É quase automático associar sustentabilidade e
meio ambiente a questões ligadas à natureza, mas é importante lembrar
que os seres humanos também são parte desse sistema. Ou seja, o
equilíbrio humano e o desenvolvimento de práticas sustentáveis
que atendam à saúde e à existência de todos nós são tão
importantesquanto todos os outros assuntos que costumamos tratar por
aqui. E aí chegamos a um ponto básico: a alimentação humana. Nas
grandes cidades, é comum pensarmos pouco sobre isso, na medida em que o
alimento consumido não costuma ser plantado nos centros urbanos. É no
interior do país onde se estabelece toda a cadeia produtiva do que
chega à mesa dos brasileiros.
Cada vez mais, produtores e o próprio governo levam em consideração
uma mudança de consciência e prática. Isso significa que a agricultura
orgânica é hoje uma realidade que inclui não apenas a maneira como os
alimentos são produzidos, mas também decisões governamentais e uma
estrutura de incentivo. Por definição, agricultura orgânica é aquela
que exclui o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, reguladores
de crescimento e aditivos para a alimentação animal. De forma a
incentivar essa forma de produção, o governo criou linhas de
financiamento específicas e um marco regulatório que, entre outros
temas, estabelece o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
Orgânica. A partir disso, os produtos recebem o chamado selo orgânico,
garantindo que os alimentos atendam a normas adotadas em todas as fases
de produção (a ausência de agrotóxicos e a de substâncias prejudiciais
à saúde humana são duas delas). Somente os produtos vendidos
diretamente em feiras estão isentos desse processo de certificação.
Toda esta sistematização rendeu frutos rapidamente, levando em conta
que a regulamentação da lei que trata de produtos alimentícios é de
2007.Com mais de 15 mil propriedades já certificadas, o Brasil
apresenta dados importantes: a área total do país com a certificação é
de 1,5 milhão de hectares (15 mil km2) e é na Região Norte
onde a produção orgânica mais se desenvolveu: com pouco mais de 778 mil
hectares e 3.800 unidades produtivas, é a primeira colocada nacional.
As perspectivas são interessantes, na medida em que cada vez mais
pessoas se interessam por consumir alimentos sem fertilizantes. A
tendência é que o país se consolide como importante exportador de produtos orgânicos e também amplie o mercado interno.
Veja no vídeo abaixo a nova técnica para a produção de morangos orgânicos no Paraná:
Fonte: Respostas Sustentaveis
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