O smog faz parte da civilização: a
palavra é muito conhecida em muitos idiomas e quase sempre se pronuncia
com acerto para descrever um problema vinculado ao desenvolvimento: o
da poluição urbana.
A palavra reúne dois conceitos, os de
smoke e fog, que em português se traduz sem ambigüidades como fumaça e
neblina. Nos países de língua espanhola às vezes usa-se uma adaptação
da palavra esmog, e há inclusive quem considere necessário copiar a
fórmula para gerar um termo próprio: neblumo.
O smog cai sobre as cidades com maiores
problemas de poluição na forma de uma bruma opaca, geralmente meio
escura. A história do Século XX registra episódios nos quais se faz
noite em pleno dia. Em Londres, houve momentos nos quais os ônibus
deviam circular com faróis acesos, pois o Sol estava escondido pela
mistura de fumaça e neblina, que também era mortal. Na capital inglesa
acumulou-se uma triste marca, pois misturas letais do smog mataram 600
pessoas em 1948, cerca de três mil em 1952, mais mil em 1956 e 750 em
1962.
O smog é uma mistura química de gases.
Os óxidos de nitrogênio (NOx), compostos voláteis orgânicos (VOC),
dióxido de sulfureto, aerossóis ácidos e gases, bem como partículas de
matéria, formam parte desta bruma. Os gases provêm das indústrias, dos
automóveis e inclusive das casas, devido aos processos de combustão. A
reação destes compostos com a luz solar produz o chamado smog
fotoquímico, cuja característica principal é a presença do ozônio no
nível da terra, um composto que pode causar numerosos problemas de
saúde.
Quanto mais smog você inalar, mais
probabilidades existem de sofrer efeitos adversos para sua saúde. As
pessoas sensíveis podem apresentar sintomas depois de permanecer apenas
uma ou duas horas ao ar livre, em meio a um ambiente poluído. Os idosos
são os que mais riscos correm, especialmente os que sofrem de
enfermidades dos pulmões ou do coração. Também as crianças correm
perigo, porque respiram mais rápido e passam mais tempo ao ar livre.
Inclusive os adultos jovens saudáveis respiram de forma menos eficiente
durante os dias em que o ar está densamente poluído.
O ozônio no nível do solo afeta o
sistema respiratório do corpo e produz uma inflamação das vias
respiratórias que pode persistir por até 18 horas depois da exposição
ao smog. Podem ocorrer episódios de tosse e peito apertado. Também
podem agravar-se as afecções do coração e pulmões, e existe evidência
de que a exposição intensifica a sensibilidade dos asmáticos aos
alérgenos. As partículas produzidas pelo ar suficientemente pequenas
para serem aspiradas também têm o potencial de afetar a saúde. As
partículas finíssimas podem penetrar profundamente nos pulmões e
interferir no funcionamento do sistema respiratório. Estas partículas
finas estão associadas ao aumento dos sintomas da asma, em admissões
nos hospitais e também na mortalidade prematura.
Evite o exercício ao ar livre durante a
tarde e no começo da noite em dias de smog, especialmente se você é
idoso ou sofre de alguma enfermidade do coração ou pulmões. Se tem
filhos pequenos, restrinja suas horas ao ar livre. Evite o exercício
perto de áreas de trânsito pesado, especialmente nos horários de pico,
para minimizar sua exposição à poluição dos veículos motorizados. E,
finalmente, colabore com as medidas para reduzir as emissões de
poluentes. Existem muitas coisas que você pode fazer para ajudar a
reduzir a produção do ozônio no nível do solo e outros componentes do
smog.
Video explicativo:
Fonte: ambiente brasil
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