agosto 12, 2013

Desenvolvimento sustentável na pauta das escolas


6368Aprendizado é levado para a sociedade e exigido dos colaboradores nas empresas.
Mais de 500 escolas públicas e privadas do ensino fundamental, de todo o Brasil já estão inscritas para a IV Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), que acontecerá de 25 a 29 de novembro, em Brasília. Com o tema ‘Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis,’ o evento, promovido pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, objetiva reforçar a cidadania ambiental nas escolas e promover espaços para a educação sustentável.

A conferência, dirigida a estudantes do sexto ao nono anos do ensino fundamental, com idades entre 11 a 14 anos, terá três etapas: Escolar, obrigatória para as fases seguintes — cadastramento de projetos até 7 de setembro; Estadual, que reunirá os delegados eleitos nas escolas para debater os projetos — e deverá ocorrer até 25 de outubro; e, Nacional, com 700 delegados, de 25 a 29 de novembro.
Uma das escolas participantes da conferência é o CEU EMEF Três Pontes (Centro Educacional Unificado da Escola Municipal de Ensino Fundamental), de São Paulo. De acordo com o professor João Wesley da Silva Nunes, orientador de informática educativa dessa unidade, as turmas terão uma miniconferência no final de agosto para debater solo, água, ar e sensoriamento remoto nos estudos de meio ambiente.
Com um trabalho pedagógico interdisciplinar o CEU EMEF Três Pontes consegue envolver os alunos de forma efetiva. Segundo o professor João Wesley após a grande enchente que ocorreu na região da escola em 2009 surgiu a vontade e necessidade de estudar a ocupação irregular do solo. Com isso, o projeto de estudo ‘Sensoriamento remoto nos estudos de meio ambiente - nascente e curso do rio Tietê até o município de São Paulo’ foi iniciado em 2012 envolvendo as disciplinas de Ciências, Geografia, História e Informática Educativa:
“Na fase inicial do projeto fizemos análises do solo por imagens de satélite na região do entorno do CEU que engloba o Parque Ecológico do Tietê com trabalhos em sala de aula e saída a campo para visita à nascente do rio em Salesópolis”, explica o professor.
Por meio de informações coletadas nos sites da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) os alunos pesquisam, interpretam e respondem questões dos professores das disciplinas envolvidas em uma plataforma online. “Os alunos identificam áreas irregulares, aprendem a conhecer os tipos de relevo, saber se a região é poluída ou desmatada. É um projeto contínuo e permanente”. Tudo isso é compartilhado com a sociedade por meio de apresentações no teatro da escola.
Conhecimentos e comportamentos relacionados à gestão de recursos naturais, preservação do meio ambiente e consciência sustentável já começam a ser ensinados na pré-escola e são exigidos dos colaboradores nas empresas de todos os ramos de atividade.
Segundo Maria de Lourdes Scalabrin, diretora de Operações no Brasil do Gi Group, empresa de recursos humanos, o fator comportamental ligado ao desenvolvimento sustentável é indispensável a profissionais de todas as áreas e de todos os níveis de cargos:
“As corporações estão inserindo nos testes de seleção um Fit Cultural para avaliar a aderência aos princípios que regem a cultura organizacional. Ou seja, as empresas querem saber se a forma de agir do candidato está alinhada aos valores sustentáveis da organização”, explica Lourdes.
Há muitos cursos voltados à gestão ambiental. No entanto, de acordo com a diretora do Gi Group, não há necessidade de fazê-los somente para incrementar o currículo, a não ser que o profissional tenha uma função diretamente ligada ao meio ambiente:
“Atualmente, as empresas valorizam tanto os conhecimentos técnicos quanto os comportamentais. Por isso, o comportamento relativo à preservação do meio ambiente deve ser ensinado em casa, nas escolas e nas faculdades.”

Portal do Meio Ambiente

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