janeiro 17, 2013

Cuidado, animais na pista!

Muito comum na Europa e na América do Norte, as zoopassagens são exemplos de práticas relacionadas às Rodovias Verdes - Foto: K.Gunson - Zoopassagem no Banff National Park no Canadá.

Os números são impressionantes: 14,7 milhões de animais morrem anualmente vítimas de atropelamento nas estradas brasileiras. A matemática é assustadora: 28 bichos mortos por minuto, grande parte animais silvestres. Se levarmos em conta que a quantidade de rodovias monitoradas no país é uma minoria, essa verdadeira tragédia ambiental é ainda maior. Definitivamente, quando o assunto é ecovias, o Brasil tem um longo caminho pela frente.
Transformar nossas rodovias em ecologicamente corretas é um desafio e tanto para um país de dimensões continentais como o nosso. O impacto ambiental já começa pela própria construção da via. Se as estradas diminuem as distâncias entre cidades para nós seres humanos, ela dificulta a circulação dos animais, que precisam se mover para alimentação e reprodução. Mas a maré começa a mudar por aqui. Muito comum na Europa, o conceito de ecovia está ganhando força no Brasil, com rodovias que adotam passagens de animais, tanto por cima quanto por baixo do asfalto, limites de velocidade e critérios mais rígidos de licenciamento.
A BR-040, que liga o Rio de Janeiro à mineira Juiz de Fora, já possui zoopassagens e é monitorada por uma equipe de biólogos. Outro exemplo é a Estrada de Mauá, primeira via classificada pelo governo do Rio como estrada-parque, que segue o conceito das ecovias, com trechos para circulação de animais e velocidade reduzida para veículos. Mas esse modelo de rodovia não é uma unanimidade. Alguns ambientalistas acreditam que as estradas-parques não resolvem o problema. Para eles, é preciso impedir as construções de vias que cortam áreas preservadas. Só assim evitaríamos tantas mortes de bichos em nossas estradas. O tema dá pano para manga, mas numa coisa ninguém discorda: o problema é grave e as soluções, urgentes.
Veja o vídeo abaixo e conheça mais sobre a estrada-parque de Mauá. 

Fonte: Respostas Sustentaveis

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