julho 31, 2013

Chineses compram mais bicicletas elétricas do que carros em 2013

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Cidadão chinês pedala em Xangai: nove em cada dez e-bikes são vendidas na China
Foto: blese

Está certo que a China ostenta o título negativo de campeã mundial de poluição, principalmente por conta da queima de carvão para geração de energia. Por outro lado, o gigante asiático também é o país que mais tem investido em sustentabilidade: líder global em energia solar e eólica, e em bicicletas elétricas...
Só para se ter ideia, os chineses já compraram mais bicicletas elétricas do que carros em 2013, segundo informou o portal Exame.com. Ao todo, foram comercializadas na China 28 milhões de e-bikes, contra 19,3 milhões de veículos de passeio. Nove em cada dez "magrelas" elétricas vendidas no mundo vão parar no país, que tem a maior população do mundo - cerca de 1 bilhão e 340 milhões de habitantes (censo de 2011).
Nove em cada dez magrelas elétricas vendidas no mundo vão parar na China
Um levantamento da consultoria Navigant Research indica que o mercado das magrelas elétricas já movimenta US$8,4 bilhões em todo o mundo, e deve chegar a quase US$ 11 bilhões em 2020.
A Europa, por sua vez, já responde por 20% da receita anual de bicicletas elétricas e cerca de 2,6 milhões de unidades foram vendidas fora da China em 2013, o que comprova projeção noticiada pelo EcoD em agosto de 2012, na qual as e-bikes dominariam o mercado do setor, cada vez mais amplificado com a entrada de fabricantes e fornecedores.
Movidas parcialmente ou completamente com assistência de um motor elétrico, alimentado por baterias recarregáveis, as e-bikes costumam ser uma boa opção para quem realiza deslocamentos mais longos ou que precisam subir e descer ladeira.



Painéis solares ganham cores para deixar edifícios mais bonitos

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Segundo os especialista, as cores não influenciam na eficiência energética dos painéis
Imagens: Divulgação

Energia limpa e agora também mais bonita. Essa é a proposta da equipe do doutor Kevin Füchsel, do Instituto de Engenharia Óptica e Precisão (IOF), na Alemanha, que está desenvolvendo um material que pode recobrir as células solares para fornecer um colorido a mais.
Quando se pensa em painéis solares instalados em casas e prédios, imediatamente surge a imagem de placas escuras, grandes e desajeitadas instaladas nos telhados. Segundo os pesquisadores as cores podem ser um incentivo a mais para as pessoas optarem pela energia solar.

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Quanto à eficiência energética Füchsel garante: "Dar cor às células solares realmente não afeta a sua eficiência. A camada adicional transparente não tem quase nenhum impacto sobre a corrente gerada".
Mas os especialistas afirmam que há algumas cores restritas, por exemplo, certas combinações de vermelho, azul e verde, já foram descartadas porque de fato influenciam negativamente na eficiência dos painéis. No entanto, o que não faltam são outras opções de cores possíveis.


Você sabia que a poluição pode gerar energia elétrica?

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A tecnologia desenvolvida pelos holandeses permite captar até 20% da poluição de uma chaminé de carvoaria, por exemplo
Foto: Sxc.hu

Você já imaginou se o ar poluído de grandes metrópoles, como São Paulo, fosse transformado em energia elétrica? A poluição é fonte de problemas para o mundo: afeta a saúde das pessoas, aumenta o calor na Terra e contribui para o degelo dos polos. Isso todos já devem saber. Mas cientistas holandeses criaram um método para transformar a mistura de água, dióxido de carbono (CO2) e ar (O2), algo danoso em um produto útil para o mundo: eletricidade.
Este método reduz a quantidade de gases poluentes na atmosfera e possibilita a geração de energia de um modo mais limpo, já que reutiliza um material que causaria danos à natureza.

De uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e através dele gerar a corrente elétrica
A colheita de energia das emissões de CO2, nome do estudo realizado no Departamento de Tecnologia Ambiental da Universidade de Wageningen, na Holanda, mostra que ao fazer a separação dos íons da mistura, através de um dispositivo chamado célula capacitiva eletroquímica, é possível gerar eletricidade, segundo informou o site PlanetSave.

Resultados
A técnica desenvolvida pelos holandeses capta apenas uma parte da poluição. De uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e através dele gerar a corrente elétrica, com rendimento que pode ser chegar a 32% de eficiência - mais que o dobro obtido pelas placas solares tradicionais, por exemplo, que alcançam 12%. Os pesquisadores alertam que isso não deve estimular a produção de gases poluentes, mas criar alternativas mais eficazes no tratamento da fumaça que sai das indústrias.
Semelhante a uma bateria, a célula tem dois polos: o negativo, que atrai íons de hidrogênio, e outro positivo, responsável por absorver os íons bicarbonato. Isto faz o CO2 borbulhar através da água. E com a separação de carga cria-se o potencial para conduzir uma corrente elétrica.
Se os estudos vingarem, bem que essa seria uma boa iniciativa para ser implantada nas cidades, não é mesmo?


Eco Desenvolvimento
Degelo no Ártico deve custar ao mundo 60 trilhões de dólares

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O desaparecimento do gelo marinho tem consequências na vida de todos, e são mais graves nos países em desenvolvimento, diz relatório
Foto: Mark Garten/UN Photo

O Ártico está derretendo e o preço desse processo não é nada "em conta", principalmente para países em desenvolvimento - isto inclui o Brasil. O total do prejuízo está estimado em 60 trilhões de dólares (cerca de R$ 120 trilhões), mas 80% desse valor será pago pelas nações da América do Sul, África e Ásia. Os danos causados ao polo se estenderão nos próximos 80 anos, anuncia o artigo O vasto custo das mudanças no Ártico, publicado na revista científica Nature.

Mas como e de que maneira pagaremos este preço? Gastando com políticas e ações para amenizar os efeitos das secas, das enchentes, das tempestades, prejuízos dos agricultores, seja no preço da mercadoria ou por meio de ações do governo; e mais ainda com remédios e hospitais para atender os problemas de saúde decorrentes de todos esses fenômenos climáticos.
Para se ter ideia, do dia primeiro de julho ao dia 15 de 2013, uma área de mais de 130 mil km² de gelo marinho foram derretidos.
"O desaparecimento iminente do gelo marinho de verão no Ártico terá enormes implicações para a aceleração das mudanças climáticas e a liberação de metano das águas, que agora são capazes de aquecer no verão", explica o professor Peter Wadhams , chefe do grupo de física oceano polar da Universidade de Cambridge, em entrevista ao The Guardian.
Os dados de satélite recolhidos a partir do Centro de Dados em Boulder, Colorado (EUA), mostrou que a perda de gelo poderá ser acelerada e chegar a 8,2 milhões quilômetros quadrados até 2020. Para se ter ideia, de 1º de julho ao dia 15, uma área de mais de 130 mil km² de gelo marinho foi derretida. Usando a tão conhecida comparação com campos de futebol, isso equivale a mais de 120 espaços desses, considerando os maiores aceitos pela Fifa (120m x 90m).

Navegações
O que mais preocupa os cientistas são as navegações que utilizam a região para economizar no uso do combustível, mas, para isso, esses realizam o chamado corta-gelo, que consiste exatamente no que propõe o nome. Além do próprio fenômeno de degelo que vem do aquecimento global, a quebra desse blocos por ações diretas das tecnologias aumenta a emissão de metano que é o maior causador do derretimento.
De acordo com autoridades russas, 218 navios da Coreia do Sul, China, Japão, Noruega, Alemanha e em outros países, até agora, pediram permissão para seguir a "rota marítima do Norte" (NSR) este ano. Em 2012, o percurso foi feito por 46 embarcações. Em 2011, apenas por quatro navios.


ecodesenvolvimento
Restam apenas cerca de 300 linces ibéricos no mundo


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Lince ibérico é nativo do sul da Europa e sofreu grande perda com a redução do número de coelhos na região

Foto: CSIC Andalusia Audiovisual Bank/ Héctor Garrido

Restam somente cerca de 300 linces ibéricos no mundo e as mudanças climáticas em curso podem levá-lo, em 50 anos, à extinção do felino, segundo conclusão de um estudo publicado no periódico Nature Climate Change.
De acordo com o estudo, existem várias medidas atualmente em prática para preservar a espécie. Porém elas não serão capazes de impedir a extinção por não levarem em conta o papel das mudanças climáticas.
O lince ibérico é nativo do sul da Europa e sofreu grande perda com a redução do número de coelhos na região, devido principalmente à caça promovida pelos humanos. Os coelhos são seu principal alimento.
Se os planos de preservação começarem a levar em conta o papel importante das mudanças climáticas a partir de agora, pode não ser tarde demais para salvar a espécie
Os pesquisadores investigaram os efeitos das mudanças climáticas, da disponibilidade de presas e da intervenção humana para preservar os linces ibéricos. A conclusão é que as mudanças climáticas terão um efeito negativo severo na espécie, já que irão exceder a capacidade do felino de se adaptar ou dispersar para regiões mais favoráveis do ponto de vista climático.

Erradicação da espécie
“Nossos modelos mostram que as mudanças climáticas antecipadas levarão ao rápido e dramático declínio do lince ibérico e provavelmente provocar a erradicação da espécie em 50 anos, apesar dos esforços atuais de conservação”, explicou o pesquisador Miguel Araújo, do Centro de Macroecologia, Evolução e Clima, do Museu de História Natural da Dinamarca, da Universidade de Copenhague.
“As duas únicas populações atualmente presentes não conseguirão se dispersar ou adaptar às mudanças climáticas a tempo”, completa Araújo. Ele afirma que, felizmente, se os planos de preservação começarem a levar em conta o papel importante das mudanças climáticas a partir de agora, pode não ser tarde demais para salvar a espécie.
Com informações do G1.
ECODESENVOLVIMENTO

Destruição do habitat contribui para ataques de tubarões em Pernambuco, dizem especialistas

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O desenvolvimento da região  levou aos desvios de rios e destruição de arrecifes, e por isso os animais estão indo para zonas cada vez mais próximas dos banhistas
Foto: Sxc.hu
Por Agência Brasil
A morte da adolescente Bruna Gobbi após um ataque de tubarão, no dia 22 de julho, foi o 59º caso registrado no estado em 21 anos. A jovem paulista, atacada na praia de Boa Viagem, no Recife, foi socorrida pelos bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. As praias de Boa Viagem, com 24 ataques; e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, com 17; são recordistas de ocorrências.
A morte de Bruna foi a 24ª e motivou a recomendação do Ministério Público Estadual de interditar praias com risco de ataques até a instalação de redes de proteção para os banhistas.
Segundo a presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), Rosângela Lessa, o desenvolvimento da região contribuiu para a aproximação dos tubarões das praias. Com a construção do Porto de Suape, no início dos anos 90, rios foram desviados e arrecifes implodidos. Uma das espécies de tubarão foi diretamente afetada pela alteração de seu habitat. “O tubarão cabeça-chata guarda uma grande fidelidade ambiental e usa a área em todos os ciclos de vida. Ele encontrava uma barreira de salinidade e agora não encontra mais. Então, ele continua procurando seus espaços”, explica.
Cuidados necessários
Ela também explica que os tubarões capturados são levados para outras áreas para serem estudados. “Capturamos os tubarões, levamos a uma distância de 20 milhas, marcamos e os soltamos. Assim, o comportamento deles é estudado. Esse monitoramento retira os tubarões da área”.
Rosângela, que também trabalha com dinâmica de populações de tubarões e arraias na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), ressalta a importância dos banhistas tomarem os cuidados necessários. São 44 pares de placas colocadas ao longo da área de risco. As placas orientam os frequentadores a evitar o banho em áreas de mar aberto, durante a maré alta, e em áreas profundas, com água acima da cintura.
Com a poluição dos estuários, espécies de peixes desapareceram. A única coisa que aumentou foi a oferta de turista na praia"
Mário Barletta, Oceanógrafo e professor da UFPE
O oceanógrafo e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mário Barletta, também reforça que a poluição interferiu no comportamento dos animais. “Quando ocorre a vazão dos rios, os peixes saem para a região costeira e, nesse momento, os tubarões chegam para procriar. Com a poluição dos estuários [local de encontro entre o rio e o mar], essas espécies de peixes desapareceram. A única coisa que aumentou foi a oferta de turista na praia”.
Ele lembra que a área é naturalmente povoada por tubarões, e banhistas e surfistas são, muitas vezes, confundidos com peixes e tartarugas, um alimento natural deles. O professor destacou ainda os cuidados que os banhistas devem ter. “O tubarão está ali, é um ambiente natural deles. Se passar dos arrecifes, a probabilidade de levar uma mordida, ser atacado, é grande”, acrescentou.

Produto quer "transformar danos ambientais em renda" com reciclagem do óleo de cozinha


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O produto facilita o armazenamento do óleo para a reciclagem
Imagem: Reprodução

Você sabia que cada brasileiro consome cerca de 19 litros de óleo por ano? Este valor representa um total de 3 bilhões de litros gastos anualmente pela população do Brasil, que em vez de irem para o ralo podem gerar renda. É o que afirma David Keller, um dos responsáveis pelo Oliplanet. O projeto pretende motivar a reciclagem do material no pais, com a criação de um produto para melhorar a forma de coleta e um site para informar como e onde depositar todo óleo guardado.

O óleo separado e reciclado gera renda e inclusão social para quem mais precisa. E, depois de reciclado, ele pode virar biodiesel, tinta, detergente, sabonetes e muitas outras coisas”
David Keller, idealizador do projeto
De acordo com a Associação Brasileira para sensibilização, coleta e reciclagem de resíduos de óleo comestível (Ecóleo), menos de 1% do óleo de cozinha que é consumido, acaba reciclado. Uma parte dele é descartada na pia das cozinhas - ação que atinge a rede de esgoto, podendo provocar um entupimento da tubulação (o que aumenta as chances de enchentes). E, se conseguir passar por esta etapa e alcançar os rios, cada litro de óleo derramado pode poluir até 20 mil litros de água dos rios.
Keller defende que a melhor maneira de descartar o material é armazenando-o em garrafas PET. "Você encontra uma facilmente, elas têm boa vedação e são muito resistentes. Isso garante que o óleo chegue até a reciclagem sem atingir o meio ambiente", destaca o profissional, que também comentou que, apesar de não se tratar de uma novidade, poucas pessoas o fazem. "Penso que as coisas precisam ser fáceis e práticas para funcionar".
Para facilitar o manejo da ação, o Oliplanet é um material que tem a finalidade de escoar os líquidos como um funil. Ele permite a acoplagem na maioria das garrafas PET do mercado, servindo também como tampa da garrafa utilizada, segundo Keller.


Assista ao vídeo de apresentação do projeto:

A segunda parte do projeto é a criação de um website, que terá o papel de informar ao público os pontos de coleta, as recicladoras e as empresas que utilizam o óleo reciclado. "O óleo separado e reciclado gera renda e inclusão social para quem mais precisa. E, depois de reciclado, ele pode virar biodiesel, tinta, detergente, sabonetes e muitas outras coisas", explica um dos responsáveis pela iniciativa.
Para ser efetivado, o projeto foi cadastrado no Catarse, site de financiamento coletivo, com o objetivo de atingir o valor de R$ 130 mil reais. Caso o valor total não seja atingido, os colaboradores receberão o investimento de volta. Até o fechamento deste post, 168 pessoas apoiaram a causa, somando um valor de R$ R$ 6.187. Ainda restam 40 dias para alcançar a meta. Para apoiar a causa, clique aqui.


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