Quando nos referimos à palavra lixo devemos considerar sempre o
ponto de vista relativo, jamais absoluto. Lixo é o que alguém julgou
ser dispensável. Mas quais são os critérios para esse julgamento? Lixo
pode significar dinheiro para algumas pessoas – e não é pouco, não. De
acordo com o IPEA, o Brasil jogou em aterros e lixões o equivalente a
R$ 8 bilhões em materiais recicláveis em 2009. E nessa conta nem
entraram gastos com o tratamento de doenças, por exemplo. Em outras
palavras, cuidar do lixo é economizar em hospitais.
Ainda assim, para muitos gestores, ganhar dinheiro com a reciclagem
é um mito. Faz sentido no Brasil porque o mercado ainda não funciona
direito. A coleta seletiva custa de cinco a dez vezes mais do que a
convencional, a demanda por recicláveis é pequena e, em muitos casos,
usar matéria-prima é mais barato do que reciclar. No atual panorama, de
fato, a reciclagem não é rentável. Mas, com a estruturação do sistema,
dividindo responsabilidade entre o setor público, privado e sociedade,
não há dúvida que vire um grande negócio.
Além de poupar recursos naturais, o lixo pode virar adubo e energia.
Em 2005, os benefícios da coleta seletiva mundial combinados evitaram a
emissão de 48 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono. É o
mesmo que tirar 36 milhões de carros das ruas durante um ano. Um dado
que atropela qualquer argumento contrário à coleta seletiva .
Assista à reportagem da Globonews sobre o tema:
Fonte: Respostas Sustentaveis
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