fevereiro 26, 2013

Saneamento Básico já: o tempo se esgotou


Foto: Cristina P. Rodrigues / Somos Andando
A cobertura de saneamento básico no Brasil melhorou, mas pelo menos um terço das casas ainda convive com esgoto a céu aberto. São 15 bilhões de litros de esgoto sem tratamento despejados todos os dias na natureza. O equivalente a mais de 6 mil piscinas olímpicas lotadas de dejetos e afins. A expansão da coleta de esgoto vem sendo modesta: pouco mais de 3%, de 2009 para 2011. A pior situação é no Norte, onde apenas 21,6% dos lares tinham serviço de saneamento em 2011. A proporção de domicílios atendidos não acompanhou o crescimento de casas.
Todo ser humano tem direito a saneamento básico, está na lei. O esgoto ameaça as pessoas e o meio ambiente, e as maiores vítimas, no país inteiro, são as crianças. O IBGE conta 21 milhões os brasileiros com menos de 14 anos sem rede de esgoto ou água encanada ou coleta de lixo. Apesar da insatisfação dos brasileiros, pouca gente cobra mudanças. Uma pesquisa em 26 cidades brasileiras mostrou que só uma em cada quatro pessoas que conviviam com esgoto a céu aberto já cobrou melhorias. O governo federal estima que o custo de universalização dos serviços de água e esgoto no Brasil até 2030 é R$ 430 bilhões.
Essa cobertura total já chegou a Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Em 2002, a cidade repetia o quadro do Brasil: pouco mais de 30% das casas tinham rede de esgoto. Hoje o serviço foi universalizado, e 100% das casas da cidade têm saneamento básico. Limeira segue no mesmo trilho, e o impacto na saúde é evidente. Os casos de doenças ligadas à falta de saneamento, como as micoses, despencaram e os 300 mil limeirenses sentiram na pele essa mudança. O desperdício da água tratada é de 9%, quatro vezes menor que a média. Limeira é a primeira cidade do país a ter o sistema de saneamento privado. Mas a fonte de sucesso não passa necessariamente pela privatização, escorre entre uma gestão eficiente e técnica.
Veja a reportagem especial sobre o saneamento básico no Brasil e no mundo, exibido dia 19/05/2012 no programa Globo Ecologia.

Fonte: Respostas Sustentáveis

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