O
fim, o resto, o dejeto, o esgoto, o mais repugnante lixo, o mais
inaproveitável de todos os materiais. Metáfora de qualquer coisa muito
ruim ou que não serve para nada, as fezes podem ser, também, fonte de energia.
Se água, calor e lixo, por exemplo, já são reaproveitados para gerar
energia, o excremento (humano ou de animais) parece ser o mais baixo –
ou pelo menos o mais sujo – degrau da escala de fontes renováveis.
A matéria-prima transformada em energia, nesse caso, é o
gás metano liberado na decomposição da matéria orgânica. Já há, em
vários locais do mundo, como Estados Unidos, Inglaterra e mesmo no
Brasil, projetos que usam as fezes de animais para gerar energia. Na
cidade de Didcot, no Reino Unido, mais de 200 casas mantêm seu sistema
de calefação funcionando graças ao que vai para a privada.
No Rio, um projeto traz esse tipo de renovação energética
para perto da nossa realidade. Dois pesquisadores da UFRJ desenvolvem
um projeto que, retendo os dejetos sólidos de parte do esgoto urbano do
Rio, gera energia. A experiência ocorre na Estação de
Tratamento Alegria (foto), a maior da cidade. No vídeo abaixo, um dos
pesquisadores, Marcio Schittini, explica que o objetivo é gerar energia
suficiente para garantir, a custo zero, o funcionamento de estações de tratamento de esgoto.
Definitivamente, não há mais algo que não sirva para nada.
Fonte: respostas sustentaveis
Nenhum comentário:
Postar um comentário