A partir dos 4 anos, a criança já tem capacidade intelectual para separar o lixo reciclado.
Mas a coleta seletiva engatinha no Brasil. Lá fora, algumas cidades têm
listas que detalham o destino de mais de 500 itens recicláveis – de
escova de dente a tampinha. Por aqui, basta separar o lixo orgânico
do inorgânico. São só duas lixeiras e, mesmo assim, o resultado é muito
ruim, reflexo da falta de campanhas maciças de educação, entre outros
motivos. No Rio de Janeiro, por exemplo, a coleta seletiva responde por apenas 0,28% de todo o resíduo recolhido.
Ainda que a população se torne consciente, as prefeituras não teriam como absorver a quantidade colossal de lixo.
No Brasil, o desperdício de alimentos é equivalente a 150% do PIB, o
que daria para alimentar 50 milhões de pessoas. As perdas começam na
lavoura, se ampliam com o acondicionamento ruim durante o transporte do
campo para as lojas, aumentam no varejo e o ciclo do desperdício se
completa nas nossas casas. Vivemos a cultura do “é melhor sobrar do
que faltar”, como se não houvesse um meio-termo. Antigamente, os poucos
recursos disponíveis eram consumidos quase de forma integral.
Hoje, os sacos de papel foram substituídos por plásticos,
os aparelhos eletrônicos ficam rapidamente obsoletos e os retornáveis
deram lugar aos descartáveis. Antes de incentivarmos a coleta seletiva,
devemos prevenir a geração do resíduo. Não é deixar de comprar, mas
tornar a compra um ato consciente: decidir o que consumir, por que
consumir, como consumir e de quem consumir. É preferir, por exemplo,
embalagens menores e retornáveis, evitando as descartáveis. As empresas
estão atentas aos compradores. A prova disso é o crescimento do
ecodesign: o desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis. São
decisões que mostram que a reciclagem começa muito antes do consumo.
Assista à divertida animação feita pelo Instituto Akatu
que faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e
de consumo hoje.
Fonte: Respostas Sustentaveis
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