abril 04, 2013

A matemática do desperdício


Fonte: Google Stock Image



Você faz ideia de quanto desperdiça de comida por dia, por semana ou até por mês? Não apenas ao que você coloca no prato e não come durante a refeição, mas a todo tipo de alimento que acaba no lixo por algum motivo, seja porque passou do prazo de validade, foi mal estocado, acabou esquecido dentro da geladeira, entre tantas outras razões. Agora, pense numa escala maior. Imagine quanta comida é desperdiçada na sua cidade, no seu país e no mundo. Chega a ser assustador, não é mesmo? Esse cenário é ainda pior se levarmos em conta o número de pessoas que poderiam ser alimentadas com essa quantidade de comida descartada. Um bilhão de pessoas! O cálculo é baseado em um estudo da Universidade de Aalto, na Finlândia, publicado na Revista Science.
Certamente, o desperdício de alimento não é o ponto chave da fome no mundo, mas é parte integrante desse quebra cabeça que passa pelo acesso à terra, a pobreza e tantas outras questões. Um fato alarmante é que boa parte dos alimentos descartados ainda está próprio para consumo. Em um ano, um único brasileiro é capaz de desperdiçar 37 quilos de hortaliças. Imagine quantas pessoas essa comida poderia alimentar. Em feiras e centros de distribuição, por exemplo, uma parcela considerável da mercadoria acaba indo para o lixo em razão do transporte ineficaz que acaba amassando uma fruta aqui ou murchando uma verdura ali. Muitas pessoas de origem humilde acabam indo para esses locais revirar os lixos e catar do chão o que ainda pode ser aproveitado para consumo.
Nessa matemática do desperdício, o alimento não é o único elemento mal aproveitado. Se pararmos para analisar fatores como água, energia e os recursos naturais necessários envolvidos no cultivo dessa produção, não é difícil perceber que há muito mais a somar. As perdas ocorrem em toda a cadeia produtiva, desde o plantio, passando pela colheita, armazenagem, até o transporte e a distribuição e é o consumidor quem paga essa conta. Com um melhor planejamento e um maior cuidado no manejo da produção, seríamos capazes de produzir tanto ou mais utilizando menos energia, dispondo de áreas produtivas menores e explorando menos recursos naturais. Essa é também uma maneira eficiente de diminuir o volume de lixo no mundo e mais uma lição preciosa de reciclagem.
Fonte: Respostas Sustentáveis

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