setembro 17, 2012

Prefeitura gasta R$ 500 mil por mês para eliminar lixo


O valor surpreende, são R$ 500 mil gastos por mês aplicados pela Prefeitura para eliminar o lixo urbano.


Manutenção, conservação e vigilância são os serviços que precisam ser mantidos no antigo aterro sanitário, esgotado em junho deste ano, explica o chefe do Departamento de Resíduos Sólidos do Sanep, engenheiro Edson Plá Monterosso. Doze pessoas seguem trabalhando no local para controlar os processos erosivos, drenos do chorume, substituir os drenos de gases e viabilizar cobertura vegetal para evitar processo erosivo junto à Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) que existe na área de cinco hectares, utilizada por 15 anos. 

Monterosso salienta que mesmo quando é encerrado um aterro sanitário existem processos obrigatórios a seguir, como a desobstrução e a conservação dos drenos para chorume e periféricos de segurança, substituição dos queimadores da drenagem de gás e retaludamento e cobertura vegetal das áreas já encerradas. Ou seja, um trabalho técnico e contínuo no passivo ambiental. “O aterro nada mais é do que uma forma provisória de destino final do lixo e mesmo quando se encerra tem um passivo e se é obrigado, durante um tempo longo, a controlar esse passivo”, explica.




O aterro sanitário foi encerrado, mas a vigilância no local é mantida 24 horas, para evitar entrada de pessoas e animais. Não podem ser abertos buracos no local e a ação de catadores de lixo, por exemplo, seria danosa. Reabriria o processo erosivo. 
Conforme Monterosso, o aterro é composto de diversas células. Há uma geração de gás nelas. Nas mais antigas, daqui a um ano, pode-se começar um trabalho de recuperação, mas a área global, no mínimo levará  sete anos para abrir ao público com segurança. 
O aterro de Pelotas é considerado de baixa cota, tem cerca de 12 metros de profundidade e por isso a expectativa é de que prossiga gerando gases por menos tempo. 
"Os drenos aceleram a decomposição", esclarece o técnico.

Projeto de Recuperação:

É descartada a hipótese de construção de moradias na área do antigo aterro, que terá como última etapa de recuperação o tratamento paisagístico. O local se transformará, mas só em no mínimo depois de sete anos, em um parque com área verde, de lazer, com cancha. O tempo exato para uso futuro vai depender dos taludes, da decomposição total do lixo, sem qualquer risco de emissão de gases. O projeto vai ser licitado pela Prefeitura nos próximos dias. 

Entre as melhores:

A Estação de Transbordo de Resíduos Sólidos de Pelotas, operada pela empresa Meioeste Ambiental, vencedora da licitação para transbordo, transporte e destinação final, está entre as de Primeiro Mundo, segundo o Engenheiro do Sanep, em se tratando de padrão técnico. Para lá vão diariamente cerca de 240 toneladas de resíduos domiciliares e públicos. São dez viagens por dia em carretas de 110 metros cúbicos para transportar os resíduos sólidos de Pelotas para o aterro de Candiota.
A Estação de Transbordo conta com pisos impermeáveis, sistema de drenagem e coleta de chorume, cobertura no local de descarga e no recebimento de resíduos. Todo o local possui revestimento com tela específica de proteção para evitar a dispersão de resíduos, além de um sistema automatizado de pesagem e de iluminação, que permite operar 24 horas. 
Embora receba diariamente todo o lixo de Pelotas, não há cheiro na Estação, nem moscas. Há monitoramento para evitar risco ambiental e das águas subterrâneas, através de pesômetros. Só para de funcionar da manhã à noite de domingo, quando é feita a manutenção geral. 
"Com certeza aqui é bem melhor. Não tem perigo de atolar o caminhão, agora é uma facilidade para trabalhar", comentou o motorista de um caminhão coletor de lixo, Francisco de Lima, 37, enquanto aguardava o veículo ser descarregado.

Fonte: Diário Popular

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