outubro 15, 2013

Banco coleta água da chuva e ainda irriga jardim de praça pública



Para ajudar a reduzir a quantidade de recursos hídricos públicos que é utilizada para irrigar as praças de Mumbai, na Índia, a empresa Mars Architects, em parceria com o BMW Guggenheim Lab, criou um banco que absorve a água da chuva e, posteriormente, irriga toda a área verde em sua volta.

A criação é construída com polietileno parcialmente reciclado e conta com reservatório interno que se enche totalmente durante a estação chuvosa. Cada banco tem sua capacidade de armazenamento, que varia de 500, 1.000 a 1.800 litros de água.

Os primeiros exemplares, que devem durar um ano, estão em fase de testes em Mumbai, mas o objetivo do governo local é implantar unidades suficientes para tornar as áreas verdes independentes do recurso hídrico da rede pública.

Bem que seria uma boa aqui no Brasil. Você concorda?

Ecodesenvolvimento

Casal viaja 45 mil km com veículo movido a óleo de cozinha


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Óleo de cozinha abastece a caminhonete utilizada na expedição
Fotos: Divulgação

O casal chileno Carola Teixido e Víctor Millán resolveu inovar na viagem de férias: transformou o retorno do Alasca em uma aventura sustentável. Por quê? Eles embarcaram em uma expedição de 45 mil quilômetros a bordo de uma caminhonete abastecida com óleo de cozinha doado por restaurantes ao longo do caminho.

Para divulgar toda a aventura, o casal criou o blog Upa Cahlupa
A iniciativa do casal era um desejo antigo, que foi impulsionado quando Víctor foi demitido do emprego e resolveu sair pela estrada com sua esposa. Segundo ele, o dinheiro não é o item mais limitador para a viagem - apesar de não serem ricos, eles perceberam que precisavam avaliar outros pontos que valiam mais do que os recursos financeiros.

Um desses quesitos foi o combustível, que foi escolhido na intenção de poupar dinheiro com gasolina, além de pontos como a redução das emissões de gases poluentes e a reciclagem do produto (cerca de seis mil litros até chegarem a Patagônia). O veículo utilizado foi uma Ford F250 Powerstroke 7.3 - equipada com um compartimento para óleo reciclado e outro para diesel, em casos de emergência.

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Para converter o resíduo em combustível a caminhonete possui um sistema composto por bombas, filtros e aquecedores, pois o óleo tem uma textura mais viscosa que o diesel, precisa ser filtrado e estar quente antes de ir para o motor. Além disso, ela é equipada com um painel solar, que ilumina a parte interna do veículo, carrega os gadgets e é usado para ouvir as músicas durante a viagem.

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No sentido de divulgar toda a aventura, o casal criou o blog Upa Cahlupa. Eles estavam no Canadá até o fechamento deste post, e já percorreram cerca de 9.300 km - quase 8 mil feitos com o óleo doado e reutilizado.

Ecodesenvolvimento

outubro 13, 2013

Veículos são responsáveis por 90% da poluição em São Paulo, alerta estudo


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Micropartículas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores
Foto: pedrorocha

Em uma sociedade na qual o "culto ao motor" parece não ter fim, os constantes engarrafamentos e o estresse causado pelos congestionamentos quilométricos estão longe de serem os únicos problemas à população. No estado de São Paulo, por exemplo, a má qualidade do ar respondeu por quase 100 mil mortes entre 2006 e 2011. Detalhe: os veículos provocaram 90% da poluição.

Os dados são de um estudo feito pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade, segundo o qual quanto maior a lentidão do trânsito, mais letal se torna o ar. O perigo, porém, nem sempre é visível, pois as micropartículas de poeira, conhecidas como PM2,5, medem apenas 0,0025mm. Elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores, e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis - extremamente nociva à saúde humana.

Má qualidade do ar respondeu por quase 100 mil mortes entre 2006 e 2011.

Em 2011 (dados mais recentes) a média para os municípios foi de 25 μg/m3, mais que o dobro dos 10 μg/m3 estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde. A consequência é pessoas doentes e gastos públicos elevados com saúde. Em Cubatão, por exemplo, a média anual de PM2,5  foi de 39,79 no período analisado. As mortes decorrentes à poluição na cidade paulista campeã desse ranking indesejado chegaram a 99, enquanto as internações oriundas da má qualidade do ar atingiram o número de 352. A conta? Um total de R$ R$611.575,00 - dinheiro público empregado nas internações.

Osasco, Araçatuba, Paulínia, São Bernardo do Campo, Santos, São José do Rio Preto, São Caetano do Sul, Taboão da Serra, Mauá e a capital São Paulo completam a lista das dez cidades mais poluídas do maior estado brasileiro, segundo o ranking.

Ecodesenvolvimento

Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para dar fim adequado a resíduos sólidos


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A PNRS prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos
Foto: Tânia Rêgo/ABr

Por Agência Brasil

O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado na quinta-feira, 3 de outubro, pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

De acordo com a entidade, caso o país mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no país. “Se não contarmos com esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o processo de adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não sair do papel”, destacou o diretor.
Segundo a associação, a aplicação de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de resíduos seria suficiente para as adequações necessárias.

Sete produtos compostos por ingredientes de origem animal (e você nem sabia)


"Eu não consumo nada que venha de origem animal", costumam afirmar os adeptos do veganismo. Mas se engana quem pensa que apenas os produtos comestíveis contêm procedência de animais entre os seus ingredientes. Artigos simples, como sacolinhas de plástico e pneus de bicicleta são feitos com algum produto de origem animal.
Segundo a organização canadense Ofac (Conselho de Pecuária de Ontário), dos animais presentes na alimentação humana, 45% são utilizados para fabricar artigos não-comestíveis.
Selecionamos (com base em uma lista do Tree Hugger) sete produtos usados de forma recorrente no nosso cotidiano que contém origem animal entre os seus ingredientes.

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Gordura animal compõe as sacolas plásticas
Foto: Ars Electronica

  • Sacolas Plásticas
Muitos tipos de plástico, inclusive as sacolinhas de supermercado, contém um ingrediente que diminui o efeito estático que o material pode causar: gordura animal. Mais um motivo para usar uma ecobag (sacola reutilizável).

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Ácido esteárico, um dos componentes dos pneus, tem origem animal
Foto: association GADEL lot

  • Pneus de carro e de bicicleta
Para se certificar que seu meio de transporte é livre de produtos animais, confira se o fabricante utiliza a versão vegetal do ácido esteárico, usado para conservar a forma do pneu sob atrito intenso. Segundo lista do fórum de Malhação Vegana (em inglês), a Michelin é animal-free.

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Gordura de carne de boi e de frango também costuma ser usada no álcool de biocombustível
Foto: plebeian regime

  • Biocombustível
Tá pensando que só existe álcool de cana de açúcar e biodiesel de óleo de mamona? Ledo engano. Ele também pode ser feito com gordura de carne de boi e de frango.

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Derivado da amônia usado nos amaciantes vem das ovelhas, cavalos e vacas
Foto: bbel

  • Amaciante de roupas
Ele contém dihydrogenated tallow dimethyl ammonium chloride em sua fórmula. Esse derivado da amônia vem das ovelhas, cavalos e vacas. Melhor ficar com as roupas menos macias, caro vegano.

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Shampoos e condicionadores podem ter até 20 ingredientes vindos de animais
Foto: beverlyislike

  • Shampoo e condicionador
Sim, eles contém mais de 20 ingredientes vindos de animais! “Pantenol”, “aminoácidos” e “vitamina B”, por exemplo, podem ter origem animal ou vegetal. A melhor forma de saber com certeza é procurando marcas veganas. O site Guia Vegano recomenda a marca Surya, que tem certificação e tudo.

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Glicerina pode ter oriem animal e vegetal
Foto: Nilanjan Sasmal

  • Pasta de dentes
A glicerina, também presente no shampoo e condicionador, pode ter origem animal e vegetal. Tente marcas veganas, como a Contente, Condor, Welleda e Natura.

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Cinzas purificadas feitas com ossos são usadas no refinamento do açúcar
Foto: Judy**

  • Açúcar branco e mascavo
Por essa você não esperava! Algumas marcas utilizam cinzas purificadas feitas com ossos no refinamento do açúcar. Há como fazer o mesmo processo com carbono granulado ou um sistema de troca de íons. Escolha o açúcar cristal orgânico, se ficar na dúvida.

Ecodesenvolvimento

Para o dia das crianças: Cinco lições de sustentabilidade para ensinar às crianças


Sempre é tempo de aprender. Por isso, contribua desde cedo na formação das crianças. Investir em boas lições sobre meio ambiente fazem toda a diferença para formar adultos conscientes.
Pensando nisso, listamos cinco dicas bem bacanas para transmitir aos pequenos.
  • Desligue os aparelhos que não estão em uso
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É comum ver crianças deixando jogos eletrônicos ligados e sem uso. Alerte-as!
Foto: jDevaun


Infelizmente, ainda é muito comum adultos e crianças deixarem lâmpadas, ventiladores, ar-condicionados, TVs e computadores ligados, mas sem ninguém usar. O impacto é tanto no aumento do valor da conta de energia, mas também no desperdício deste recurso precioso. Por isso é melhor ensinar, desde cedo, as crianças sobre o consumo de energia.
  • Feche bem as torneiras
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Ensine as crianças a não desperdiçar água


É natural que as crianças gostem de brincar com água e não saibam a dimensão dos problemas do desperdício deste recurso. Por isso é papel dos pais e responsáveis, mostrar a elas o valor que a água tem em nossa vida e como fechar as torneiras completamente. Busque maneiras lúdicas de ensinar, por assim elas guardam para o resto da vida. 
A organização não governamental WWF-Brasil revelou que é grande o desperdício de água entre os brasileiros: mais de 80% da população consultada em 26 estados reconheceram que vão ter problemas de abastecimento de água no futuro e, desses, 68% reconheceram que o desperdício de água é a principal causa desse problema.
  • Retire os dispositivos das tomadas quando não estiverem sendo utilizados
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Retire os carregadores da tomada


Não é estranho ver crianças e até adultos deixando o carregador de celular e de pilhas ligados na tomada mesmo sem estar em uso. Muitos deles não entendem a real importância de não realizar essa prática.
Na verdade, sempre que um carregador está na tomada, independentemente do dispositivo estar sendo usado ou não, ele consome energia. O ideal é que as crianças aprendam essa realidade desde pequenas.
  • Incentive a reutilização de materiais e resíduos
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Habitue a criança ao ato de reciclar
Foto: lievensoete


Um passo mais largo para se conquistar um estilo de vida mais sustentável é a reciclagem de materiais. Incentive a molecada a reaproveitar sacos plásticos, papéis e brinquedos. A prática auxilia na educação dos pequenos e estimula a criatividade. Além de poupar o meio ambiente, o jovem vai aprender a consumir produtos com mais consciência.
  • Cultive hábitos de leitura sobre o meio ambiente
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Incentive ao conhecimento sobre o meio ambiente

Incentivar a criança à leitura é, comprovadamente, muito importante para o seu desenvolvimento social e intelectual. Mas que tal apresentá-las a obras sobre o meio ambiente?
Alerte sobre a realidade do mundo em que vivemos, ensinando sobre a riqueza do meio ambiente e como elas podem participar.

Ecodesenvolvimento

outubro 01, 2013

Bikes recicladas mudam a vida pessoas carentes: viram máquinas

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Elas são transformadas em “bicimáquinas” e ajudam a fazer tarefas como moer grãos, descascar legumes, puxar água....
Basta pedalar, e em apenas 1 minuto é possível moer um quilo e meio de café.
Também em 1 minuto da pra tirar cerca de 10 galões de água de um poço com 30 metros de profundidade.
Para quem mora em grandes cidades e capitais pode parecer pouco, mas em lugares onde não há água encanada nem luz, esse tipo de inovação é preciosa e é capaz de mudar vidas.
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Países como Estados Unidos e Canadá estão doando suas bikes antigas para a ONG Maya Pedal.
Com a ajuda de concreto, madeira ou metal a entidade transforma as bicicletas e oferece a comunidades na Guatemala, na América Central.
As bicimáquinas são montadas com ajuda de voluntários, o que leva a ONG a ser vista como uma verdadeira família.
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IPCC aponta que Amazônia pode perder 70% de sua área


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A redução deve acontecer se houver um aumento da estação seca, segundo o relatório do IPCC.
São Paulo - A Floresta Amazônica poderá sofrer uma redução de 70% da extensão da sua área ao fim do século, se houver um aumento da estação seca. A projeção consta do relatório completo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que foi divulgado nesta segunda-feira, 30, na sequência do sumário para formuladores de políticas, anunciado na sexta passada, 27.
O material, com mais de mil páginas, traz com mais detalhes as bases físicas da ciência do clima e uma abordagem regional com projeções sobre como cada parte do planeta poderá ser afetada no futuro.
O relatório lembra que no clima atual o crescimento intenso da floresta ocorre justamente durante a estação seca, quando a insolação é maior e há bastante água do período chuvoso armazenada nos aquíferos subterrâneos.
Há muitas incertezas ainda sobre como a mudança climática vai afetar a seca na região, mas simulações que consideram um cenário de aumento do período sem chuva observam essa redução dramática na vegetação. O painel de cientistas alerta que o cenário poderá ficar ainda pior diante de um quadro de aumento do desmatamento, que tende a prolongar a estação seca.
"Condições assim aumentam a probabilidade de incêndios naturais que, combinados com queimadas provocadas por atividades humanas, pode minar a resiliência da florestas às mudanças climáticas", escrevem os autores.
O relatório afirma que é muito provável (mais de 90% de chance) que a temperatura suba em toda a América do Sul, com o maior aquecimento projetado para o sul da Amazônia. A projeção é de um aumento da temperatura média de 0,5°C (centro-sul) a 1,5°C (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) no País até o fim do século no cenário mais otimista; e de 3°C (sul e litoral do Nordeste) a 7°C (Amazônia) no pior cenário.
Chuva
Em relação às chuvas, porém, há incertezas, com diferentes estudos mostrando diferentes tendências para algumas regiões, explica a pesquisadora Iracema Cavalcanti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma das autoras do capítulo que mostra as projeções regionais futuras. "Mas temos grande confiabilidade para algumas. Os resultados são muito robustos de que na Região Sul do País e na bacia do Prata as chuvas vão aumentar. E no inverno, há mais confiança de que haverá excesso de chuvas no oeste da Amazônia e menos no leste e no sul", diz.
Fonte: Exame.

Como reciclar caixa de pizza?


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Saiba por que caixas de pizza não são recicláveis. Óleo e gordura da pizza dificultam processo de reciclagem do papelão das caixas. Mas há alternativas
Você sabia que em muitos lugares não é permitido o descarte de caixas de pizza em lixeiras ecológicas? Isso deve parecer loucura, afinal de contas, essas caixas são feitas de papelão, que, até onde se sabe, é reciclável (saiba mais aqui). Mas não é no papelão que está o problema. É na pizza.
O que inutiliza as embalagens, na verdade, são os condimentos, como o óleo (gordura) e o queijo - que se impregnam no papelão. Quando uma embalagem de papelão abriga qualquer alimento que possa manchá-la com gordura (ou algo do tipo), ela deixa de ser apropriada para reciclagem. Já reparou que nos restaurantes fast-food não há lixeiras ecológicas? Pois é, apesar de muitas caixas desses alimentos aparecerem com aquele símbolo indicando a possibilidade de reciclagem, pode ter certeza de que essa informação não aparece nem nas letras miúdas.
A razão pela qual a reciclagem nestas condições fica impraticável é simples: logo quando começamos a aprender química no ginásio, a primeira lição que o/a professor(a) nos ensina é que água e óleo não se misturam. Em outras palavras, o processo de reciclagem do papel consiste em misturá-lo com água e formar uma pasta que, depois de seca, transforma-se em uma nova folha ou embalagem. Com o óleo presente nas caixas de pizza, fica impossível formar essa pasta.
Mas, como sabemos bem, a pizza é uma solução e não um problema. Mesmo que você seja daquelas pessoas que gostam de reciclar tudo, ler essa matéria não deve tornar a caixa de pizza uma vilã para você. É possível reciclar uma embalagem de pizza, sim! Basta separar as partes da caixa que não foram manchadas pela gordura, como a superfície.
Além da reciclagem, existem várias utilidades para essas caixas. No caso das caixas de pizza congeladas (que não tem o problema do óleo, apesar de fazerem mal à saúde), pode-se usar a criatividade ou enviá-la direto para a reciclagem. Já nos casos das caixas comuns, é possível separar a superfície para criar outras embalagens. Inclusive, a eCycle já publicou diversas matérias mostrando iniciativas em que o papelão reciclado foi utilizado (veja mais aqui).
Confira, no vídeo abaixo, como reutilizar uma caixa de pizza para fazer embalagens para presentes!
Fonte: eCycle.

Mercúrio utilizado no garimpo causa contaminação no solo e em pessoas


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Mineradores usam mercúrio no garimpo para
identificar o ouro (Foto: Thinkstock/Getty Images)

Exploração de ouro na Serra Pelada durante a década de 80 ficou marcada pelas graves consequências causadas pela utilização desta substância
A técnica de exploração de minérios que se dedica principalmente a extração de pedras preciosas, como ouro e diamantes, é conhecida como garimpo. A garimpagem pode ocorrer de forma mecânica ou manual e na maioria das vezes utiliza o mercúrio para facilitar a exploração mineral. Apesar da vantagem de catalisar o processo de identificação do ouro, por exemplo, essa substância química é responsável por gerar graves danos ao meio ambiente e aos seres humanos que a ela ficam expostos.
foto da regiao de serra pelada mostrando pilhas antigas de material deixado pelos garimpeiros 606
Região de garimpo na Serra Pelada (Foto: Divulgação/ Marcello Veiga)
O mercúrio é utilizado no processo de garimpagem em sua forma líquida para atrair o ouro diluído em um determinado solo, formando uma liga entre as substâncias. Giorgio de Tomi, diretor do Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração Responsável da Universidade de São Paulo, explica que quando esse concentrado é queimado, o mercúrio evapora deixando apenas o ouro em seu estado bruto. A contaminação com a substâcia pode ocorrer de forma direta, por inalação, ou indireta após sua precipitação no solo. " A combinação do mercúrio precipitado com compostos orgânicos do solo forma a substância metilmercúrio, altamente danosa", esclarede de Tomi.
Além de contaminar o solo, o metilmercúrio pode provocar graves complicações à saúde de garimpeiros ou de pessoas que indiretamente são infectadas. “O metilmercúrio se acumula na cadeia alimentar se fixando na natureza. Ele normalmente fica por volta da região em que o material foi processado, mas com chuva pode cair em um curso de água. Nos seres humanos, ele é conhecido por causar enfermidades neurológicas graves”, declara Giorgio.
Na década de 80, o uso do mercúrio durante a intensa corrida pelo ouro na Serra Pelada causou sérias consequencias para a região. Além de chamar atenção por ter sido o local do maior garimpo a céu aberto do mundo, a exploração do ouro nas jazidas do estado do Pará ficou marcada pelas graves contaminações do solo e de trabalhadores. A falta de equipamentos de proteção, como máscaras ou luvas, permitiu que o mercúrio fosse diretamente inalado pelos garimpeiros, que sofreram com sérias complicações de saúde chegando, em certos casos, à óbito.
As atividades garimpeiras na Serra Pelada desaceleraram durante a década de 90 até serem interrompidas. As crateras abertas no período da exploração foram abandonadas sem qualquer tratamento de recuperação do solo. Hoje, Giorgio explica que a região está dividida entre cooperativas de garimpeiros. Algumas delas já fizeram parcerias com grandes empresas e reiniciaram atividades de escavações subterrâneas.
antigas instalacoes de recuperacao de ouro do acervo do prof 291
Instalações de recuperação de ouro na Serra Pelada (Foto: Divulgação/ Marcello Veiga)
A USP foi procurada por uma destas cooperativas para fazer um caminho diferente. Giorgio explica que o trabalho a ser realizado pela universidade é de reconhecimento do espaço antes da exploração. “Fomos procurados para reconhecer, saber como é a reserva. A ideia é fazer um plano de negócio para deixar a relação com um futuro investidor mais transparente”, diz.
Giorgio conta ainda ter realizado uma pesquisa de levantamento com garimpeiros da rSerra pelada sbre a aceitação de novas tecnologias limpas para a exploração de minerais. O resultado foi positovo em particamente 100% dos casos. No entanto, a falta de conhecimento sobre essas novas técnicas dificulta sua implantação pratica. “A saída é ter um programa de conscientização do garimpeiro para mostrar os riscos do mercúrio e a existência de tecnologias limpas. Além disso, autoridades precisam ensinar os garimpeiros a utilizar essas novas técnicas”, diz. O diretor do Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração Responsável esclarece que ao invés de mercúrio, os garimpeiros poderiam usar o cianeto, substância não poluente e economicamente mais rentável. “Entendo que a solução não é legal ou ambiental, é econômica. Temos que mostrar que usando tecnologias limpas ele poderão tirar mais ouro”, afirma.

Fonte: Globo Ecologia.

setembro 30, 2013

O lugar mais radioativo do mundo

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Se você algum dia for à Rússia, de preferência não chegue perto do Lago Karachay, que, embora seja muito bonito, emite 200 vezes mais radiação do que seria considerado normal, mais do que suficiente para matar alguém em menos de uma hora de exposição.
Por Guilherme de Souza
Tudo começou em meados da década de 1940, quando o governo da extinta União Soviética construiu uma “cidade secreta” (Chelyabinsk-40) em uma área escondida pelos montes Urais, que serviria de base para a produção de armas nucleares. Em 1948, o primeiro reator do local já estava funcionando, transformando urânio em plutônio – carga que era enviada para fábricas de bombas.
Curiosamente, o projeto inicial não especificava o destino dos resíduos, e, numa espécie de improviso inconsequente, os responsáveis pela planta nuclear começaram a despejar o material no rio mais próximo, o Techa, que abastecia 39 cidades e vilarejos.

Apenas três anos mais tarde, foram enviados técnicos para investigar se o despejo de resíduos não estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras áreas dificilmente emitiam mais do que 0,21 Röntgens (uma unidade de medida para radiação) em um ano, o rio Techa emitia 5 Röntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos afetados.
Como isso não eliminou o problema da destinação do lixo radioativo, decidiram despejá-lo em um lugar do qual, supostamente, ele não sairia – o lago Karachay, que era alimentado por um único rio.
Durante 30 ou 40 anos (as datas divergem, pois o governo soviético só confirmou a existência do projeto em 1990), o lago serviu de depósito radioativo. Contudo, ele não era tão seguro quanto se imaginava: parte da sua água “vazava” para o pântano Asanov, nos arredores, contaminando a área. Além disso, em 1967 uma grande seca fez com que uma parte considerável da água do Karachay evaporasse, o que expôs resíduos radioativos ao vento – partículas foram carregadas por uma área de 2,4 mil km², onde viviam cerca de 500 mil pessoas.
Atualmente, as margens do lago emitem 600 Röntgens por hora, e, se uma única barragem do rio Techa se romper, os resíduos podem alcançar correntes marítimas no Ártico, que as espalhariam pelo Atlântico.
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Saiba o que é água de reúso e onde pode ser utilizada


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Recurso é obtido por meio do tratamento dos esgotos e seu uso, além de racional, ainda gera redução de custos
A água de reúso, obtida por tratamento dos esgotos, pode ser usada nas situações que não requerem água potável, mas que seja segura sanitariamente. A medida gera redução de custos e é uma opção racional de consumo. Cada litro utilizado representa um litro de água conservada nos mananciais.
Embora tenha aparência semelhante à da água potável, a água de reúso não pode ser consumida para beber, cozinhar ou tomar banho. Seu uso é indicado como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em processos industriais, lavagem de ruas e combate a incêndios. O recurso é vetado em piscinas ou descarga sanitária.
Água de reúso é utilizada na limpeza da praça Charles Müller, na cidade de São Paulo.
O assunto é tão importante que faz parte da Estratégia Global para Administração da Qualidade das Águas, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), para preservação do meio ambiente. É uma maneira inteligente e capaz de assegurar que as gerações futuras tenham acesso a água potável, esse recurso tão precioso e essencial à vida.
Água de reúso: onde pode?
- Limpeza de pisos, pátios, ruas ou galerias de águas pluviais;
- Assentamento de poeira em obras de aterros e terraplanagem;
- Preparação e cura de concreto em canteiros de obra;
- Estabelecer umidade em compactação e solos;
- Desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais;
- Combate a incêndios;
- Geração de energia e refrigeração de equipamentos em diversos processos industriais.


Onde não pode?

- Irrigação de hortas (somente sob avaliação de técnicos da Sabesp);
- Descargas de banheiro;
- Lava-rápidos (somente sob avaliação de técnicos da Sabesp);
- Piscinas, exceto para testes de estanqueidade (impermeabilização, detecção de vazamentos), desde que a área passe por desinfecção posteriormente.


Reciclagem de Pilhas:


Comunidade solar pode ser saída para quem não tem condições de instalar painel solar em casa


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A iniciativa já é realidade nos Estados Unidos
Foto: Sky's

A captação de energia solar através de painéis fotovoltaicos em residências já é possível em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Porém, o custo ainda é elevado e, por isso, muitas pessoas não conseguem aderir a esse modelo sustentável de consumo de energia. Para melhorar este quadro, norte-americanos apostam no conceito de comunidade solar.
As comunidades solares são uma alternativa de auto-instalação, nas quais em vez de os moradores instalarem seu próprio painel solar, compram um para deixar em um local externo a fim de que outras pessoas possam também utilizar.

O projeto proporciona energia solar para muito mais pessoas. Você não precisa ter um telhado perfeito porque as placas não ficam situadas lá. Não tem com o que se preocupar”
Paul Spencer, pioneiro em comunidades solar
O pioneiro neste segmento é Paul Spencer, que se baseou no Coletivo de Energia Limpa - iniciativa que construiu a primeira instalação solar de comunidade em 2010 e agora tem 25 fazendas em quatro estados norte-americanos.
Ele teve a ideia da comunidade solar após trabalhar em uma rede de desenvolvimento habitacional, e descobriu que alguns edifícios não conseguiam manter painéis solares.

Governo, empresas e cidadãos
Em seu primeiro negócio, Spencer entrou em contato com uma concessionária local, onde conseguiu apoio. A ideia era que a instituição investisse em painéis, enquanto ele cuidaria dos materiais e os moradores dos condomínios pagariam uma taxa inicial para a utilização do serviço, reduzindo o valor que pagaria normalmente na conta de energia.

O projeto foi bem aceito e, desde o primeiro projeto, ele conseguiu cerca de duas mil assinaturas pelo serviço, incluindo proprietários pessoais, municípios e empresas. Os valores são diversificados: instituições privadas aderem a iniciativa por até US$ 1 milhão para residências, que pagam aproximadamente 400 dólares iniciais para utilizar o benefício. Pessoas físicas podem comprar um painel de três gigawatt por cerca de US$ 9.000.

Segundo Spencer, as pessoas que aderiram o serviço conseguiram economizar aproximadamente 7% no primeiro ano. Além da taxa inicial os adeptos pagam uma pequena taxa para a manutenção das placas.

"O projeto proporciona energia solar para muito mais pessoas. Você não precisa ter um telhado perfeito porque as placas não ficam situadas lá. Não tem com o que se preocupar", explicou Spencer ao site Fast.Co Exist. Recentemente, ele recebeu US$ 13 milhões em financiamento privado para triplicar suas instalações nos próximos 18 meses e está negociando com 38 estados norte-americanos.

E então: seria uma boa aqui no Brasil?

Ecodesenvolvimento

Cinco ideias criativas para melhorar uma cidade


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O documento possui 50 ideias
Imagem: Reprodução


Apresentar alternativas capazes de tornar as cidades mais inteligentes e criativas é o objetivo do documento Omnibus Urban, divulgado recentemente pela Architectural League de Nova York. Os responsáveis pela publicação reuniram 50 iniciativas do acervo e destacaram oito, que são consideradas como prioritárias.
Para conhecer todas as ideias é só visitar o site da Architectural League e comprar o material. Aqui listamos cinco das oito sugestões em destaque. Conheça:
  • Captação de energia a partir da movimentação de pessoas
Pense em uma cidade e em toda a energia que está sendo gasta e desperdiçada. Agora imagine reaproveitar a energia que a população pode produzir ao empurrar algo, por exemplo. Jenny Broutin e Carmen Trudell, dois ex-estudantes de Columbia, sugeriram a ideia de uma "porta de aproveitamento da energia", que transforma a energia cinética em elétrica e, em seguida, é distribuída para uma pequena tela de LED, capaz de informar ao usuário que as calorias adquiridas por ele em um café são também capazes de abrir as portas desse mesmo local. 
  • Espaços para compartilhar ideias
Todo o mundo tem uma boa ideia: só é preciso um espaço para torná-la conhecida. O designer Doce Chang quer transformar muros não utilizados em espaços de debate cheios de notas e desenhos de giz. Chang produziu o site Neighborland para fomentar as discussões sobre a ideia. O objetivo é iniciar uma conversa pública e unir as pessoas no processo sugerido.
  • Utilizar sistemas naturais como infraestrutura
O furacão Sandy mostrou como Nova York está despreparada para uma tempestade intensa. Por isso, o Urban Omnibus defende o uso de zonas úmidas e hidrovias para fins de controle de águas pluviais. (Saiba como o processo poderia ser feito)
  • Menos carros, mais transporte público
Quando não há mais espaço ao nível do chão, você tem que ir para cima ou para baixo. Há redes de metrô, mas quase nunca as pessoas olham para cima. Steven Dale propôs um sistema de gôndola - carro automotriz (parecido com o bondinho do Rio de Janeiro) - que se estende do Brooklyn para Nova Jersey. (Conheça!)
  • Investir na cultura
Por vezes, as cidades impõem instituições de arte em bairros para "importar os visitantes para um centro de compras ou área comercial." As secretarias da Cultura devem apoiar atividades culturais existentes e a construção de comunidades mais fortes no processo. "Entender como áreas culturais ocorrem naturalmente pode ajudar a informar uma abordagem mais sutil à política cultural", explica uma das propostas.


Ecodesenvolvimento

setembro 27, 2013

Porto Alegre/RS lidera ranking de água contaminada entre 20 capitais

A qualidade da água distribuída aos moradores de Porto Alegre é a pior entre 20 capitais brasileiras, segundo uma pesquisa elaborada pelo Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo. Divulgado na segunda-feira (23), o estudo coloca a capital gaúcha no topo do ranking, à frente de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mesmo assim, ainda é considerada potável e atende os requisitos do Ministério da Saúde.

A pesquisa indica que a água que sai da torneira dos porto-alegrenses possui grande concentração de “interferentes endócrinos”, substâncias que afetam o sistema hormonal de seres vivos, podendo causas sérios danos à saúde, alertam os pesquisadores. Consideradas como “contaminantes emergentes”, aparecem em controles de qualidade, mas não existem portarias ou leis que impeçam o consumo. Porém, se consumidas em larga escala e por longo prazo, podem causar diversas doenças, como diabetes, obesidade e câncer.
A Unicamp coletou amostras de mananciais e de água tratada. O nível de cafeína foi usado como indicador da presença de contaminantes que têm ação estrógena, um efeito semelhante ao do hormônio feminino. Porto Alegre aparece com 2.257 nanogramas de cafeína por litro, bem próximo ao máximo recomendado (2.769 ng/l). O mínimo, segundo a pesquisa, é de 1.342 ng/l. Campo Grande é a segunda colocada, com 900 ng/l, seguida de Cuiabá, Belo Horizonte e Vitória.
“A cafeína presente na água é quase toda excretada pela atividade humana. É uma droga muito consumida. A gente consome muito, seja junto a medicamentos, refrigerantes, energéticos”, afirmou o pesquisador Wilson Jardim, que liderou a pesquisa, ao site da Unicamp.
Jardim ressaltou que em mananciais europeus, por exemplo, é difícil encontrar níveis de cafeína acima de 20 ng/l. “Em termos de contaminantes emergentes, no Brasil, bebemos água com qualidade comparável à da água não tratada lá de fora”, comparou.
A avaliação de Jardim é que a qualidade da água no Brasil ainda precisa melhorar muito, principalmente em questões reguladoras. “A portaria 2914 do Ministério da Saúde, que normatiza a qualidade da água potável, é muito estática, e a nossa vida é dinâmica, nossa sociedade é dinâmica. A cada ano, são mais de mil novos componentes registrados”. 
(Fonte: G1)

Os rios mais poluídos do Brasil

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A qualidade da água dos rios e represas brasileiros está longe do ideal. Dados do IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), do IBGE, revelam quais bacias de água doce estão em situação mais crítica. Os IQAs (Índice de Qualidade da Água) mais baixos são os dos altos cursos dos rios Tietê e Iguaçu, que atravessam, respectivamente, as regiões metropolitanas de São Paulo e Curitiba.

 10º lugar - Rio Doce, Minas Gerais - Com um percurso total de 853 km, drena os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, sendo a mais importante bacia hidrográfica totalmente incluída na Região Sudeste. Sem controle ambiental, a contaminação química e urbana ameaça a saúde dos moradores das cidades às suas margens e a escassez de água nos afluentes agrava a cadeia de problemas.
9º lugar - Rio Paraiba do Sul, Rio de Janeiro - Formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, o rio nasce na Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo um percurso total de 1.120Km, até a foz em Atafona, no Rio. Pode-se citar como fontes poluidoras mais significativas as de origem industrial, doméstica e da agropecuária, além daquela decorrente de acidentes em sua bacia.

8º lugar - Rio Caí, Rio Grande do Sul - A bacia hidrográfica do rio Caí equivale a 1,79% da área do estado do Rio Grande do Sul e possui municípios com atividade industrial bastante desenvolvida. Destacam-se os municípios de Caxias do Sul e Farroupilha, localizados na Serra, com indústrias de alto potencial poluidor, principalmente do ramo de metalurgia e metal - mecânica.

7º lugar - Rio Capibaribe, Pernambuco - Nasce na serra de Jacarará, no município de Poção, em Pernambuco, e banha 42 cidades pernambucanas. O rio recebe carga de resíduos de uma população estimada em 430 mil habitantes em seu entorno. O crescimento urbano desordenado foi responsável pela deterioração dos recursos ambientais que circundavam o rio, comprometendo a qualidade de vida das populações ribeirinhas.
6º lugar - Rio das Velhas, Minas Gerais - Com nascentes na cachoeira das Andorinhas, município de Ouro Preto (MG), é o maior afluente em extensão do rio São Francisco. A presença de arsênio, cianeto e chumbo reflete a interferência do diversificado parque industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

5º lugar - Rio Gravataí, Rio Grande do Sul - Separa as cidades de Canoas e Porto Alegre. São apontados como motivos para a poluição o esgoto que é jogado no rio sem tratamento, os resíduos sólidos largados por comunidades que trabalham com reciclagem e criam porcos e a poluição gerada por empresas, notadamente de adubo e areia.
4º lugar - Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul - Repleto de curvas, o rio nasce nos morros do município de Caraá e percorre um percurso de cerca de 190 km, desembocando no delta do Jacuí. A alta carga poluente é proveniente de esgotos e indústrias, o que, além de provocar a mortandade de milhares de peixes, causa a proliferação de mosquitos.

3º lugar - Rio Ipojuca, Pernambuco - Corta vários municípios de Pernambuco, inclusive nomeando um. O Ipojuca nasce em Arcoverde, no Sertão, e deságua em Suape, ao Sul do Grande Recife. O lixo e o esgoto, que são despejados no rio acabam aumentando os riscos de contaminação de doenças como leptospirose, casos de hepatite A e diarreia.

2º lugar - Rio Iguaçu, Paraná - Segundo rio mais poluído do país, ele é o maior do estado do Paraná e faz divisa natural com Santa Catarina. Segundo biólogos, dois fatores podem explicar o elevado nível de poluição: passivo ambiental, presente há algumas décadas, com falta de investimento no saneamento ambiental, e o alto número de habitantes em volta do rio.

1º lugar - Rio Tietê, São Paulo - Com 1.010 km², nasce em Salesópolis, na serra do Mar, e atravessa o estado de São Paulo, banhando 62 municípios. Ocupa o topo do ranking por receber o esgoto doméstico e industrial no trecho da capital - menos da metade dos moradores da bacia do Alto Tietê têm esgoto tratado. A mancha de poluição do rio que, na década de 1990, chegou a cem quilômetros, tem se reduzido gradualmente no decorrer das obras do projeto Tietê.


Fonte: ABES.

Estudantes pedem mais cuidado com meio ambiente

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No penúltimo dia do Desafio de Redação, alunos focaram as atenções no meio ambiente. Com o tema 2020: o que eu posso fazer para mudar o meu mundo?, estudantes das 17 escolas de Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires sugeriram melhorias necessárias no mundo.

Os alunos do 8º ano do Colégio Monsenhor Alexandre Venâncio Arminas, no bairro Matriz, em Mauá, acreditam que dar o primeiro passo é sempre o mais difícil, mas que para preservar o meio ambiente as pessoas precisam se unir. “Para começar a mudar, não podemos jogar lixo no chão e devemos reciclar”, afirma Barbada Calabresi, 13 anos.
Além do cuidado pessoal, o discente Eduardo Freitas, 13, acha que os governantes podem ajudar na divulgação e educação ambiental. “As prefeituras podem fazer campanhas e ajudar a cuidar disso junto com a população.”
Arthur Lopes, 13, alerta para a conscientização. “Podemos usar a internet para pesquisar e divulgar a importância do meio ambiente.”
Na EE Professora Irene da Silva Costa, no Jardim Itapeva, os alunos apresentaram soluções que, apesar de não estar ao alcance deles, podem trazer bons resultados. “Acho que precisa de mais investimento em carros elétricos, que poluem menos o ar”, afirma Leonardo Aparecido Piqueira, 11.
Já a colega de classe Brenda Piccolo dos Santos, 12, vê soluções na utilização de produtos químicos menos agressivos. “Grandes empresas precisam optar por usar produtos ecologicamente corretos.”
Mas para tudo acontecer, Sâmara Alves Pereira, 14, do 9º ano, chama a atenção para a força de vontade dos cidadãos. “Se cada um fizer a sua parte, o planeta pode ser um lugar melhor de se viver.”
Hoje é o último dia de provas. O Desafio é promovido pelo Diário, correalizado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano), patrocinado pela Petrobras e tem o apoio da Ecovias. A melhor redação entre os alunos do último ano do Ensino Médio será premiada com uma bolsa de estudos na USCS.

Setor pecuário poderia reduzir emissões de gases em 30%, afirma FAO


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O setor pecuário emite 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano
Foto: acmoraes

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirma que o setor pecuário emite 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano. Segundo a agência, essas emissões, que causam o efeito estufa, podem ser reduzidas em até 30%, se forem utilizadas melhores práticas e tecnologias já existentes.
A FAO publicou na quinta-feira, 26 de setembro, um estudo sobre o tema, afirmando ser a estimativa mais completa sobre o papel da pecuária no aquecimento global. A produção de alimentos para o consumo dos animais gera 45% do total das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo gado.

O processo digestivo das vacas é responsável por 39% e a decomposição do esterco gera 10% das emissões. O restante é atribuído ao processamento e transporte de produtos animais.

Eficiência

A FAO afirma que os produtores de gado podem cortar parte dessas emissões, sendo que o sul da Ásia, a América Latina e a África são as regiões com o maior potencial de redução.

A agência sugere mudanças nos sistemas de alimentação, saúde e criação do gado e no manejo do estrume. Também é indicado o uso de geradores de biogás e equipamentos que economizam energia.

Ao tornar o sistema pecuário mais eficiente e reduzir o desperdício elétrico, a FAO acredita que o setor pode emitir menos gases que causam o aquecimento global.

Ecodesenvolvimento

setembro 26, 2013

Família produziu apenas um saco de lixo durante um ano todo


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A família britânica recicla quase tudo
Foto: Reprodução

O exemplo inspirador vem de Rachelle Strauss, uma britânica que pode ser considerada com nível de consciência ecológica elevada. O motivo? Ela convenceu a família a reduzir o consumo de resíduos em casa. O resultado foi que ela, o marido Richard e a filha Verona, de 9 anos, conseguiram produzir apenas um balde de lixo em 2009.
E quem pensa que, por conta disso, a família passou a viver com menos qualidade, está enganado. Eles reciclam quase tudo. O que compram é adquirido por produtores locais, os restos servem como adubo. Quando não há outro jeito, eles recorrem aos supermercados grandes, mas levam seus próprios recipientes recicláveis para não desperdiçar materiais, a exemplo do plástico.

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Segundo Rachelle, ela convenceu o marido no momento em que o apresentou a realidade dos problemas marinhos, causados pelo plástico - que foi o primeiro material cortado da lista de consumo. Posteriormente, eles começaram a reciclar e a utilizar baterias recarregáveis e painéis solares para gerar energia, informou o site Hypeness.

Para dar dicas sobre consumo consciente, o casal, que já é conhecido como Mr. e Mrs. Green (senhor e senhora verde), criou o site My Zero Waste, considerado pela população local como uma referência no mundo da reciclagem.
O resistente balde de lixo produzido pela família de Longhope, na Inglaterra, durante as 52 semanas de 2009, continha alguns brinquedos quebrados, lâminas, canetas ou outros objetos aos quais eles não conseguiram dar outra vida.


Ecodesenvolvimento