Fonte: Ilustração NASA/ Divulgação |
Mandar tudo para o espaço pode ser uma solução para quem quer mudar
radicalmente de vida. Mas, ao pé da letra, a expressão não é, digamos,
ecologicamente correta. Brincadeiras à parte, o fato é que cientistas
andam quebrando a cabeça para encontrar a solução de um problema sério: o lixo
espacial. Satélites desativados, detritos de naves e até ferramentas
perdidas por astronautas poluem a órbita da Terra e podem causar
acidentes com satélites em uso e até colocar em risco missões espaciais,
que, muitas vezes, são obrigadas a desviar desses objetos. Atualmente,
estima-se que 17 mil destroços com mais de 10 centímetros de diâmetro
girem ao redor do nosso planeta.
Ninguém sabe ainda como resolver o problema, mas especialistas
trabalham em várias frentes. Uma delas é o uso de canhões de laser que
seriam disparados contra esses detritos. Mas há também quem defenda a
utilização de redes gigantes formadas por hastes infláveis que
funcionariam mais ou menos como a pesca de arrastão. Alguns cientistas
acreditam que o aerogel seria a solução. Trata-se de uma substância
bastante grudenta. Os objetos se colariam no produto a um simples
contato. O aerogel já é usado para coletar amostras espaciais, mas o uso
em larga escala demandaria uma quantidade enorme da substância.
Outra hipótese seria a utilização de uma espuma que grudaria no lixo,
fazendo com que os objetos perdessem velocidade e acabassem caindo na
Terra. Ao entrarem em atrito com a atmosfera, os destroços se
incinerariam. A proposta é da Boeing, que sugere o uso de vários tipos
de espuma ou de elementos pesados, como o flúor, o iodo e o bromo, para
promover essa verdadeira limpeza na órbita do planeta. Mas, em todos
esses casos, cientistas ainda esbarram em algumas adversidades,
principalmente por se tratar de uma faxina em um local de dimensões tão
grandes. Definitivamente, o problema do lixo não é exclusivo à Terra,
ele está presente no espaço também.
Artigo escrito por Gabriel Pondé
Fonte: Respostas Sustentaveis
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