dezembro 06, 2012

Superorgânico



É quase automático associar sustentabilidade e meio ambiente a questões ligadas à natureza, mas é importante lembrar que os seres humanos também são parte desse sistema. Ou seja, o equilíbrio humano e o desenvolvimento de práticas sustentáveis que atendam à saúde e à existência de todos nós são tão importantesquanto todos os outros assuntos que costumamos tratar por aqui. E aí chegamos a um ponto básico: a alimentação humana. Nas grandes cidades, é comum pensarmos pouco sobre isso, na medida em que o alimento consumido não costuma ser plantado nos centros urbanos. É no interior do país onde se estabelece toda a cadeia produtiva do que chega à mesa dos brasileiros.

Cada vez mais, produtores e o próprio governo levam em consideração uma mudança de consciência e prática. Isso significa que a agricultura orgânica é hoje uma realidade que inclui não apenas a maneira como os alimentos são produzidos, mas também decisões governamentais e uma estrutura de incentivo. Por definição, agricultura orgânica é aquela que exclui o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação animal. De forma a incentivar essa forma de produção, o governo criou linhas de financiamento específicas e um marco regulatório que, entre outros temas, estabelece o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. A partir disso, os produtos recebem o chamado selo orgânico, garantindo que os alimentos atendam a normas adotadas em todas as fases de produção (a ausência de agrotóxicos e a de substâncias prejudiciais à saúde humana são duas delas). Somente os produtos vendidos diretamente em feiras estão isentos desse processo de certificação.

Toda esta sistematização rendeu frutos rapidamente, levando em conta que a regulamentação da lei que trata de produtos alimentícios é de 2007.Com mais de 15 mil propriedades já certificadas, o Brasil apresenta dados importantes: a área total do país com a certificação é de 1,5 milhão de hectares (15 mil km2) e é na Região Norte onde a produção orgânica mais se desenvolveu: com pouco mais de 778 mil hectares e 3.800 unidades produtivas, é a primeira colocada nacional. As perspectivas são interessantes, na medida em que cada vez mais pessoas se interessam por consumir alimentos sem fertilizantes. A tendência é que o país se consolide como importante exportador de produtos orgânicos e também amplie o mercado interno.

Veja no vídeo abaixo a nova técnica para a produção de morangos orgânicos no Paraná:


Fonte: Respostas Sustentaveis

Nenhum comentário:

Postar um comentário