março 05, 2013

Uma boa ideia promove recuo no desmatamento na Amazônia


Fonte: Mapbox
Há alguns absurdos no Brasil que, de tão recorrentes, já nos acostumamos a eles. A ponto de custarmos a acreditar quando lemos a boa notícia. Mas é verdade, e digno de comemoração: o desmatamento na Amazônia caiu, no último ano, ao menor nível já registrado desde que a medição começou a ser feita, em 1988.
No período de um ano até o último mês de julho, a expansão da área desmatada foi de 4,6 mil quilômetros quadrados, a menor da história (havia sido de 6,4 mil quilômetros quadrados no ano anterior). A meta projetada pelo governo brasileiro é reduzir esta expansão a 3,9 mil quilômetros quadrados até 2020, e não está distante de ser atingida.
Alguns fatores ajudam a entender esta redução. Além de aumentar a fiscalização, sobre quem desmata, uma tática tem se mostrado eficiente: atacar na outra ponta, ou seja, sobre quem consome (e estimula) produtos do desmatamento. Uma iniciativa de promotores do Ministério Público Federal (MPF) no Pará junto com o Ibama foi eficaz: como o primeiro negócio na área desmatada costuma ser a pecuária, a ideia foi aplicar multas pesadas sobre grandes redes de loja atacadistas, como grandes supermercados, lojas de departamentos e frigoríficos que comprassem de fornecedores que desmatam a floresta.
Deu resultado, e a iniciativa alastrou-se. Nos últimos anos, com estímulo do poder público ou por decisão própria, as maiores e principais redes de lojas no Brasil, e não só aqui, passaram a exigir certificados socioambientais de seus clientes. A chamada responsabilidade socioambiental é hoje uma das principais credenciais de qualquer grande empresa que se preze. Com a natural dificuldade de se fiscalizar uma imensidão do tamanho da Amazônia, sufocar o outro lado desta cadeia nociva mostrou-se solução engenhosa.
No vídeo abaixo, da TV Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comenta os números de redução do desmatamento em 2012.

Fonte: Respostas Sustentaveis

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