março 25, 2013

Empresa americana cria madeira reciclada a partir do lixo



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A madeira ecológica é feita utilizando as misturas de cinza mineral, resinas e materiais reciclados de resíduos sólidos
Foto: Divulgação

Você já imaginou construir uma casa a partir de resíduos de um aterro sanitário? Essa é a ideia de uma empresa especializada em produtos de construção sustentável, a Envirolastech, localizada em Rochester, Nova York. Ela espera fazer isso a partir da produção de uma madeira plástica que tem como principal matéria-prima o "lixo".

Além de ecologicamente correto, o produto não absorve umidade, não promove o crescimento de mofo e possui resistência ao desbotamento.
"Já produzimos mais de 30 produtos. Podemos construir uma casa completa de lixo", afirmou o presidente da empresa, Paulo Schmitt, no site de notícias CBS Minnesota. Segundo ele, a empresa tem a intenção de fazer isso dentro dos próximos dois anos.

A madeira ecológica é feita por meio de uma fórmula desenvolvida pela empresa, que utiliza diferentes misturas de cinza mineral, resinas e materiais reciclados de resíduos sólidos. A empresa afirma que todos os seus produtos são feitos com 100% de resíduos inorgânicos reciclados, diretamente provenientes de aterros. Dessa forma, portanto, os produtos produzidos pela empresa também são recicláveis.

Além de ecologicamente correto, o produto não absorve umidade e não promove o crescimento de mofo. E assim como a madeira tradicional, elas podem ser pintadas e coradas, bem como aparafusadas e pregadas com ferramentas de carpintaria padrão. A empresa afirmou ainda que depois de 10 anos de testes, o produto apresenta uma incrível resistência ao desbotamento.

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Lixo zero


Para a cidade americana de Rochester, que possui cerca de 100 mil habitantes, a iniciativa pode ser uma boa solução para resolver o problema do lixo. Segundo o ex-gerente de resíduos da cidade, Geno Wente, o local produz cerca de 100 toneladas diárias de lixo.
A Envirolastech já possui planos para construir uma unidade de produção de classificação junto à empresa de incineração de resíduos da cidade. A usina utilizaria plásticos reciclados e cinzas para produzir materiais de construção sustentáveis. Uma ação, que segundo a empresa, faria de Rochester a primeira cidade do país aonde nada vai parar no lixo.
"Nossa tecnologia é apenas uma parte - ou eu diria que a parte final - de um sistema de circuito fechado de reciclagem", disse Schmitt.

Fonte: Ecodesenvolvimento

Mais de 7 mil cidades do mundo apagaram as luzes na Hora do Planeta 2013



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Na capital federal foram apagadas as luzes do Congresso Nacional e da Esplanada dos Ministérios
Foto: Marcello Casal Jr./ABr


Hora do Planeta, que convida a população a apagar as luzes por uma hora em atenção à preservação dos recursos naturais e ao problema das mudanças climáticas, mobilizou no sábado, 23 de março, mais de 7 mil cidades de mais de 150 países. No Brasil, monumentos públicos, empresas e residências de pelo menos 113 cidades ficaram às escuras, das 20h30 às 21h30.

O evento é realizado desde 2007 pela organização não governamental (ONG) WWF. No primeiro ano a iniciativa foi promovida apenas em Sydney, cidade mais populosa da Austrália, e já em 2008 se espalhou por vários países do mundo. Atualmente, a Hora do Planeta tem uma série de ações integradas envolvendo cultura e ativismo político e ambiental para proteção do meio ambiente.

No Brasil, foi registrado o apoio de 113 cidades e de 480 empresas e organizações. Brasília, cidade-âncora da Hora do Planeta no país, apagou as luzes em espaços famosos como a Catedral Metropolitana, o Congresso Nacional e a Esplanada dos Ministérios. Pedaladas, shows e mobilização de artistas foram organizados em várias cidades brasileiras e também pela internet.

De acordo com o WWF Brasil, o foco da Hora no Planeta neste ano foi o cuidado com a água – 2013 foi eleito pela Unesco o Ano Internacional de Cooperação pela Água. A ONG lembra que a água, através das usinas hidrelétricas, é a principal fonte de energia do país. “Energia, água e qualidade de vida estão todas intimamente ligadas”, destacou a secretária-geral do WWF Brasil, Maria Cecília de Brito.

Fonte: Ecodesenvolvimento

Horta escolar estimula troca de experiências


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Foto: arquivo pessoal - Por Portal MEC

Na zona rural de Santa Maria de Jetibá, pequeno município na região central do Espírito Santo, um projeto de horta desenvolvido na Escola Estadual Frederico Boldt possibilita a alunos e professores do ensino médio a troca de experiências, de forma a unir teoria e prática. Lançado em 2012, o projeto deve ser ampliado, este ano, com a inclusão de práticas tecnológicas inovadoras e sustentáveis.

Muitos conhecimentos obtidos em sala de aula foram postos em prática na horta. Um exemplo é o estudo sobre o potencial de hidrogênio (pH), que indica acidez, alcalinidade ou neutralidade do solo ou de uma solução aquosa.
“Em um projeto como esse, no qual trabalhamos a realidade dos alunos, não só aprendemos com eles, mas conseguimos ajudá-los, com informações que eles possam usar em suas propriedades”, diz o professor Heloy Gaspar Coelho, um dos responsáveis pela criação da horta. O objetivo do projeto é mostrar aos estudantes a possibilidade de realizar um trabalho de agricultura sustentável, mesmo em espaço pequeno, e os benefícios gerados pela agricultura orgânica.

Segundo Heloy, o projeto pode ajudar e influenciar de forma positiva na melhoria da qualidade de vida dos alunos, na maioria integrantes de famílias ligadas à agricultura. “Compartilhamos várias alternativas simples, que podem substituir o uso de agrotóxicos, para melhorar a qualidade de vida”, ressalta o professor, que tem licenciatura em química e cursa pós-graduação em educação ambiental.

A participação dos alunos no projeto foi considerada surpreendente. “Todos gostavam muito do que estavam fazendo e frequentavam a escola até mesmo em dias e horários diferentes só para trabalhar no projeto”, salienta o professor. Cada aluno fazia o que era necessário e todos trabalhavam em diversas funções. No decorrer da semana, o trabalho na horta era realizado no período do contraturno. Aos sábados, as atividades eram realizadas por diferentes grupos de alunos, em revezamento.

Muitos conhecimentos obtidos em sala de aula foram postos em prática na horta. Um exemplo é o estudo sobre o potencial de hidrogênio (pH), que indica acidez, alcalinidade ou neutralidade do solo ou de uma solução aquosa. “Realizamos o teste de pH do solo e da água usando chá de repolho roxo para que os alunos fizessem o mesmo em suas propriedades, sem a necessidade de comprar um indicador químico”, explica.

Pesquisa

Algumas situações novas surgidas no trabalho da horta eram estudadas na sala de aula. Heloy cita como exemplo o uso de pesticidas biológicos em substituição aos agrotóxicos. “Os alunos manifestaram interesse e, com isso, foi realizada uma pesquisa para eles entenderem o porquê de uma determinada mistura orgânica combater uma determinada praga”, destaca.

Na visão da pedagoga Isabel Hartwig Berger, diretora da escola, a horta foi uma atividade de mão dupla, gratificante para todos. “O aluno pôde compartilhar com seus colegas e professores o que já conhecia e praticava com os pais e, ao mesmo tempo, levar muita informação para a família”, ressalta.

De acordo com Isabel, além de ser um local de estudo, a horta ocupou área que estava ociosa e poderia se tornar depósito de lixo. “Com esse trabalho, possibilitamos aos pais sentir e reconhecer a importância de o filho estar na escola”, afirma. Há 25 anos no magistério, sempre atuando na escola Frederico Boldt, Isabel está na direção há dez anos. Sua formação inclui pós-graduação em artes e em supervisão, orientação e inspeção escolar.

Fonte: Ecodesenvolvimento

março 22, 2013

Usina de Itaipu: recorde na geração de energia e modelo de gestão sustentável

Fonte: hmerinomx - Flickr - creative commons

Quando os governos do Brasil e do Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, em abril de 1973, os dois países concordaram em explorar conjuntamente os recursos hidrelétricos do rio Paraná. Onze anos depois, a usina entrou em operação e, hoje, é a segunda maior hidrelétrica do mundo em geração de energia, atrás apenas da usina de Três Gargantas, na China. A grandiosidade da construção atrai turistas de todas as partes e, na prática, é fundamental para brasileiros e paraguaios. Por aqui, é responsável por 20% da energia consumida; já o Paraguai é quase completamente dependente da obra, uma vez que 95% de toda a eletricidade daquele país é produzida em Itaipu. Os desafios para equilibrar eficiência e sustentabilidade são tão grandes quanto os números que envolveram uma obra tão complexa como a de Itaipu, que já foi considerada o maior feito da engenharia brasileira.
Um dos aspectos mais curiosos é o lago da usina. Criado artificialmente em 1982, tem área de 1.350 km2 e profundidade média de 22 metros, chegando até 170 metros nas barragens. O lago de Itaipu é importante por fornecer a água que movimenta os geradores de eletricidade. Por ter tamanha grandiosidade, esse projeto artificial acabou levantando dúvidas sobre como se relacionaria com o meio ambiente e a população que habita a área. Mas, quase 30 anos depois de entrar em operação, se transformou em modelo de gestão sustentável. Atualmente, há 20 programas realizados nos 29 municípios que compõem a bacia do Paraná – moradia de cerca de 1 milhão de pessoas. Desde 1984, foram plantados 43 milhões de árvores e, graças à energia hidrelétrica produzida em Itaipu, o Brasil deixa de emitir a cada ano 85 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Os projetos que tornaram a usina um modelo de sustentabilidade estão ativos em áreas tão diversas quanto geração de energia a partir do esterco de animais, pesca sustentável, produção de alimentos sem agrotóxicos e manutenção de um corredor ecológico de 27 quilômetros de extensão. 
Itaipu é um exemplo prático de que eficiência e sustentabilidade não necessariamente se opõem. Com tantas medidas de proteção ao meio ambiente, a usina bateu recorde de produção em 2012, fechando o ano com geração total de 98.287.128 megawatts-hora (MWh), a maior da história. Esse número supera o de 2008, quando gerou pouco menos de 95 milhões de MWh. Como tudo que se refere à usina, os números são grandiosos: o recorde de energia registrado seria suficiente para atender à demanda do mundo inteiro por dois dias; do Brasil, por 81 dias; da Argentina, por dez meses; do Estado do Paraná, por três anos e sete meses; e da cidade do Rio de Janeiro, por seis anos e quatro meses. São façanhas que caem bem a uma das maiores hidrelétricas do planeta.
No vídeo abaixo, um passeio a Itaipu:

Fonte: Respostas Sustentáveis 


Mais de 2 milhões de pessoas dependem das florestas, aponta ONU

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A data foi escolhida pela ONU para chamar a atenção para a preservação das matas, que concentram 75% da água doce da Terra
Foto: Eskinder Debebe/UN

As Nações Unidas marcam, pela primeira vez, neste 21 de março, o Dia Internacional das Florestas. De acordo com a ONU, mais de 2 milhões de pessoas dependem das florestas para se sustentar.
Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou que, em todo o mundo, 3 milhões de pessoas ainda utilizam a madeira como fonte de combustível. As florestas cobrem um terço do planeta e servem de morada para 750 milhões de pessoas.

A data foi escolhida pela ONU para chamar a atenção para a preservação das matas, que concentram 75% da água doce da Terra. Além disso, as florestas ajudam a estabilizar encostas, evitar deslizamentos e proteger comunidades costeiras de tempestades e até tsunamis.

As florestas cobrem um terço do planeta e servem de morada para 750 milhões de pessoas.
Uma outra razão para comemorar o Dia Internacional das Florestas é ressaltar a importância de todos os tipos de ecossistemas para o desenvolvimento sustentável.

O desmatamento e as mudanças no manejo da terra são responsáveis por 17% das emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas pelo ser humano.
Mas também há boas notícias. Segundo Ban, em todo o globo, a taxa de desmatamento caiu cerca de 20%, na última década.

O secretário-geral da ONU encerrou a mensagem pedindo aos governos e à sociedade civil que se comprometam em reduzir o desmatamento e a pobreza para promover formas de subsistência sustentáveis para quem vive nas florestas.

Fonte: Ecodesenvolvimento



Instituto lança simulador solar e cartilha sobre energia fotovoltaica em casa

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Brasileiros já podem ter energia fotovoltaica em casa, segundo determinação da Aneel
Foto: ell brown

Uma ferramenta disponível na internet que permite saber quanto o imóvel (casa, escritório ou indústria) deixaria de consumir de energia elétrica ao adotar um sistema fotovoltaico, além de o proprietário ter uma noção de quanto espaço precisaria no telhado ou terreno para instalar os módulos solares. Assim é o Simulador Solar, que o Instituto Ideal vai lançar no dia 26 de março, em evento no Instituto de Eletrotécnica da USP (Universidade de São Paulo).

O Simulador Solar é uma ferramenta digital que permite o cálculo da potência de um sistema fotovoltaico (gerador de eletricidade solar) para atender a necessidade energética dos possíveis consumidores.

Ao entrar no site do Simulador Solar, o usuário precisará ter em mãos uma fatura de energia elétrica para completar com seus dados de consumo em kWh e de gastos em reais. A simulação é gratuita e leva apenas alguns minutos.

Cartilha educativa

Durante o evento também será apresentada a cartilha educativa intitulada Como faço para ter eletricidade solar na minha casa?, que busca ajudar as pessoas a gerar sua própria energia fotovoltaica em casa.

Ambas ferramentas estão baseadas na nova normativa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que facilita a conexão à rede de distribuição de mini e microgeradores elétricos a partir de fontes renováveis - Resolução 482/2012.

Por meio dela, o proprietário de um pequeno gerador não precisa consumir toda a energia produzida no momento da geração. A energia poderá ser injetada na rede e, nos meses seguintes, o consumidor receberá créditos em kWh na conta de luz referentes a esta eletricidade gerada, mas não consumida, através do Sistema de Compensação de Energia criado pela normativa.

Os produtos foram desenvolvidos pelo Instituto Ideal com apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio do Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW). A Cartilha tem ainda o apoio institucional da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Associação Brasileira de Energia Solar (Abens), International Solar Energy Society (Ises), Escritório regional de Ciência para a América Latina e o Caribe da Unesco e o Grupo Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Fonte: Ecodesenvolvimento


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: conheça 6 propostas de cientistas


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Guatemaltecos sobem montanha com água armazenada nas costas. Acesso universal à água potável é uma das propostas dos cientistas
Foto: Antoinette Jongen/UN

Depois dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo-limite para cumprimento das metas termina em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) deverão ser criados, conforme acordo firmado em junho de 2012, durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), realizada no Rio de Janeiro.

Um artigo publicado na quarta-feira, 20 de março, pela revista Nature apresenta uma proposta com seis ODS que deveriam ser cumpridos por todos os países para melhorar, até 2030, a qualidade de vida da humanidade, preservar os recursos naturais e assegurar uma economia de baixo carbono (com menos impacto ambiental). A pesquisa foi elaborada por um grupo de dez pesquisadores de várias partes do mundo.

A discussão para a criação dos ODS terá início em setembro de 2013, durante a Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, nos Estados Unidos. Um grupo de trabalho com 30 membros, incluindo a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, vai preparar um relatório apresentando uma prévia dos objetivos.

Conheça os seis Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sugeridos pelos cientistas:


1 – Vida próspera e formas de assegurar a subsistência humana. 
Fim da pobreza e melhora do bem-estar por meio do acesso à educação, emprego, saúde e informação. Redução da desigualdade social enquanto se trabalha em direção ao consumo e produção sustentáveis.


Segundo os pesquisadores, deveriam ser instituídas regras dentro da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a manutenção do ar limpo, assegurar as taxas limites de emissões de ozônio e de componentes químicos ou materiais tóxicos. Além disso, deveriam ser criadas práticas para extração de minerais e metais com foco na reciclagem destes materiais.

2 – Segurança alimentar sustentável. Fim da fome e alcance a longo prazo da segurança na produção de alimentos, com distribuição e consumo sustentáveis.
Para os estudiosos, deve-se prorrogar a meta de combate à fome criada nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, adicionando limites para o uso do nitrogênio e do fósforo na agricultura (evitando que sejam enviados para a atmosfera e para o oceano). Além disso, deve-se aumentar a eficiência no setor em 20% até 2020.

3 – Segurança sustentável da água. Acesso universal à água potável e saneamento básico; garantia de eficiência maior na gestão dos recursos hidrominerais.
Os cientistas afirmam que é preciso limitar a retirada de água das bacias hidrográficas em não mais que 80% do fluxo médio anual dos rios.

4 – Energia limpa universal. Aumentar o acesso universal à energia limpa, minimizando a poluição e o impacto à saúde, além de reduzir o impacto do aquecimento global.
Este objetivo contribui com acordos já feitos entre países que integram as Nações Unidas, que contemplam a implantação de energia sustentável para todos, igualdade de gêneros e acesso à saúde. Além disso, assegura em 50% a chance da temperatura global não subir mais que 2º C nos próximos anos e reduziria entre 3% e 5% ao ano a emissão de gases-estufa até 2030 (totalizando uma queda de até 80% até 2050).

5 – Ecossistemas produtivos e saudáveis. Assegurar os serviços ecossistêmicos e da biodiversidade com uma melhor gestão, restauro e conservação do meio ambiente.
A proposta reforça o cumprimento das Metas de Aichi, dentro da Convenção da ONU para a Biodiversidade, que fixa a redução do ritmo de perda dos ecossistemas e prevê a manutenção de, pelo menos, 70% das espécies presentes em qualquer ambiente.

6 – Governança para sociedades sustentáveis. Transformar e adaptar instituições e políticas públicas para aplicar as outras cinco metas já apresentadas.
Com este objetivo, seriam eliminados até 2020 subsídios que dão suporte à exploração do petróleo, à agricultura insustentável e à sobrepesca.

Fonte: Ecodesenvolvimento


março 19, 2013

Março 2013
Edição 010
Estudantes apresentam lixeira seletora na Febrace
O lixo seco é depositado em uma lixeira especial, que automaticamente identifica e remove os resíduos de metal para um compartimento exclusivo. O projeto é das estudantes do curso técnico em Eletrônica do campus Pelotas do IFSul, Bruna Guterres e Ana Carolina Classen, que tiveram a ideia de produzir uma Lixeira Eletrônica Seletora Sustentável a partir da observação. “Percebemos que muitas pessoas não depositam os resíduos no local correto, e pensamos em uma forma de separá-los automaticamente, para facilitar o processo de reciclagem”, explica Ana Carolina.
A relevância da iniciativa foi reconhecida pela organização da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), através da seleção do projeto para a próxima edição do evento, que começou segunda (11), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A Feira é promovida desde 2003 com o intuito de estimular os estudantes da educação básica a desenvolverem projetos científicos, além de promover a aproximação entre estudantes e professores de escolas públicas e privadas das universidades.
Para as jovens, além de um espaço para mostrar sua ideia a profissionais, educadores e estudantes de todas as partes do país, a participação na Feira representa uma oportunidade de aprendizado. “Vamos conhecer projetos de todo o Brasil, vai ser importante para seguirmos desenvolvendo novas ideias”, diz Bruna.
A meta ao retornarem da Feira é qualificar ainda mais o projeto - orientado pelo professor Adão Antônio de Souza Júnior e coorientado pelo professor Igor da Rocha Barros. Hoje, a Lixeira Eletrônica Seletora Sustentável possui sensores, motores de corrente contínua e dispositivo microcontrolador para identificar e separar os resíduos metálicos. As estudantes pretendem agora empregar dispositivos capazes de identificar e separar todos os diferentes tipos de resíduos recicláveis depositados.
Feira Latinoamericana
Antes mesmo de irem à Febrace, a indicação para participar da Feira já começa a render frutos para Ana Carolina e Bruna. A Rede do Programa de Olimpíadas do Conhecimento (POC) selecionou o projeto para representar o Brasil na Equador 2013 - 2ª Feria Exposición Latinoamericana de Empreendimientos Productivos, Ciencia e Tecnologia. A Feira ocorre entre 18 e 20 de abril na cidade de Ambato, e é promovida peça República do Equador por iniciativa da Cooperativa de Ahorro y Crédito Cámara de Comercio de Ambato e do Programa Aprender a Empreender.

Ciclo de Cinema exibe “Les Triplettes de Bellevillle”
O Projeto de Extensão Ponto de Vista – Ciclo de Cinema e Design, com coordenadoria do professor Alexandre Assunção, retoma as atividades no ano de 2013 com a exibição de “Les Triplettes de Belleville”. Dirigido por Sylvain Chomet, a animação conta a história de Champion, um garotinho melancólico adotado por sua avó. Notando sua paixão pelo ciclismo, ela o incentiva a atividade e, com o passar dos anos, Champion torna-se profissional, participando da célebre “Tour de France”.  Durante a corrida, ele é levado por dois homens de preto. Madame Souza e seu fiel cachorro Bruno saem à sua procura, chegando ao outro lado do oceano, numa megalópole chamada Belleville. Lá eles encontram as “Triplettes de Belleville”, excêntricas estrelas do music-hall dos anos 30, que resolvem ajudá-los a encontrar Champion. O grupo enfrenta situações inusitadas. O primoroso desenho animado “Les Triplettes de Belleville”, pequena maravilha de humor sutil, fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes de 2003.

O filme será exibido gratuitamente sábado (16), às 17h, no auditório principal do campus Pelotas.
Inovtec 2013 já está recebendo artigos
A Comissão Organizadora do 2º Seminário de Inovação e Tecnologia abriu as inscrições de artigos para o evento, previsto para acontecer em 19 e 20 de junho. Os interassados devem submeter o resumo do artigo até o dia 30 de abril pelo emailinovtec@ifsul.edu.br.
O tema central do Inovtec é a inovação cientifica e tecnológica, e os artigos devem abordar assuntos que se relacionem com o tema central, tais como: educação, processos de fabricação mecânica, processos de transformação de polímeros, materiais cerâmicos, materiais poliméricos, materiais metálicos, compósitos, gestão da produção, manutenção, simulação numérica, corrosão, meio ambiente, mecânica de fratura e integridade estrutural, nanotecnologia, tribologia, entre outros.
Campus Pelotas: Pça Vinte de Setembro, 455 - Pelotas - RSTel: (53)2123.1000 / Fax: (53)2123.1006http://pelotas.ifsul.edu.br/portal

Mais de 30% dos municípios brasileiros deixam de controlar qualidade da água


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Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Marrecas, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul
Foto: minplanpac
Por Agência Brasil
Em todo o país, apenas 67% das cidades dispõem de mecanismos para fiscalizar e avaliar a qualidade da água, informou na terça-feira, 19 de março, o diretor do departamento de vigilância em saúde ambiental e saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto. Segundo ele, a meta é levar o serviço a 70% dos municípios ainda em 2013. Até 2015, a taxa deve chegar a 75% das cidades do país.
O que caracteriza o controle é a capacidade de cadastrar as fontes de fornecimento de água e gerar dados de controle e vigilância sobre o serviço de abastecimento. Para Netto, esse desafio se tornará cada vez maior conforme o avanço da taxa: "Depois que chegarmos aos 80%, avançar 2 pontos percentuais será um desafio maior do que é agora".
O diretor do Ministério da Saúde participou de um painel sobre saneamento ambiental e promoção da saúde no quarto Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, promovido na terceira semana de março pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Acesso significa que a pessoa dispõe de um serviço de qualidade, e não apenas da ligação com o sistema de distribuição"
Léo Heller, professor da UFMG
Participante da mesma mesa, o professor do departamento de engenharia sanitária e ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Léo Heller, destacou a necessidade de se ampliar também a qualidade da distribuição de água, diferenciando cobertura de acesso.
"Acesso significa que a pessoa dispõe de um serviço de qualidade, e não apenas da ligação com o sistema de distribuição", explicou o professor.
Segundo Heller, pelos dados do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), 33% da população brasileira não têm acesso à água nos termos mencionados por ele, seja por não estar conectada a um sistema de distribuição ou por não receber água de qualidade. Cerca de 50% não dispõem de tratamento de esgoto.



Decisões futuras
O professor defendeu uma abordagem menos tecnocêntrica nos planos de saneamento, com uma visão mais ampla dos problemas dos locais onde os projetos serão implementados: "É preciso que a percepção da população seja captada. Em grandes investimentos de infraestrutura, se perde essa dimensão, o que compromete os esforços públicos."
Heller elogiou o Plansab, mas afirmou que ele deve moldar o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e não ser moldado por ele: "O PAC prioriza a visão física e perde a visão de política pública. Obra, em si, não é o suficiente. É preciso que seja algo estruturado."
O doutor em engenharia lamentou ainda que alguns projetos que estão sendo preparados com base no Plansab sejam “arcaicos": "Não basta planejar. O planejamento tem que modificar as decisões futuras. Muitos dos planejamentos que temos analisado infelizmente não farão isso. Podem cumprir as datas estipuladas, mas não vão alterar a tomada de decisões no futuro".

Fonte: Ecodesenvolvimento

Emissões do Carnaval de Salvador compensadas com plantio de 13 mil árvores



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Serão necessárias 12.919,3 mudas para compensação
Foto: Divulgação

As empresas Braskem e Cetrel irão realizar em Salvador uma ação de sustentabilidade em parceria com a Secretaria Cidade Sustentável e o  Instituto Fábrica de Florestas (IFF), informou o portal Ibahia. O projeto prevê a plantação de 13 mil mudas de árvores na capital baiana, nas regiões do Parque São Bartolomeu e Vale do Rio Jaguaribe.
A ação faz parte de um projeto piloto de monitoramento da qualidade do ar respirado pelos foliões no Carnaval, entre os dias 6 e 13 de fevereiro. Para compensar todos os gases poluentes respirados neste período, a Organização das Nações Unidas (ONU) avaliou a quantidade proporcional de árvores a serem plantadas. Como na folia de Momo de Salvador foram emitidas 129.133 toneladas de gases-estufa, serão necessárias 12.919,3 mudas para compensação.
Em geral, foram verificados poluentes convencionais emitidos pelos trios elétricos e carros de apoio, como dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, como material particular inalável nos circuitos da folia.
O início do plantio, que terá um investimento total em torno de R$ 123 mil, tem início previsto para o mês de abril, quando começam os períodos chuvosos em Salvador, no sentido de garantir um melhor aproveitamento das mudas. Cada árvore ocupará cerca de 6m², ocupando uma área total equivalente a 11 campos de futebol.

Fonte: Ecodesenvolvimento

Armário ultra compacto reduz matéria-prima e aproveita espaços pequenos



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Aproveitar os espaços dos apartamentos, cada dia menores, e reduzir o uso de matérias-primas, cada dia mais escassas. Esse é o resultado do trabalho dos designers brasileiros André Pedrini e Ricardo Freisleben. Batizada de "Arara Nômade", a criação do Oboio Design Studio une funcionalidade e sustentabilidade em poucas peças.

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O armário compacto é feito de madeira de reflorestamento e aço, e não necessita de nenhuma ferramenta para ser montado. Basta encaixar as peças, que vêm juntas dentro de uma caixa (que, por sua vez, vira uma gaveta), e o móvel está pronto para uso.

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Tanta funcionalidade rendeu à dupla uma Menção Honrosa no 26º Prêmio Museu da Casa Brasileira. Segundo os profissionais a Arara Nômade já está em fase de viabilização comercial e começará a ser vendida ainda em 2013.

Fonte: Ecodesenvolvimento

O preço da floresta em pé


A pequenina Varre-Sai, no noroeste do Estado do Rio, e Curitiba, capital do Estado do Paraná, estão separadas por mais de 1.100 quilômetros, mas próximas, muito próximas, quando o assunto é valorizar quem mantém em pé uma árvore ou uma floresta. Varre-Sai tem um programa, pioneiro no Estado, que beneficia, com pagamento em dinheiro, o agricultor que preserva suas matas. Curitiba oferece redução de IPTU a quem mantém pelo menos uma árvore no terreno – desde que seja araucária e tenha pelo menos 50 centímetros de diâmetro e altura de 1,5 metro.
Mecanismos que precificam a manutenção do verde vêm sendo discutidos desde a conferência da ONU de 1992, mas surgiram recentemente no Brasil, com a implantação do Programa Bolsa Floresta, na Amazônia. Por lá, populações locais receberam aproximadamente R$ 600 per capita como pagamento por contribuírem para manter a floresta em pé. A lógica não é complexa: árvore preservada significa produção e conservação de estoques de água potável, regulação do clima, controle de erosão, polinização, controle biológico, aumento da produtividade e da fertilidade e estoque de carbono e energia. Árvore derrubada, ao contrário, implica gastos com doenças, desastres climáticos, baixa produtividade, erosão. Nada mais justo do que precificar, então, os benefícios dos serviços do meio ambiente preservado.
No Estado do Rio, cidades que avançam na gestão ambiental também recebem fatia maior do repasse de ICMS. Criado em 2007, o chamado ICMS Verde é uma forma de recompensar os municípios pelos investimentos ambientais. A divisão do repasse é composta pelos seguintes critérios: 45% para unidades de conservação, 30% para qualidade da água e 25% para gestão do lixo. A projeção de distribuição para este ano chega a R$ 177 milhões. Quanto melhores os indicadores, mais recursos as prefeituras recebem. O Estado pioneiro na implantação do ICMS Verde foi o Paraná, em 1992. Atualmente, 16 Estados no país possuem esse instrumento de valorização de municípios com boa gestão de suas áreas naturais.
Assista no vídeo a exemplos do pagamento por serviços ambientais em Santa Catarina:

Fonte: Respostas Sustentáveis

março 14, 2013

Prédio que abrigará floresta vertical ´brota´ na Itália



Construção do Bosco Verticale, o primeiro prédio a abrigar uma floresta vertical

Que tal morar numa floresta vertical? Até o final de 2013, um grupo de italianos sortudos vai saber exatamente qual é a sensação de viver no meio de tanto verde em pleno centro urbano de Milão. É que as obras no primeiro prédio do mundo a abrigar uma floresta vertical, o Bosco Verticali, estão em pleno vapor e com previsão de término ainda para este ano.
A firma de arquitetura Stefano Boeri divulgou imagens recentes do empreendimento, que é composto de duas torres, com 76 e 110 metros respectivamente. Nas fotos, árvores atravessam o céu de Milão, erguidas por guindastes, para pousar na varanda dos apartamentos.
Mais de 900 árvores vão ocupar as varandas das duas torres, ajudando a filtrar a poluição do ar e garantir um clima ameno no interior durante o verão.
Para evitar o desperdício e como prova de sua vocação ecológica, toda a irrigação da floresta vertical será feita com água de reuso. Sistemas da geração de energia eólica e fotovoltaica ajudarão a deixar o prédio ainda mais sustentável.
O projeto, no bairro de Isola, nasceu com a ideia de fazer frente ao crescimento urbano e a “cimentação” da cidade, que muitas vezes ignoram a necessidade de áreas verdes.
Segundo seus criadores, a utilização de áreas verticais é uma forma de reinserir a natureza na área urbana sem que seja preciso expandir o território da cidade.

Construção do Bosco Verticale, o primeiro prédio a abrigar uma floresta vertical

Construção do Bosco Verticale, o primeiro prédio a abrigar uma floresta vertical

Construção do Bosco Verticale, o primeiro prédio a abrigar uma floresta vertical


Fonte: Exame.com

Ventilador sustentável economiza 70% de energia



A empresa Keppe Motor lançou no mercado brasileiro o primeiro ventilador de mesa sustentável. A novidade foi apresentada na XVI FIMAI (Feira do Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade), em São Paulo.
O ventilador com Keppe Motor foi desenvolvido a partir dos conceitos expostos pelo cientista Norberto R. Keppe em seu livro A Nova Física da Metafísica Desinvertida. Segundo a empresa, o ventilador é ideal para os atuais tempos de crise energética e de iniciativas em favor do meio ambiente.
O ventilador é feito de madeira reciclada e grade metálica. O design é inspirado no movimento art déco, criado pela arquiteta Luiza Burkinski.
Além da matéria-prima sustentável, o produto economiza até 70% de energia em comparação aos ventiladores comuns. Isso acontece por causa de um motor econômico criado por engenheiros brasileiros da Associação STOP a Destruição do Mundo.
Esta tecnologia inovadora é uma nova fonte de energia, mais limpa e menos poluente. O motor usa energia pulsada, diferente dos ventiladores convencionais, que funcionam com corrente contínua ou alternada. Isso possibilita que o motor trabalhe frio e em equilíbrio com a natureza.
O ventilador funciona em tensão de 110V ou 220V e tem três opções de velocidade. O sistema também tem presilhas para remoção da grade frontal para fácil acesso de limpeza.
O processo de produção do ventilador é totalmente artesanal. Além de optar por um modelo sustentável, o usuário também ajuda a promover a inclusão social dos artesões da cidade de Cambuquira, em Minas Gerais.
Fonte: info.abril


O que fazer com entulhos de construção?


Enquanto na Holanda o índice de reaproveitamento de sobras na construção civil chega a 80% (o melhor do mundo), no Brasil o objetivo é alcançar pelo menos 5%, segundo informações da revista Téchne, especializada em engenharia civil.
Para alcançar esse número, o poder público e entidades empresariais buscam regulamentar e estimular o processamento do entulho e a reutilização do material, no intuito de implantar uma cadeia produtiva para o reaproveitamento dos resíduos, inclusive com o desenvolvimento de métodos de controle tecnológico.
De acordo com as experiências e estudos já feitos, praticamente todo o resíduo de construção pode ser processado, desde que respeitadas às recomendações para o processo de separação e processamento.
A revista Téchne listou como cada material deve ser tratado no canteiro de obra para que seja possível o reaproveitamento. Conheça essas medidas.
  • Plásticos
Origem: fiação, tubulações, diversos.
Reciclagem e cuidados: os materiais são encaminhados para indústrias especializadas nesses compostos que, após processar o material, podem recolocá-lo no mercado, inclusive em outras utilizações, como embalagens.
  • Materiais cimentícios
Origem: argamassas, concretos, blocos para alvenaria.
Reciclagem e cuidados: os materiais são britados e reaproveitados como agregado. Deve-se tomar cuidado para não deixar gesso no entulho, pois compromete o desempenho do material reciclado. Quando finalmente dividido, pode ser empregado como material pozolânico. Eventualmente, pode ser misturado com material cerâmico, desde que mantida a homogeneidade. Nesse caso, o desempenho é inferior àquele verificado com o emprego exclusivo de material cimentício.
  • Madeiras
Origem: fôrmas, escoramentos, sobras da carpintaria ou marcenaria.
Reciclagem e cuidados: as sobras são encaminhadas para indústrias de processamento de madeiras. A reciclagem é dificultada se o material estiver pintado, pois a tinta pode ser tóxica. Em geral, ela é empregada para a produção de chapas de madeira aglomerada ou, em casos mais raros, usada na alimentação de fornos.
  • Materiais cerâmicos
Origem: blocos, telhas, pisos, pastilhas de revestimentos.
Reciclagem e cuidados: os materiais são britados e reaproveitados como agregado não estrutural. Quando finamente dividido, é recomendado como aditivo pozolânico. Eventualmente, pode ser misturado com material cimentício, desde que mantida a homogeneidade. Nesse caso, o desempenho pode melhorar.
  • Metais
Origem: tubulações, esquadrias, fôrmas, ferramentas.
Reciclagem e cuidados: são encaminhados como sucata para depósitos de ferro-velho ou siderúrgicas. Atualmente, 95% do aço dos vergalhões produzidos no Brasil vêm de reaproveitamento de sucata, oriunda sobretudo de navios antigos.
  • Outros
Origem: gesso, tecidos, papéis.
Reciclagem e cuidados: podem ser processados nas indústrias especializadas em cada tipo de material. No caso do gesso, deve-se tomar cuidado para não misturar com resíduos cimentícios, pois a mistura expande em contato com a água e prejudica o desempenho do material. No caso de revestimento de gesso em paredes de alvenaria, a proporção de gesso é inferior ao limite de comprometimento. O maior cuidado deve ser tomado com paredes e forros de gesso acartonado.
Fonte: Ambiente Brasil

Pelotas prepara Plano Municipal de Qualidade Ambiental

Foto: Janine Tomberg

Foto: Janine Tomberg

     
  A Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) realizou na última sexta-feira, 8, a abertura das pré-conferências para construção do Plano Municipal de Qualidade Ambiental. O prefeito Eduardo Leite esteve no encontro e destacou a importância da participação das diversas entidades para construção do documento que irá nortear as ações ambientais da cidade.


          As pré-conferências ocorrem em 12 encontros, todas as quartas-feiras, a partir desta semana no auditório da SQA. O secretário Neiff Satte Alam informou que o Plano será produzido nesses encontros e apresentado na Conferência Municipal de Meio Ambiente que ocorre dia 3 de junho. “O mês de junho será marcado por grandes eventos para construção de políticas ambientais, reunidos no I Fórum Socioambiental do Município”.



          O Fórum irá homenagear o Arroio Pelotas, que há dez anos foi declarado patrimônio cultural. “Mais do que importância ambiental, o Arroio Pelotas carrega parte da história da constituição do Município e merece atenção e reconhecimento da população”, declarou Neiff.



          As pré-conferências reúnem universidades, ONGs e secretarias municipais. Os encontros são abertos ao público todas as quartas-feiras das 13h30 às 15h30. 

março 13, 2013

São Paulo deixa de cumprir meta de redução das emissões de gases-estufa


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Cidade para os carros: cerca de 60% do item "queima de combustível" está relacionado ao sistema de transporte
Foto: marcelvz

A meta de reduzir 30% das emissões de gás de efeito estufa na capital paulista entre 2003 e 2012, conforme determina a Lei 14.933 de 1999, deixou de ser cumprida pelo município. O Inventário Municipal de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE), apresentado pela prefeitura na terça-feira, 12 de março, mostra que, além de não alcançar o objetivo, a cidade aumentou a emissão de gás em 2010 e 2011. Foram 16 mil gigagramas de gás carbônico equivalente a mais, o que corresponde a um ano de emissões.

No último inventário, divulgado em 2005, mas que analisa dados referentes a 2003, as emissões somavam 15.738 gigagramas de gás carbônico equivalente. De 2009 para 2010, o total de emissão de gases saltou de 15.115 para 16.087 gigagramas. Em 2011, o número chegou a 16.430 gigagramas.

"Não é aquilo que a gente esperava, apesar de todo o esforço que se está fazendo. É importante deixar claro que a cidade de São Paulo não tem o controle sobre a maioria dessas emissões. A gente tem uma lei muito boa, mas todo esse controle, quase nenhum é nosso. É um início e, apesar de termos um aumento, mostra que a cidade está no caminho certo, preocupada com a questão", avaliou à Agência Brasil o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Ricardo Teixeira.

Setor de transporte

O relatório mostra que a grande maioria dos gases (81,9%) é gerada pela queima de combustível e pelas substâncias que escapam da rede de gás natural. Esses itens compõem a categoria "energia", do inventário. Cerca de 60% do item "queima de combustível", por sua vez, está relacionado ao sistema de transporte.

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Aterros representam 14% das emissões da cidade de São Paulo
Foto: Pedro Serra

Para o secretário, esses dados reforçam a importância de aperfeiçoamentos da lei de inspeção veicular que está em discussão no município. "Você percebe que o foco principal é energético. Você tem que ter uma conscientização da população para mudar esse modelo. A inspeção veicular, que está engatinhando no Brasil, tem que ser aperfeiçoada e ser mais rigorosa. É um erro, por exemplo, só a capital fazer e a região metropolitana não", apontou.

Cerca de 60% do item "queima de combustível", por sua vez, está relacionada ao sistema de transporte.
O segundo setor que mais contribui para a emissão de gases de efeito estufa, com 15,6%, é o de 'resíduos', que inclui efluentes líquidos (esgoto doméstico e efluentes industriais) e sólidos (disposição em aterros, compostagem e incineração). Os aterros são destaque nessa categoria, pois representam 14% das emissões.

Os gases de efeito estufa relacionados aos setores de energia e resíduos, portanto, somam quase 100% das emissões de São Paulo. "Não era muito claro até agora o perfil dessas emissões. Achava-se que era o sistema de transporte, mas não havia uma métrica que fazia essa avaliação. Agora tem. Agora é mais fácil de atacar setores específicos. Se eu trabalhar com transporte e resíduos, vamos ter altos ganhos no resultado. Temos uma ferramenta para orientação de política".

As demais categorias, que são processos industriais (2,4%) e uso da terra (0,1%), têm pequena parcela de contribuição.


Na comparação com Nova York (EUA), São Paulo, apesar de emitir menos gases, tem uma proporção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) maior: são gerados mais poluentes para produzir a mesma riqueza. Na cidade norte-americana, a relação é de 20 toneladas de gás carbônico equivalente por real. Na brasileira, a proporção é de 39 toneladas de gás carbônico equivalente por real.

O secretário acredita que, para possibilitar avaliações mais criteriosas sobre os efeitos dos gases, o período de produção do inventário, que hoje é de cinco anos, deveria ser encurtado. "Fazendo a aferição ano a ano, você avalia quais são os impactos das políticas públicas para as emissões de gás de efeito estufa e dá para estender isso também para a poluição, porque ela impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas", defendeu.

Fonte: Ecodesenvolvimento