junho 28, 2012

Contradição ??

KLM faz o mais longo voo movido a biocombustível...
 
Depois de realizar o primeiro voo comercial movido a biocombustíveis, em junho de 2011, a KLM faz o mais longo voo movido a biocombustível da história da aviação. O voo KL705 partiu do aeroporto de Amsterdã, na Holanda, em um Boeing 777-200, com destino ao Rio de Janeiro, especialmente para Conferência Rio+20.

A aeronave é abastecida parcialmente com combustível sustentável feito de óleo de cozinha usado. Entre os passageiros do voo, estava o secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, Joop Atsma. O combustível utilizado pela empresa no voo para o Rio, atende as mesmas especificações técnicas do combustivel fossil tradicional, sem a necessidade de qualquer ajuste nos motores ou na infraestrutura das aeronaves.


A empresa vem trabalhando em parceria com o organização não-governamental World Wide Fund for Nature – Holanda (WWF-NL) desde 2007 e é a primeira companhia aérea a desenvolver um Programa de Biocombustíveis, por meio da SkyNRG - empresa fundada em 2009 pela KLM em parceria com a North Sea Group e a Spring Associates. A SkyNRG é agora a líder mundial no mercado de querosene sustentável, fornecendo para mais de 15 companhias aéreas em todo o mundo.
 
"A utilização de biocombustível é uma das mais importantes formas de tornar a aviação mais sustentável. Só vamos conseguir seguir adiante com parceiros que se comprometam em olhar para frente". Camilo Eurlings - Diretor Geral da KLM
 
A Gol e a Azul também fizeram voos utilizano biocombustível durante a Rio+20. AGol voou entre São Paulo e Rio de Janeiro. A Azul partiu de Campinas com destino ao Santos Dumont.
 
POR OUTRO LADO...
 
Nestlé exibe estudo que conclui que combustíveis verdes são insustentáveis...
 
Uma das principais bandeiras brasileiras na área ambiental, os biocombustíveis foram criticados por uma das maiores indústrias alimentícias do mundo, a Nestlé. Segundo estudo encomendado ao Instituto Internacional do Desenvolvimento Sustentável, os biocombustíveis não são sustentáveis pelo elevado gasto de água. Além disso comsumiram US$ 22 bilhões em subsídios em 2011 e responderam por até 75% do aumento dos preços mundiais de alimentos.
 
O estudo, contudo, elogia o caso brasileiro, que produz 26% do biocombustível do planeta e é o segundo no ranking mundial, lembrando que o País é muito mais eficiente que os demais, e que o álcool de cana é sustentável. Porém, se ocorrer o aquecimento global de até 3°C, o País perderá área agricultável e haverá uma nova disputa entre alimentos e biocombustíveis.
 
Fonte: Jornal do Comércio - Porto Alegre

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