dezembro 03, 2012

Agrotóxico é 2ª causa de contaminação da água no País



O uso de agrotóxicos e fertilizantes já é a segunda causa de contaminação da água no País. Só perde para o despejo de esgoto doméstico, o grande problema ambiental brasileiro. A pesquisa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que, do total de 5.281 municípios que têm atividade agrícola, 1.134 (21,5%) informaram ter o solo contaminado por agrotóxicos e fertilizantes.

Das cidades que registraram poluição freqüente da água, onde vivem sete de cada dez brasileiros, 75% apontaram o despejo de esgoto como principal causa da poluição, 43% disseram que o problema se deve ao uso de agrotóxicos, e 39%, à disposição inadequada de resíduos sólidos (lixo) e à criação de animais. A contaminação da água provocada por agrotóxico é um problema para 16,2% (901) dos municípios brasileiros.
Proibido por lei federal em 2002, o descarte irregular de embalagens vazias de agrotóxicos é apontado como principal causa de contaminação: 978 descartavam recipientes em vazadouro a céu aberto. Em todo o País, 600 municípios informaram possuir posto de coleta de embalagens. O destaque foi Santa Catarina, com a maior proporção de postos de recebimento.
Usado para o controle de pragas, doenças e ervas daninhas, o agrotóxico se tornou um dos principais elementos do modelo agrícola brasileiro após uma política oficial de incentivo iniciada durante o regime militar, na década de 70. De acordo com dados divulgados na pesquisa do IBGE, o governo federal investiu mais de US$ 200 milhões na implantação e no desenvolvimento de indústrias voltadas para a prática. A vinculação da ampliação do crédito agrícola subsidiado à compra de agrotóxicos difundiu a medida. Em 1995, foram comercializados US$ 1,6 bilhão em agrotóxicos. Cinco anos depois, a cifra chegou a US$ 2,5 bilhões.
Mas a pesquisa também mostra que, dos 5.281 municípios com atividade agrícola, 35,8% incentivam a promoção e a prática da agricultura orgânicas. Dos municípios onde há fiscalização, 61,5% incentivaram a prática de agricultura orgânica.
Fonte: oeco

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