dos Estados Unidos, há apenas seis anos permite tratar qualquer plástico, inclusive o mais velho ou o mais sujo.
“O que nos interessa não são os plásticos que são reciclados hoje em dia, mas os plásticos que ninguém quer e que costumam acabar no lixo”, explica à AFP Jon Angin, vice-presidente da empresa, que foi ao salão de Lyon.

Este plástico, primeiro triturado, é colocado em um grande “cartucho”, aquecido para se transformar em gás, e depois volta a ser esfriado na água. O petróleo resultante é separado ao emergir à superfície.
No fim, mais de 75% do peso original é transformado em petróleo cru, pronto para ser refinado, assim como o petróleo recém-extraído. O resto da matéria fica dividida em gás e em resíduo final.
Esta proporção significa que 10 toneladas de plástico – a produção mundial foi em 2011 de 280 milhões de toneladas – fornecem cerca de 50 barris de petróleo, segundo a empresa, que informa, no entanto, que o equivalente a 10 barris de energia foram utilizados no processo industrial.
“Produzimos assim cinco unidades de energia para cada unidade consumida”, resume Angin.

Esta tecnologia parece ter convencido vários no setor. A empresa tem apenas 60 funcionários, mas já atraiu para seu capital o líder americano dos resíduos Waste Management e o gigante petroleiro francês Total.
E não é preciso que o barril de petróleo esteja a US$ 200 para que esta tecnologia tenha saída. “Com a cotação atual do petróleo [em média, a US$ 100 o barril], a Agilyx já é rentável”, ressalta François Badoual, diretor da Total Energy Ventures, filial de investimentos do grupo francês, que entrou no capital do americano no fim de 2010.

Angin prefere não falar muito do preço mínimo do barril necessário para que a empresa seja viável. “Estamos muito tranquilos, o preço do petróleo não vai cair abaixo deste nível”, assegura.
Em relação ao petróleo produzido, não deve nada em termos de qualidade ao que é extraído no mundo. O plástico já é um produto do petróleo refinado, e não tem muitas impurezas.
“É um petróleo de boa qualidade que poderíamos classificar de leve, muitas vezes buscado pelas refinarias”, confirma Badoual.
A Agilyx viu vários competidores emergirem, como o britânico Cymar ou o americano Vadxx Energy, embora eles ainda não produzam. 

Fonte: G1

novembro 29, 2012

Fontes de Poluição Atmosférica

Uma pessoa adulta inspira cerca de 10 mil litros de ar por dia. Este valor varia em função da atividade física de cada um. Em geral, não é necessário, nem possível, corrigir a composição do ar que se respira, sendo esta a principal diferença entre o consumo de ar e o consumo de água. 

 

A água passa por um tratamento prévio, o que a torna um produto industrial para ser consumido. O ar, ao contrário, deve ser consumido exatamente como existe na natureza, “in natura”. Por este motivo, é muito importante que a sociedade entenda e respeite as medidas de preservação da qualidade do ar.

O ser humano, ao interagir com o meio ambiente, produz resíduos que podem poluir o ar. A poluição atmosférica pode ser causada por fontes fixas ou móveis, dependendo dos processos que liberam os poluentes no ar.

Fontes fixas - As indústrias são as fontes mais significativas, ou de maior potencial poluidor. Também se destacam as usinas termoelétricas, que utilizam carvão, óleo combustível ou gás, bem como os incineradores de resíduos, com elevado potencial poluidor. Existem ainda as fontes fixas naturais, como maresia e vulcanismo, que também podem influenciar a composição do ar.

Fontes móveis - Os veículos automotores, juntamente com os trens, aviões e embarcações marítimas são as chamadas fontes móveis de poluentes atmosféricos. Os veículos se destacam nas cidades como as principais fontes poluidoras e são divididos em: leves de passageiro (utilizam principalmente gasolina ou álcool como combustível); leves comerciais (utilizam gás natural veicular (GNV) ou óleo diesel); e veículos pesados (somente de óleo diesel).

Os poluentes podem ser divididos, de acordo com sua origem, em duas categorias:

- Poluentes primários: aqueles diretamente emitidos pelas fontes;
- Poluentes secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação química entre poluentes primários e os constituintes naturais da atmosfera.

Como descartar corretamente o óleo usado no seu carro ou na máquina de sua empresa?


Os órgãos ambientais (CONAMA e MMA), juntamente com os órgãos reguladores da Indústria do Petróleo, combustíveis e derivados (ANP MME), decidiram que o melhor destino para esses resíduos é a coleta e o envio obrigatório a uma rerrefinadora de óleos. Isso tirará os contaminantes dos óleos lubrificantes usados ou contaminados e recuperará a sua maior quantidade possível de óleo básico.



Para alcançar esse objetivo, foi estabelecido um conjunto de regras que envolvem várias pessoas, desde o empresário que compra óleos para suas máquinas ao civil que faz periodicamente a troca do óleo do seu carro. São basicamente duas obrigações: 

1 – Os geradores devem cuidar para que o óleo retirado do veículo ou equipamento fique corretamente armazenado enquanto espera sua destinação.
De forma que não contamine o meio ambiente e não seja ele próprio contaminado por outros produtos ou substâncias que dificultem ou impeçam a sua recuperação através do rerrefino.

2 – Os geradores devem entregar o óleo lubrificante usado ou contaminado ao seu revendedor ou diretamente para um coletor autorizado pela ANP.
Isso significa que quem é dono de um automóvel, seja ele um carro, motocicleta ou caminhão, ou de um equipamento que utiliza óleo lubrificante (trator, colheitadeira, barco, motor estacionário, gerador, etc.) tem obrigação de escolher um serviço de troca (posto, oficina mecânica, supertroca, troca em domicílio, etc.) que atenda à legislação ambiental, possua condições de armazenagem do óleo lubrificante usado ou contaminado e entregue este resíduo retirado do veículo ou equipamento ao coletor autorizado.




Lembre-se:

1. Qualquer pessoa pode ser multada e até presa por causar poluição.
2. Apenas uma pequena quantidade de óleo lubrificante negligenciada pode causar grandes problemas.



Você sabia?

É direito de todo o consumidor exigir que o revendedor de óleo lubrificante forneça gratuitamente a troca de óleo do veículo em instalações adequadas (Resolução CONAMA nº 362/2005, art. 17, II).

Ecodesign: O que é e o que eu tenho a ver com isso?


 Um dos assuntos mais comentados nos últimos anos é, sem dúvida, o ecodesign (ou design ecológico, design verde, eco friendly design, projeto para o meio ambiente e suas variações).
A partir de 1960 percebeu-se que o planeta possuía recursos finitos e que a produção e descarte dos produtos gerava degradação ambiental. Nos anos 90 surge o termo ecodesign para se referir ao método de projetar produtos industriais com pouco impacto no meio ambiente e adaptados ao uso consciente dos recursos naturais – ou seja, relacionando aspectos de projeto e produção com a ecologia – sem invalidar a funcionalidade e utilização dos produtos.
Para caracterizar um produto como fruto de ecodesign podem ser utilizadas várias abordagens, que se referem à produção, ao tipo de material utilizado e até ao método de descarte. Reduzir, reutilizar, reciclar, aproveitar fontes alternativas de energia e produzir sem excessos são algumas dessas abordagens.

Podemos listar algumas das premissas do ecodesign:

  • Privilegiar materiais que respeitem o meio ambiente, de procedência ecológica, reciclados, certificados, biodegradáveis, reutilizados, leves, locais, renováveis e abundantes.
  • Aumentar a durabilidade e eficiência do produto
  • Projetar visando a reutilização ou a reciclagem dos materiais e embalagens
  • Reduzir o mix de materiais, de preferência utilizando apenas um tipo
  • Facilitar a desmontagem, separação, reposição e conserto das peças
  • Produzir de forma mais limpa e segura, sem prejudicar o equilíbrio ambiental (de preferência, usando o ciclo fechado, onde os resíduos voltam para a indústria)
  • Eliminar o uso de substâncias nocivas na produção e utilização do produto
  • Projetar produtos atemporais (sem modismos), anti-obsolescência
  • Desenvolver produtos multiuso, que possam ser utilizados por vários usuários e em mais de uma função
  • Estabelecer um sistema de retorno do produto ao fabricante
  • Reduzir a energia gasta na fase de transporte, otimizando a quantidade de produtos transportados

 Devido à busca por produtos ecológicos, muitas empresas “mascaram” seus produtos, divulgando-os como se tivessem preocupação ecológica – quando na verdade, a intenção é somente mais lucro. Esta armadilha é comum, e sem a correta informação corremos o risco de cair nela.

E como fazer para descobrir empresas e produtos realmente verde?

Como consumidores, sabemos que um produto passa por diversas etapas até chegar a nossa cesta de compras. Porém, só temos acesso às partes “limpas” do processo. Vemos o produto na prateleira, escolhemos, compramos, usamos e colocamos na lixeira. Tudo o que vem antes (extração das matérias-primas, beneficiamento, transporte, produção) e o que vem depois (recolhimento do lixo, resíduos, aterros ou reciclagem) não está claramente visível.
Por isso, em primeiro lugar, devemos nos manter informados. Quando uma organização honesta divulga algum produto ou empresa, provavelmente suas ações são realmente envolvidas com o meio ambiente, e é possível comprovar isto. Desconfie das “inovações” e soluções mágicas, que não esclarecem exatamente em que ponto aquele produto ou serviço é ecológica. Onde estão as evidências do que é verdade ou não?


É muito fácil rotular algo e ressaltar suas boas características – mesmo que elas não existam. E é comum também existir um “selo verde” inventado ou uma palavra vaga, sem detalhes e explicações, como “amigo do meio ambiente”. Em outros casos se ressalta um atributo ecológico mínimo, quando todo o resto é sujo.

Por isso: pesquise, converse com pessoas de confiança, e peça explicações. Afinal, nosso papel como consumidores conscientes é procurar sempre a melhor opção – mostrando para as empresas que o ecodesign não é apenas uma moda. Lidando com os problemas de forma coletiva e interligada, a chance de sucesso é maior. Afinal, todos nós temos uma parcela de culpa no processo de destruição do planeta.

Algumas atitudes práticas que podem ser tomadas:

  •  Busque os “fabricados no Brasil”. Artefatos de produção nacional valorizam a economia local e geram menos poluição no transporte.
  • Evite utilizar produtos descartáveis, como copos e talheres de plástico. Você usa por 5 minutos, e eles demoram centenas de anos para se decompor.
  • Valorize as ações honestas que buscam a preservação ambiental e a geração de renda para comunidades. Apesar de algumas vezes ser mais caro pagar por produtos ecológicos, há um motivo para isso. Geralmente são produzidos em menor quantidade, com melhor qualidade e utilizando materiais de baixo impacto, o que aumenta o preço.
  • Da mesma forma, prefira pagar mais por produtos duráveis e atemporais do que pouco por algo que vai estragar logo ou sair de moda rapidamente. Isso vale para roupas, sapatos, brinquedos, móveis… Pense e avalie bem o que vai levar para casa.
  • Opte por produtos feitos com matéria-prima renovável, reciclada ou reutilizada, ou com selos de certificação reconhecidos.
Não são nossas pequenas atitudes que irão trazer grandes resultados – mas é um começo. É preciso um esforço conjunto, para que muitas pessoas se conscientizem que as escolhas, de forma coletiva, podem repercutir em grandes mudanças. Mas de qualquer forma, não existe o produto perfeito: qualquer produção irá gerar danos ambientais, maiores ou menores.

Fonte: coletivo verde

 

A Crise da Água – Poluição, escassez e descaso. O que esta sendo feito para mudar esta situação?


No século passado, a possibilidade de escassez de água era uma coisa que ninguém imaginava. Mas os anos foram se passando e a população mundial aumentando, mais indústrias, mais irrigação nas lavouras, gerando maior consumo e principalmente maior desperdício de água.
Segundo a ONU, cerca de 80 países, hoje enfrentam problemas de abastecimento, mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a fontes de água de qualidade. Somente 3% da água do planeta é própria para o consumo, o que não é suficiente para toda população.


Para evitar a crise da água, serão necessários grandes investimentos em produção, tratamento, fornecimento de águas e tratamento de esgotos. Também teremos de evitar principalmente o desperdício, interromper os processos poluidores e criar novas maneiras de captação, controle e distribuição.
A população tem um papel de suma importância no processo de economia de água, evitando desperdício com pequenas mudanças no cotidiano em suas casas. No Brasil se gasta cerca de cinco vezes mais água do que o necessário. Nosso consumo é cerca de 200 litros por dia por pessoa, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda gastos de 40 litros por dia por pessoa.

O que tem sido feito ao redor do mundo

 

 


Vários países têm adotado programas de conscientização e medidas especificas para diminuir o desperdício de água. O Japão reutiliza cerca de 80% de toda água destinada a indústria. Nos condomínios, hotéis, hospitais, a água que vem dos chuveiros e banheiras segue por uma tubulação até chegar a um pequeno reservatório e assim reabastecer os vasos sanitários.
Ainda no Japão, toda água usada nos lava rápidos é reaproveitada, seguindo para um reservatório onde é feito a filtração e novamente utilizada.
Na cidade do México, o governo substituiu três milhões e meio de válvulas de descarga por vasos sanitários com caixa acoplada de 6 litros por descarga, resultando numa redução de consumo de 5 mil litros de água por segundo.

Você sabia que no Brasil ainda não se cobra o uso da água?

 


Na maioria dos países já existe consenso a respeito da cobrança da água bruta – aquela que é captada sem tratamento, diretamente de rios, lagos ou represas. Há anos a França implantou essa política, cobrando a água bruta usada em irrigação, uso doméstico e industrial e, assim, tem minimizado seus problemas. O Japão cobra caro por toda a água tirada de seus reservatórios, tornando o reaproveitamento quase uma obrigação. Vale lembrar que na maioria dos países, inclusive no Brasil, paga-se pelo serviço de fornecimento da água, não pela água em si.
A idéia da cobrança já circula por aqui. O Fórum Nacional de Comitês de Bacias, que reuniu a população, instituições governamentais e não-governamentais, concluiu que está na hora de pensar na cobrança da água, de fiscalizar mais e punir com rigor os poluidores. Ficou estabelecido também que o dinheiro arrecadado com cobranças e multas deverá ser revertido em favor das bacias hidrográficas, focando investimentos na despoluição e na instalação de redes de esgotos.

 

Consciência e reuso

 



O problema da escassez de água é urgente, programas de conscientização são necessários em curto prazo. O uso racional da água tem que ser visto como fator urgente e prioritário. Além disso, as empresas têm que estar atentas à implantação dos modernos sistemas de reuso de água.
A água de reuso pode ser utilizada para muitas funções, tais como: Irrigação paisagística, combate ao fogo, descarga de vasos sanitários, lavagem de veículos, lavagem de ruas, uso industrial na refrigeração e alimentação de caldeiras.
No nosso dia-a-dia, podemos ajudar na economia de água, fechando a torneira ao escovar os dentes, reduzindo o tempo de banho, e ao lavar o carro ou a calçada, não deixar a mangueira aberta, evitando o desperdício.

Fonte: coletivo verde

 


Camiseta inteligente muda de cor quando exposta a poluição


Diariamente estamos expostos a grande quantidade de poluição e não conseguimos mensurar ou sentir a curto prazo os impactos desta exposição em nossa saúde. Mas apesar de desapercebida esta exposição ao longo do tempo é extremamente danosa ao nosso corpo.
Para questionar e alertar sobre este problema os designers Nien Lam and Sue Ngo desenvolveram uma camiseta inteligente que muda a cor de sua estampa quando detecta poluição atmosférica.
As estampas são desenhos que representam o pulmão e o nosso coração, dois dos orgãos que mais sofrem com a poluição e logo que “percebem” as toxinas no ar mudam as cores de suas veias para uma cor azulada.


Detectando fumaça provindas de fábricas, carros e cigarros a camiseta alerta a pessoa de que aquele local esta poluido e que todas as pessoas ao redor estão expostas a toxinas.
Para criar este efeito é fixado um pequeno sensor de monoxido de carbono na camiseta que ao detectar poluentes envia sinais elétricos através de fios para a estampas dos orgãos. As estampas são feitas de tecido termocrômicos que ao receberem o calor dos fios muda de cor e criam o efeito na estampa.

novembro 28, 2012

Derretimento do gelo do Ártico pode liberar toneladas de CO2 na atmosfera, alerta ONU

O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, ameaça elevar consideravelmente o aquecimento global e deve ser levado em conta nos modelos climáticos, recomendou nesta terça-feira (27) o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) durante a COP 18, a cúpula do Clima em Doha, no Catar.
Devido ao rápido aumento das temperaturas nas regiões árticas, o permafrost já está derretendo, enfatizou Kevin Schaefer, pesquisador da Universidade do Colorado e principal autor de um relatório sobre o tema para o Pnuma.
“O permafrost é uma das chaves do futuro de nosso planeta. Seu impacto potencial no clima, nos ecossistemas e nas infraestruturas foi descuidado durante muito tempo”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma, em comunicado.
Essa área representa, mais ou menos, um quarto da superfície da Terra no hemisfério Norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, mais ou menos o dobro de CO2 presente na atmosfera, recordou Schaefer.
Se esta matéria orgânica congelada se derreter, libertará lentamente todo o carbono que acumulou e “neutralizou” com a passagem do séculos. “Uma vez que começa a derreter, o processo é irreversível. Não há nenhuma forma para voltar a capturar o carbono liberado. E este processo continua durante séculos, já que a matéria orgânica é muito fria e se decompõe lentamente”, advertiu o cientista.

Toneladas de CO2 – O problema é que este excesso de CO2 liberado na atmosfera jamais foi incluído nas projeções sobre o aquecimento climático que são objeto de negociações mundiais. E é ainda mais preocupante se for considerado que a temperatura das zonas árticas e alpinas deveriam aumentar duas vezes mais rápido que no conjunto do globo, insiste o relatório do Pnuma.
Uma alta de 3 graus Celsius em média se traduziria em um aumento de 6 graus Celsius no Ártico, o que provocaria o desaparecimento de 30% a 85% do permafrost próximo da superfície.
O derretimento do permafrost produziria o equivalente entre 43 bilhões de toneladas e 135 bilhões de toneladas de CO2 adicional para 2020, o que representa 39% das emissões totais até a data de hoje.
Em consequência, o Pnuma recomenda ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que leve em conta especificamente o impacto crescente do permafrost no aquecimento global.
Mais de 190 países se reuniram na segunda-feira, em Doha, na grande conferência anual sobre a mudança climática que deverá decidir o futuro do Protocolo de Kyoto e esboçar as bases de um grande acordo previsto para 2015, no qual devem participar todos os grandes países poluidores do planeta. A conferência prossegue até 7 de dezembro.
Em 4 de dezembro, os negociadores contarão com a participação de mais de 100 ministros de Meio Ambiente para concluir o tratado climático, em uma nova etapa do trabalhoso processo de negociações lançado em 1995. 

Fonte: UOL

Resíduos encontrados no monte Everest viram obras de arte


Cerca de 140 pessoas se reuniram para recolher resíduos no monte Everest, durante a primavera. 
O resultado? Oito toneladas de materiais, como: cilindros de gás, garrafas de oxigênio, cordas, barracas, latas de cerveja e até destroços de um helicóptero foram coletados.

A ação, realizada em prol a Everest Summiteers Association (ESA) - organização de preservação ambiental -, resultou na criação de 75 obras de arte que irá compor a exposição "Everest 8848 Art Project", inaugurada em um hotel de Katmandu, local onde a instituição tem sede.

Segundo a organização do evento, a exposição é um desafio aceito por artistas nepaleses para advertir sobre o mau estado da montanha. "Pensamos que ajudará a promover os artistas e contribuirá para a limpeza do Everest", ressaltou o organizador da exposição, Kripa Rana Shahi, à France Press.

As peças poderão ser compradas. O valoe vai varia de 1.500 rúpias (20 euros) a 200 mil rúpias (2.800 euros). Os artistas esperam arrecadar uma quantia suficiente para expor na região do Everest e mostrar aos alpinistas o dano ambiental provocado pelas expedições.


Fonte: eco desenvolvimento

Empresas: 31% acreditam que sustentabilidade aumenta lucro dos negócios

Um levantamento realizado pelo BCG (Boston Consulting Group) e pela MIT Sloan Management Review revelou que 31% das empresas em todo o mundo acreditam que a sustentabilidade contribui para os lucros do seu negócio.
O lucro pode aumentar, segundo o estudo, quando as empresas reduzem a emissão de carbono e o consumo de energia, o que também faz aumentar a eficiência e melhora a imagem corporativa.
“Depois de um tempo, é preciso uma visão mais ampla, inovando com produtos e processos e ganhando acesso aos mercados”, explica o co-autor do estudo e sócio do BCG, Knut Haanaes.

Harvesters
A pesquisa explica também que as empresas que lucram com atitudes sustentáveis são chamadas de harvesters. Estas companhias têm uma estrutura organizacional diferenciada, focada na sustentabilidade.
Para ter uma ideia, elas têm três vezes mais chances de fazer um negócio ligado ao tema do que as demais empresas. Além disso, 50% têm um CEO (Chief Executive Officer) engajado no assunto e o dobro de chances de ter um setor exclusivo para esta área.
Para o editor-executivo da MIT Sloan Management Review, David Kiron, futuramente, as empresas darão mais importância para o setor de sustentabilidade, que pode chegar a ser equiparado com a área de Marketing e Recursos Humanos.

Fonte: InfoMoney

BIOGEL chega na Serra Gaúcha

Nesta semana o diretor da Universo, Celso Trotta, estará na serra gaúcha para apresentar às grandes indústrias da região o ITW Biogel. O produto, que teve relevante visibilidade na última Mercopar, consiste em um gel para limpar as mãos que, por não precisar de água na remoção de produtos engraxantes, traz grandes benefícios ecológicos e econômicos para as empresas e para o meio ambiente. A empresa alega que o produto é 30% mais barato que os utilizados nas indústrias e rende até 3 vezes mais. 

A empresa apresenta uma estimativa de que a cada lavagem de mãos se gasta 5 litros de água. Com o uso do Biogel quatro vezes por dia, a economia pode chegar a  4,8 mil litros por ano. Se a empresa tiver dez funcionários a economia de água será de 48 mi llitros de água no período, o que seria suficiente para encher cerca de 20 piscinas olímpicas.

 O Biogel é certificado pela ANVISA e já abastece indústrias da região metropolitana na área de automóveis, implementos rodoviários e produção de alimentos. O produto agora começa a ser distribuído também na serra gaúcha pela Universo Equipamentos e Produtos Químicos Ltda.

Fonte: negocios sustentaveis

novembro 27, 2012

Atenção cooperativas de Pelotas

Saiu neste domingo 25 de novembro um comunicado da comissão para Coleta Seletiva Solidária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense - Campus Pelotas, com base no Artigo 4° do Decreto n° 5.940 de outubro de 2006, convocando todas as associações e ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis, habilitados segundo o Artigo 3° do mesmo Decreto, abaixo transcrito, para comparecerem á sede do Campus Pelotas, situada na Praça 20 de setembro, n° 455, centro, Pelotas/RS, munidas da documentação abaixo descrita, no dia 29 de novembro de 2012 das 8 às 18 horas no Protocolo Central, para entregar a referida documentação, composta de originais e cópias devidamente autenticadas.

"Art.3° Estarão habilitadas a coletar os resíduos recicláveis descartados pelotas órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta as associações e as cooperativas de catadores de materiais recicláveis que atenderem aos seguintes requisitos:

I-estejam formal e exclusivamente constituídos por catadores de materiais recicláveis que tenham a catação como única fonte de renda;
II- não possuam fins lucrativos;
III- possuam infra-estrutura para realizar a triagem e a classificação dos resíduos recicláveis descartados;
IV-presentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados;

A comprovação dos incisos I e II será feita mediante a apresentação do estatuto ou contrato social.
A comprovação do inciso III será feita mediante apresentação dos seguintes documentos válidos:
1. Alvará de Localização da Secretaria Municipal de Gestão Urbana, SMU;
2. Licença de Operação da Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental – SQA;
3. Alvará de Prevenção e Combate a incêndios do Corpo de Bombeiros;
4. Comprovação da posse de veiculo próprio adequado para a retirada dos resíduos;
A comprovação do inciso IV será feita por meio de declaração das respectivas associações e cooperativas.”

OBS: Se verificada a inexistência de cooperativas ou associações inscritas, as inscrições serão prorrogadas até às 18 horas do dia 30/11/2012, no mesmo horário e local, admitindo-se, excepcionalmente, a inscrição de cooperativas ou associações que não possuam veículo próprio.

Silvia Elena Koth Sedrez 
Chefe do Departamento de Administração 
IF-Sul-rio-grandense - Campus Pelotas

Primeira PET 100% reciclada

O Guaraná Antarctica lançou neste mês a primeira embalagem PET 100% reciclada da marca. A tecnologia empregada na fabricação da nova garrafa permite que qualquer outra embalagem PET, independente de cor, formato ou fabricante, se transforme em uma garrafa do refrigerante. A inovação retira do meio ambiente um equivalente a 30m³ de material descartado em aterro sanitário para cada cinco toneladas de PET reciclada.




A iniciativa está alinhada ao Ambev Recicla, que reúne um conjunto de iniciativas para promover o aumento da reciclagem do país, a redução de uso de matéria prima e a educação dos consumidores. O plano é expandir a ação, chegando a 20% de embalagens de 2 litros de Guaraná Antarctica até o final de 2013. Hoje, ela já está presente em 12% delas, o equivalente a mais de 28 milhões de garrafas ou 56 milhões de litros da bebida. Até o final de 2012, esse número deve subir para 40 milhões de garrafas.

Fonte: Exame abril 

Restos de alimentos, que antes eram jogados no lixo, agora viram adubo

Os resíduos orgânicos, também conhecidos como lixo úmido, também podem ser reciclados, sendo transformados, em muitos casos, em adubo. Somente por ano, 22 milhões de toneladas de alimentos têm um destino certo: os aterros sanitários. Quando abandonados a céu aberto, os resíduos orgânicos se transformam em chorume, líquido que contamina as águas subterrâneas. Além disso, devido ao processo de decomposição, o lixo orgânico produz gás metano (CH4), que é extremamente nocivo à camada de ozônio. Como se não bastasse, esse tipo de dejeto atrai animais como ratos e diversos tipos de insetos, propiciando a propagação de doenças.

Como explica Marcos Rangel, diretor comercial da empresa Vide Verde, uma das primeiras do Brasil a aproveitar comercialmente os resíduos orgânicos, os transformando em adubo, o país ainda tem muito a evoluir neste setor. “Apenas 5% dos resíduos orgânicos são aproveitados no Brasil em sistemas de reciclagem de nutrientes e no aproveitamento energético. Uma pena, não pelo aproveitamento energético, já que temos matrizes limpas no Brasil, mas pelo não aproveitamento de nutrientes para a produção agrícola. Temos que importar alguns nutrientes para esse tipo de uso, enquanto estamos jogando tudo no lixo”, alerta Marcos.

A Vide Verde produz cerca de 30 toneladas de
adubo a partir do lixo orgânico (Foto: Divulgação)
   
O volume de alimentos que se joga fora no Brasil daria para alimentar, aproximadamente, 30 milhões de pessoas por ano. Além do que sobra no prato do brasileiro, o desperdício começa no campo e se agrava no transporte de frutas, legumes e verduras, bem como nos seus respectivos armazenamentos inadequados. Além disso, existe toda a questão ambiental, já que para cada quilo de alimento descartado nos aterros sanitários são emitidos 400 gramas de gás na atmosfera. Já nas composteiras, locais onde o lixo orgânico sofre o processo de decomposição de forma controlada, a emissão cai para quatro gramas por quilo, ou seja, cem vezes menos.

Transformando lixo em adubo
A Vive Verde foi uma das primeiras empresas a acreditar no potencial do lixo orgânico como fonte de renda, iniciando suas atividades em 2007. Atualmente, a companhia tem faturamento mensal de 100 mil reais e atende a cerca de 30 grandes clientes. “A Vide Verde produz aproximadamente 30 toneladas de adubo por mês, que são distribuídos para o estado do Rio de Janeiro. Já temos o interesse de outros estados pelo nosso produto. Começamos nossa operação em Resende. Atualmente, já temos mais uma planta em operação, localizada em Magé, que entrou em funcionamento em 2010”, conta Marcos.
Para cada dez quilos de lixo orgânico, é gerado um quilo de adubo, conforme explica o diretor comercial. A empresa criou um processo próprio de aceleração da compostagem do lixo orgânico, que requer misturá-lo à palha, tendo como elemento fundamental a adição de um catalisador específico, feito à base de lactose e algumas leveduras.
“A compostagem é um processo microbiológico de decomposição da matéria orgânica. Ele é simples, mas exige um acompanhamento constante. Temos que sempre monitorar a umidade, a relação carbono/nitrogênio, a temperatura, entre outros fatores. Além disso, temos que ficar de olho na presença de oxigênio, que deve ser bem balanceado para que o resultado seja positivo”, explica Marcos, lembrando que o processo normal de compostagem dura de cinco a seis meses e que com a tecnologia criada pela Vide Verde, esse período cai para 40 dias.

Fonte: Globo Ecologia