setembro 30, 2013

O lugar mais radioativo do mundo

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Se você algum dia for à Rússia, de preferência não chegue perto do Lago Karachay, que, embora seja muito bonito, emite 200 vezes mais radiação do que seria considerado normal, mais do que suficiente para matar alguém em menos de uma hora de exposição.
Por Guilherme de Souza
Tudo começou em meados da década de 1940, quando o governo da extinta União Soviética construiu uma “cidade secreta” (Chelyabinsk-40) em uma área escondida pelos montes Urais, que serviria de base para a produção de armas nucleares. Em 1948, o primeiro reator do local já estava funcionando, transformando urânio em plutônio – carga que era enviada para fábricas de bombas.
Curiosamente, o projeto inicial não especificava o destino dos resíduos, e, numa espécie de improviso inconsequente, os responsáveis pela planta nuclear começaram a despejar o material no rio mais próximo, o Techa, que abastecia 39 cidades e vilarejos.

Apenas três anos mais tarde, foram enviados técnicos para investigar se o despejo de resíduos não estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras áreas dificilmente emitiam mais do que 0,21 Röntgens (uma unidade de medida para radiação) em um ano, o rio Techa emitia 5 Röntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos afetados.
Como isso não eliminou o problema da destinação do lixo radioativo, decidiram despejá-lo em um lugar do qual, supostamente, ele não sairia – o lago Karachay, que era alimentado por um único rio.
Durante 30 ou 40 anos (as datas divergem, pois o governo soviético só confirmou a existência do projeto em 1990), o lago serviu de depósito radioativo. Contudo, ele não era tão seguro quanto se imaginava: parte da sua água “vazava” para o pântano Asanov, nos arredores, contaminando a área. Além disso, em 1967 uma grande seca fez com que uma parte considerável da água do Karachay evaporasse, o que expôs resíduos radioativos ao vento – partículas foram carregadas por uma área de 2,4 mil km², onde viviam cerca de 500 mil pessoas.
Atualmente, as margens do lago emitem 600 Röntgens por hora, e, se uma única barragem do rio Techa se romper, os resíduos podem alcançar correntes marítimas no Ártico, que as espalhariam pelo Atlântico.
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Saiba o que é água de reúso e onde pode ser utilizada


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Recurso é obtido por meio do tratamento dos esgotos e seu uso, além de racional, ainda gera redução de custos
A água de reúso, obtida por tratamento dos esgotos, pode ser usada nas situações que não requerem água potável, mas que seja segura sanitariamente. A medida gera redução de custos e é uma opção racional de consumo. Cada litro utilizado representa um litro de água conservada nos mananciais.
Embora tenha aparência semelhante à da água potável, a água de reúso não pode ser consumida para beber, cozinhar ou tomar banho. Seu uso é indicado como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em processos industriais, lavagem de ruas e combate a incêndios. O recurso é vetado em piscinas ou descarga sanitária.
Água de reúso é utilizada na limpeza da praça Charles Müller, na cidade de São Paulo.
O assunto é tão importante que faz parte da Estratégia Global para Administração da Qualidade das Águas, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), para preservação do meio ambiente. É uma maneira inteligente e capaz de assegurar que as gerações futuras tenham acesso a água potável, esse recurso tão precioso e essencial à vida.
Água de reúso: onde pode?
- Limpeza de pisos, pátios, ruas ou galerias de águas pluviais;
- Assentamento de poeira em obras de aterros e terraplanagem;
- Preparação e cura de concreto em canteiros de obra;
- Estabelecer umidade em compactação e solos;
- Desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais;
- Combate a incêndios;
- Geração de energia e refrigeração de equipamentos em diversos processos industriais.


Onde não pode?

- Irrigação de hortas (somente sob avaliação de técnicos da Sabesp);
- Descargas de banheiro;
- Lava-rápidos (somente sob avaliação de técnicos da Sabesp);
- Piscinas, exceto para testes de estanqueidade (impermeabilização, detecção de vazamentos), desde que a área passe por desinfecção posteriormente.


Reciclagem de Pilhas:


Comunidade solar pode ser saída para quem não tem condições de instalar painel solar em casa


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A iniciativa já é realidade nos Estados Unidos
Foto: Sky's

A captação de energia solar através de painéis fotovoltaicos em residências já é possível em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Porém, o custo ainda é elevado e, por isso, muitas pessoas não conseguem aderir a esse modelo sustentável de consumo de energia. Para melhorar este quadro, norte-americanos apostam no conceito de comunidade solar.
As comunidades solares são uma alternativa de auto-instalação, nas quais em vez de os moradores instalarem seu próprio painel solar, compram um para deixar em um local externo a fim de que outras pessoas possam também utilizar.

O projeto proporciona energia solar para muito mais pessoas. Você não precisa ter um telhado perfeito porque as placas não ficam situadas lá. Não tem com o que se preocupar”
Paul Spencer, pioneiro em comunidades solar
O pioneiro neste segmento é Paul Spencer, que se baseou no Coletivo de Energia Limpa - iniciativa que construiu a primeira instalação solar de comunidade em 2010 e agora tem 25 fazendas em quatro estados norte-americanos.
Ele teve a ideia da comunidade solar após trabalhar em uma rede de desenvolvimento habitacional, e descobriu que alguns edifícios não conseguiam manter painéis solares.

Governo, empresas e cidadãos
Em seu primeiro negócio, Spencer entrou em contato com uma concessionária local, onde conseguiu apoio. A ideia era que a instituição investisse em painéis, enquanto ele cuidaria dos materiais e os moradores dos condomínios pagariam uma taxa inicial para a utilização do serviço, reduzindo o valor que pagaria normalmente na conta de energia.

O projeto foi bem aceito e, desde o primeiro projeto, ele conseguiu cerca de duas mil assinaturas pelo serviço, incluindo proprietários pessoais, municípios e empresas. Os valores são diversificados: instituições privadas aderem a iniciativa por até US$ 1 milhão para residências, que pagam aproximadamente 400 dólares iniciais para utilizar o benefício. Pessoas físicas podem comprar um painel de três gigawatt por cerca de US$ 9.000.

Segundo Spencer, as pessoas que aderiram o serviço conseguiram economizar aproximadamente 7% no primeiro ano. Além da taxa inicial os adeptos pagam uma pequena taxa para a manutenção das placas.

"O projeto proporciona energia solar para muito mais pessoas. Você não precisa ter um telhado perfeito porque as placas não ficam situadas lá. Não tem com o que se preocupar", explicou Spencer ao site Fast.Co Exist. Recentemente, ele recebeu US$ 13 milhões em financiamento privado para triplicar suas instalações nos próximos 18 meses e está negociando com 38 estados norte-americanos.

E então: seria uma boa aqui no Brasil?

Ecodesenvolvimento

Cinco ideias criativas para melhorar uma cidade


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O documento possui 50 ideias
Imagem: Reprodução


Apresentar alternativas capazes de tornar as cidades mais inteligentes e criativas é o objetivo do documento Omnibus Urban, divulgado recentemente pela Architectural League de Nova York. Os responsáveis pela publicação reuniram 50 iniciativas do acervo e destacaram oito, que são consideradas como prioritárias.
Para conhecer todas as ideias é só visitar o site da Architectural League e comprar o material. Aqui listamos cinco das oito sugestões em destaque. Conheça:
  • Captação de energia a partir da movimentação de pessoas
Pense em uma cidade e em toda a energia que está sendo gasta e desperdiçada. Agora imagine reaproveitar a energia que a população pode produzir ao empurrar algo, por exemplo. Jenny Broutin e Carmen Trudell, dois ex-estudantes de Columbia, sugeriram a ideia de uma "porta de aproveitamento da energia", que transforma a energia cinética em elétrica e, em seguida, é distribuída para uma pequena tela de LED, capaz de informar ao usuário que as calorias adquiridas por ele em um café são também capazes de abrir as portas desse mesmo local. 
  • Espaços para compartilhar ideias
Todo o mundo tem uma boa ideia: só é preciso um espaço para torná-la conhecida. O designer Doce Chang quer transformar muros não utilizados em espaços de debate cheios de notas e desenhos de giz. Chang produziu o site Neighborland para fomentar as discussões sobre a ideia. O objetivo é iniciar uma conversa pública e unir as pessoas no processo sugerido.
  • Utilizar sistemas naturais como infraestrutura
O furacão Sandy mostrou como Nova York está despreparada para uma tempestade intensa. Por isso, o Urban Omnibus defende o uso de zonas úmidas e hidrovias para fins de controle de águas pluviais. (Saiba como o processo poderia ser feito)
  • Menos carros, mais transporte público
Quando não há mais espaço ao nível do chão, você tem que ir para cima ou para baixo. Há redes de metrô, mas quase nunca as pessoas olham para cima. Steven Dale propôs um sistema de gôndola - carro automotriz (parecido com o bondinho do Rio de Janeiro) - que se estende do Brooklyn para Nova Jersey. (Conheça!)
  • Investir na cultura
Por vezes, as cidades impõem instituições de arte em bairros para "importar os visitantes para um centro de compras ou área comercial." As secretarias da Cultura devem apoiar atividades culturais existentes e a construção de comunidades mais fortes no processo. "Entender como áreas culturais ocorrem naturalmente pode ajudar a informar uma abordagem mais sutil à política cultural", explica uma das propostas.


Ecodesenvolvimento

setembro 27, 2013

Porto Alegre/RS lidera ranking de água contaminada entre 20 capitais

A qualidade da água distribuída aos moradores de Porto Alegre é a pior entre 20 capitais brasileiras, segundo uma pesquisa elaborada pelo Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo. Divulgado na segunda-feira (23), o estudo coloca a capital gaúcha no topo do ranking, à frente de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mesmo assim, ainda é considerada potável e atende os requisitos do Ministério da Saúde.

A pesquisa indica que a água que sai da torneira dos porto-alegrenses possui grande concentração de “interferentes endócrinos”, substâncias que afetam o sistema hormonal de seres vivos, podendo causas sérios danos à saúde, alertam os pesquisadores. Consideradas como “contaminantes emergentes”, aparecem em controles de qualidade, mas não existem portarias ou leis que impeçam o consumo. Porém, se consumidas em larga escala e por longo prazo, podem causar diversas doenças, como diabetes, obesidade e câncer.
A Unicamp coletou amostras de mananciais e de água tratada. O nível de cafeína foi usado como indicador da presença de contaminantes que têm ação estrógena, um efeito semelhante ao do hormônio feminino. Porto Alegre aparece com 2.257 nanogramas de cafeína por litro, bem próximo ao máximo recomendado (2.769 ng/l). O mínimo, segundo a pesquisa, é de 1.342 ng/l. Campo Grande é a segunda colocada, com 900 ng/l, seguida de Cuiabá, Belo Horizonte e Vitória.
“A cafeína presente na água é quase toda excretada pela atividade humana. É uma droga muito consumida. A gente consome muito, seja junto a medicamentos, refrigerantes, energéticos”, afirmou o pesquisador Wilson Jardim, que liderou a pesquisa, ao site da Unicamp.
Jardim ressaltou que em mananciais europeus, por exemplo, é difícil encontrar níveis de cafeína acima de 20 ng/l. “Em termos de contaminantes emergentes, no Brasil, bebemos água com qualidade comparável à da água não tratada lá de fora”, comparou.
A avaliação de Jardim é que a qualidade da água no Brasil ainda precisa melhorar muito, principalmente em questões reguladoras. “A portaria 2914 do Ministério da Saúde, que normatiza a qualidade da água potável, é muito estática, e a nossa vida é dinâmica, nossa sociedade é dinâmica. A cada ano, são mais de mil novos componentes registrados”. 
(Fonte: G1)

Os rios mais poluídos do Brasil

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A qualidade da água dos rios e represas brasileiros está longe do ideal. Dados do IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), do IBGE, revelam quais bacias de água doce estão em situação mais crítica. Os IQAs (Índice de Qualidade da Água) mais baixos são os dos altos cursos dos rios Tietê e Iguaçu, que atravessam, respectivamente, as regiões metropolitanas de São Paulo e Curitiba.

 10º lugar - Rio Doce, Minas Gerais - Com um percurso total de 853 km, drena os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, sendo a mais importante bacia hidrográfica totalmente incluída na Região Sudeste. Sem controle ambiental, a contaminação química e urbana ameaça a saúde dos moradores das cidades às suas margens e a escassez de água nos afluentes agrava a cadeia de problemas.
9º lugar - Rio Paraiba do Sul, Rio de Janeiro - Formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, o rio nasce na Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo um percurso total de 1.120Km, até a foz em Atafona, no Rio. Pode-se citar como fontes poluidoras mais significativas as de origem industrial, doméstica e da agropecuária, além daquela decorrente de acidentes em sua bacia.

8º lugar - Rio Caí, Rio Grande do Sul - A bacia hidrográfica do rio Caí equivale a 1,79% da área do estado do Rio Grande do Sul e possui municípios com atividade industrial bastante desenvolvida. Destacam-se os municípios de Caxias do Sul e Farroupilha, localizados na Serra, com indústrias de alto potencial poluidor, principalmente do ramo de metalurgia e metal - mecânica.

7º lugar - Rio Capibaribe, Pernambuco - Nasce na serra de Jacarará, no município de Poção, em Pernambuco, e banha 42 cidades pernambucanas. O rio recebe carga de resíduos de uma população estimada em 430 mil habitantes em seu entorno. O crescimento urbano desordenado foi responsável pela deterioração dos recursos ambientais que circundavam o rio, comprometendo a qualidade de vida das populações ribeirinhas.
6º lugar - Rio das Velhas, Minas Gerais - Com nascentes na cachoeira das Andorinhas, município de Ouro Preto (MG), é o maior afluente em extensão do rio São Francisco. A presença de arsênio, cianeto e chumbo reflete a interferência do diversificado parque industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

5º lugar - Rio Gravataí, Rio Grande do Sul - Separa as cidades de Canoas e Porto Alegre. São apontados como motivos para a poluição o esgoto que é jogado no rio sem tratamento, os resíduos sólidos largados por comunidades que trabalham com reciclagem e criam porcos e a poluição gerada por empresas, notadamente de adubo e areia.
4º lugar - Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul - Repleto de curvas, o rio nasce nos morros do município de Caraá e percorre um percurso de cerca de 190 km, desembocando no delta do Jacuí. A alta carga poluente é proveniente de esgotos e indústrias, o que, além de provocar a mortandade de milhares de peixes, causa a proliferação de mosquitos.

3º lugar - Rio Ipojuca, Pernambuco - Corta vários municípios de Pernambuco, inclusive nomeando um. O Ipojuca nasce em Arcoverde, no Sertão, e deságua em Suape, ao Sul do Grande Recife. O lixo e o esgoto, que são despejados no rio acabam aumentando os riscos de contaminação de doenças como leptospirose, casos de hepatite A e diarreia.

2º lugar - Rio Iguaçu, Paraná - Segundo rio mais poluído do país, ele é o maior do estado do Paraná e faz divisa natural com Santa Catarina. Segundo biólogos, dois fatores podem explicar o elevado nível de poluição: passivo ambiental, presente há algumas décadas, com falta de investimento no saneamento ambiental, e o alto número de habitantes em volta do rio.

1º lugar - Rio Tietê, São Paulo - Com 1.010 km², nasce em Salesópolis, na serra do Mar, e atravessa o estado de São Paulo, banhando 62 municípios. Ocupa o topo do ranking por receber o esgoto doméstico e industrial no trecho da capital - menos da metade dos moradores da bacia do Alto Tietê têm esgoto tratado. A mancha de poluição do rio que, na década de 1990, chegou a cem quilômetros, tem se reduzido gradualmente no decorrer das obras do projeto Tietê.


Fonte: ABES.

Estudantes pedem mais cuidado com meio ambiente

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No penúltimo dia do Desafio de Redação, alunos focaram as atenções no meio ambiente. Com o tema 2020: o que eu posso fazer para mudar o meu mundo?, estudantes das 17 escolas de Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires sugeriram melhorias necessárias no mundo.

Os alunos do 8º ano do Colégio Monsenhor Alexandre Venâncio Arminas, no bairro Matriz, em Mauá, acreditam que dar o primeiro passo é sempre o mais difícil, mas que para preservar o meio ambiente as pessoas precisam se unir. “Para começar a mudar, não podemos jogar lixo no chão e devemos reciclar”, afirma Barbada Calabresi, 13 anos.
Além do cuidado pessoal, o discente Eduardo Freitas, 13, acha que os governantes podem ajudar na divulgação e educação ambiental. “As prefeituras podem fazer campanhas e ajudar a cuidar disso junto com a população.”
Arthur Lopes, 13, alerta para a conscientização. “Podemos usar a internet para pesquisar e divulgar a importância do meio ambiente.”
Na EE Professora Irene da Silva Costa, no Jardim Itapeva, os alunos apresentaram soluções que, apesar de não estar ao alcance deles, podem trazer bons resultados. “Acho que precisa de mais investimento em carros elétricos, que poluem menos o ar”, afirma Leonardo Aparecido Piqueira, 11.
Já a colega de classe Brenda Piccolo dos Santos, 12, vê soluções na utilização de produtos químicos menos agressivos. “Grandes empresas precisam optar por usar produtos ecologicamente corretos.”
Mas para tudo acontecer, Sâmara Alves Pereira, 14, do 9º ano, chama a atenção para a força de vontade dos cidadãos. “Se cada um fizer a sua parte, o planeta pode ser um lugar melhor de se viver.”
Hoje é o último dia de provas. O Desafio é promovido pelo Diário, correalizado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano), patrocinado pela Petrobras e tem o apoio da Ecovias. A melhor redação entre os alunos do último ano do Ensino Médio será premiada com uma bolsa de estudos na USCS.

Setor pecuário poderia reduzir emissões de gases em 30%, afirma FAO


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O setor pecuário emite 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano
Foto: acmoraes

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirma que o setor pecuário emite 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano. Segundo a agência, essas emissões, que causam o efeito estufa, podem ser reduzidas em até 30%, se forem utilizadas melhores práticas e tecnologias já existentes.
A FAO publicou na quinta-feira, 26 de setembro, um estudo sobre o tema, afirmando ser a estimativa mais completa sobre o papel da pecuária no aquecimento global. A produção de alimentos para o consumo dos animais gera 45% do total das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo gado.

O processo digestivo das vacas é responsável por 39% e a decomposição do esterco gera 10% das emissões. O restante é atribuído ao processamento e transporte de produtos animais.

Eficiência

A FAO afirma que os produtores de gado podem cortar parte dessas emissões, sendo que o sul da Ásia, a América Latina e a África são as regiões com o maior potencial de redução.

A agência sugere mudanças nos sistemas de alimentação, saúde e criação do gado e no manejo do estrume. Também é indicado o uso de geradores de biogás e equipamentos que economizam energia.

Ao tornar o sistema pecuário mais eficiente e reduzir o desperdício elétrico, a FAO acredita que o setor pode emitir menos gases que causam o aquecimento global.

Ecodesenvolvimento

setembro 26, 2013

Família produziu apenas um saco de lixo durante um ano todo


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A família britânica recicla quase tudo
Foto: Reprodução

O exemplo inspirador vem de Rachelle Strauss, uma britânica que pode ser considerada com nível de consciência ecológica elevada. O motivo? Ela convenceu a família a reduzir o consumo de resíduos em casa. O resultado foi que ela, o marido Richard e a filha Verona, de 9 anos, conseguiram produzir apenas um balde de lixo em 2009.
E quem pensa que, por conta disso, a família passou a viver com menos qualidade, está enganado. Eles reciclam quase tudo. O que compram é adquirido por produtores locais, os restos servem como adubo. Quando não há outro jeito, eles recorrem aos supermercados grandes, mas levam seus próprios recipientes recicláveis para não desperdiçar materiais, a exemplo do plástico.

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Segundo Rachelle, ela convenceu o marido no momento em que o apresentou a realidade dos problemas marinhos, causados pelo plástico - que foi o primeiro material cortado da lista de consumo. Posteriormente, eles começaram a reciclar e a utilizar baterias recarregáveis e painéis solares para gerar energia, informou o site Hypeness.

Para dar dicas sobre consumo consciente, o casal, que já é conhecido como Mr. e Mrs. Green (senhor e senhora verde), criou o site My Zero Waste, considerado pela população local como uma referência no mundo da reciclagem.
O resistente balde de lixo produzido pela família de Longhope, na Inglaterra, durante as 52 semanas de 2009, continha alguns brinquedos quebrados, lâminas, canetas ou outros objetos aos quais eles não conseguiram dar outra vida.


Ecodesenvolvimento

GoSun Stove - um fogão movido a energia proveniente do sol



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O fogão é portátil
Imagens: Divulgação

A ideia é inovadora e pode mudar a realidade de muitas pessoas. O fogão tem a capacidade de assar e fritar alimentos, além de ferver refeições em aproximadamente 20 minutos - tudo isso usando os raios do sol e sem emitir gases poluentes.

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Segundo os criadores, o GoSun Stove pode auxiliar as pessoas durante um acampamento, além de ajudar comunidades de baixa renda, nas quais a lenha e o carvão ainda são os materiais usados no preparo da comida - prática nociva à saúde e poluidora do meio ambiente.

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O fogão, que é portátil, não queima brasas e nem solta fumaça. Funciona em qualquer época do ano e mantém o alimento aquecido durante horas, devido ao sistema interno do alumínio, que regula o calor. O projeto ainda não saiu do papel, mas deverá se tornar uma realidade em breve.

Apesar de ainda restarem 32 dias para o término do financiamento coletivo do projeto, no site Kickstarter, o fogão solar já conseguiu arrecadar mais do a meta de 40 mil dólares - cerca de 117 mil dólares, até o fechamento deste post.


Ecodesenvolvimento 

setembro 25, 2013

+ ciclovias!

+ Árvores !!

Importante ficarmos atentos a Projetos de Mobilidade Urbana na nossa cidade!

Cientistas obtêm energia a partir do esgoto


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Cientistas americanos podem ter descoberto uma nova forma de produzir energia limpa a partir da águas suja, segundo um novo estudo publicado esta segunda-feira.

Engenheiros desenvolveram um método mais eficiente que consiste em utilizar micróbios para obter eletricidade a partir da água residual.
Eles esperam que esta técnica possa ser usada em usinas de tratamento de esgoto para neutralizar os poluentes orgânicos em "zonas mortas" de lagos e mares onde o desague de fertilizantes exaure o oxigênio, sufocando a vida marinha.
Por enquanto, a equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford começou a trabalhar em pequena escala, com um protótipo do tamanho de uma pilha D, que consiste em dois eletrodos - um positivo e um negativo - mergulhado em uma garrafa de água residual, cheio de bactérias.
À medida que as bactérias consumiram a matéria orgânica, os micróbios se concentraram em torno do eletrodo negativo, expulsando os elétrons, que foram capturados, por sua vez, pelo eletrodo positivo.
"Chamamos isto de pesca de elétrons", explicou o engenheiro ambiental Craig Criddle, um dos principais autores do estudo, publicado na edição desta semana do periódico Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS).
"É possível ver que os micróbios constroem nanofios para descarregar o excesso de elétrons", acrescentou Criddle.
Os cientistas há muito conhecem estes micróbios, denominados de exoeletrogênicos, que vivem em ambientes sem ar (anaeróbicos) e que são capazes de "respirar" óxidos de minerais no lugar de oxigênio para gerar energia.
Ao longo dos últimos 12 anos, alguns grupos de pesquisa testaram abordagens diferentes para transformar estes micróbios em biogeradores, mas se mostrou difícil aproveitar a eficiência energética.
Segundo os cientistas, seu novo modelo é simples, porém eficiente, e consegue aproveitar cerca de 30% da energia potencial das águas residuais, aproximadamente a mesma taxa de painéis solares disponíveis comercialmente.
Eles admitiram existir menos energia potencial disponível nas águas residuais do que nos raios solares, mas afirmaram que o processo tem um benefício adicional: limpar a água. Isto significa que pode ser usado para compensar parte da energia utilizada atualmente para tratar o esgoto.

Fonte: Sustentabilidades / AFP.

Desperdício de alimento é terceiro maior emissor de CO2 do mundo


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A comida desperdiçada no mundo responde por mais emissões de gases causadores de efeito estufa do que qualquer país, exceto China e Estados Unidos, disse a ONU em um relatório.
Todos os anos, cerca de um terço de todos os alimentos para consumo humano, aproximadamente de 1,3 bilhão de toneladas, é desperdiçado, juntamente com toda a energia, água e produtos químicos necessários para produzi-la e descartá-la.
Quase 30% das terras agrícolas do mundo, e um volume de água equivalente à vazão anual do rio Volga, são usadas em vão.
No seu relatório intitulado “A Pegada do Desperdício Alimentar”, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (FAO) estima que a emissão de carbono dos alimentos desperdiçados equivale a 3,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano.
Se fosse um país, seria o terceiro maior emissor do mundo, depois da China e dos Estados Unidos, sugerindo que um uso mais eficiente dos alimentos poderia contribuir substancialmente para os esforços globais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e diminuir o aquecimento global.
No mundo industrializado, a maior parte do lixo vem de consumidores que compram muito e jogam fora o que não comem. Nos países em desenvolvimento, a causa principal é a agricultura ineficiente e falta de instalações de armazenamento adequadas.
“A redução de desperdício de alimentos não só evitaria a pressão sobre recursos naturais escassos, mas também diminuiria a necessidade de aumentar a produção de alimentos em 60 por cento, a fim de atender a demanda da população em 2050″, diz a FAO.
A organização sugere que se melhore a comunicação entre produtores e consumidores para gerenciar a cadeia de suprimentos de forma mais eficiente, bem como investir mais na colheita, resfriamento e métodos de embalagem.
A FAO também disse que os consumidores no mundo desenvolvido devem ser encorajados a servir pequenas porções e fazer mais uso das sobras. As empresas devem dar comida excedente para instituições de caridade, e desenvolver alternativas para o despejo de resíduos orgânicos em aterros sanitários.
A FAO estima o custo do desperdício de alimentos, excluindo os peixes e frutos do mar, em cerca de 750 bilhões de dólares por ano, com base em preços de produção.
O desperdício de alimentos consome cerca de 250 quilômetros cúbicos de água e ocupa cerca de 1,4 bilhão de hectares- grande parte de hábitat natural transformado para tornar-se arável.

Fonte: G1.

Designer cria casa de papelão para abrigar pessoas sem-teto


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A criação se chama Cardborigami
Fotos: Divulgação

Enquanto as instituições públicas não acham uma solução global para combater o problema dos moradores em situação de rua, a designer norte-americana Tina Hovsepian criou o Cardborigami - um abrigo feito de papelão, em formato de origami, que serve como "casa" temporária para pessoas sem-teto. O projeto está instalado em Los Angeles, na Califórnia (EUA).

"Nossa visão é a de preencher a lacuna entre o design e a humanidade por meio da sensibilização para a questão dos sem-teto, a colaboração inspiradora, e direcionando recursos adicionais para aliviar a causa da falta de moradia", afirma Tina, em seu site.

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Segundo a designer, a ideia não é que as pessoas vivam nesses abrigos, mas que eles possam servir, temporariamente, para suprir as necessidades das pessoas em situação de rua. A segunda parte do projeto é o Cardborigami Outreach Center, onde os sem-teto aprenderão a usar o abrigo e terão toda a ajuda necessária pra encontrar uma casa definitiva, noticiou o site Hypeness.

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O nome Cardborigami é uma mistura do inglês cardboard (papelão) com origami, e explica em que consiste o abrigo. Ele foi projetado em duas versões diferentes: a 1.0, pensada mais pra catástrofes naturais, e a 2.0, mais portátil, desenvolvida para abrigar um sem-teto. É nessa segunda que Tina tem concentrado seus esforços. O protótipo pesa cerca de 5 Kg e inclui um retardador de fogo e um revestimento resistente à água, protegendo assim o seu interior.

Ecodesenvolvimento

setembro 24, 2013

EUA limitam pela primeira vez emissões de CO2 de futuras usinas elétricas


O Governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira medidas que fixarão, pela primeira vez, limites nacionais de emissões de dióxido de carbono (CO2) que influenciam na mudança climática para as futuras usinas elétricas.
“A ciência nos diz que a mudança climática é real”, afirmou a diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Gina McCarthy em uma conferência no Clube Nacional da Imprensa.
Gina acrescentou que “a ciência nos diz que a atividade humana afeta essa mudança e que devemos encará-la agora, já”.
“Por isso, precisamos dar passos para limitar a poluição com carbono que acontece nas usinas elétricas”, enfatizou Gina.
O presidente de EUA, Barack Obama, tinha prometido medidas para minimizar a emissão de carbono das usinas geradoras de energia, e as propostas agora serão aplicadas às novas usinas, não as existentes, disse a funcionária.
Essas regras requerem que as usinas de energia que queimam carvão capturem e armazenem uma porção do dióxido de carbono que emitem, algo que a indústria sustenta que é tão custoso que impedirá a construção de usinas novas.
“As normas sobre poluição com carbono são flexíveis e suas metas podem ser alcançadas”, assinalou, no entanto, Gina. “Elas abrem caminho para nova geração de usinas elétricas”, assegurou o responsável.
A proposta limita as emissões das novas usinas alimentadas por gás natural a 454 quilogramas de dióxido de carbono por megawatt-hora, e no caso das novas usinas alimentadas por carvão, a 500 quilogramas por megawatt-hora, de acordo com as informações adiantadas ao jornal “The New York Times”.
Atualmente, uma usina típica de carvão americano emite cerca de 820 quilogramas de dióxido de carbono por hora.
(Fonte: Terra)

Poluição dos veículos causa 4,6 mil mortes ao ano em São Paulo


A poluição provocada pelos veículos em São Paulo causa 4,6 mil mortes por ano na maior cidade do país, um número três vezes maior que o de mortos em decorrência de acidentes de trânsito, de acordo com relatório divulgado neste domingo em meio à realização do Dia Mundial sem Carro.
Segundo a pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, esse tipo de poluição é responsável pela redução de 1,5 ano de vida da população na região metropolitana de São Paulo, que concentra em seus 38 municípios mais de 20 milhões de pessoas.
O custo para o atendimento de pacientes tratados por doenças causadas pela poluição veicular, de acordo com o estudo, pode chegar a cada ano a R$ 1 bilhão.
A diretora-executiva do instituto, Evangelina Vormittag, afirmou à Agência Efe que as medidas adotadas pelo município, como a adesão neste domingo ao Dia Mundial sem Carro e o estudo para implementar a cobrança de pedágios no centro da cidade, são também um assunto de saúde pública.
Na atividade de hoje, que acompanha a Virada Esportiva, uma jornada contínua de 48 horas de atividades esportivas em ruas, estádios, parques e outros espaços da cidade, São Paulo restringiu o trânsito de veículos em 60 ruas e avenidas do centro, para dar espaço a bicicletas, patins e skates.
“Com a restrição do tráfego de veículos e levar as pessoas a usarem um transporte fisicamente mais ativo, como as bicicletas ou o simples fato de caminhar, existe uma redução das taxas de colesterol, e com um maior controle da obesidade haverá menos doenças”, disse Evangelina.
A falta de mobilidade e o alto fluxo veicular têm, segundo a pesquisadora, efeitos nos níveis de estresse e ansiedade das pessoas, que passam a tolerar menos o barulho e o tempo perdido nos engarrafamentos.​
“Esse tempo perdido no trânsito poderia ser aproveitado para a recreação, o exercício físico, a convivência familiar ou em mais e melhores horas de sono”, destacou a especialista.
O urbanista e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), João Sette Whitaker, considerou em entrevista à Efe o contexto da cidade é “problemático”.
“O assunto de São Paulo é complicado porque estamos falando de um modelo que foi durante um século permanente e pensado em sua estrutura em função do automóvel”, salientou Whitaker.
Para o professor, “quando isso colapsa e começa a perturbar a classe média, surge então a questão de mobilidade em discussão e se descobre que o modelo de mobilidade estruturado nos carros era insustentável”.
No entanto, Whitaker considera que não é o momento para pensar em uma restrição permanente de veículos no centro da cidade, devido a que uma proposta nesse sentido só funcionaria com o melhoramento do serviço de transporte público.
“Este dia (o Dia Mundial sem Carro) funciona como um sinalizador de que esta perspectiva pode ser pensada para o futuro”, finalizou. 
(Fonte: Terra)

Voluntários celebram Dia Mundial da Limpeza com coleta de lixo em praias do Rio


Voluntários participaram no sábado (21) da coleta de lixo em várias praias, rios e lagoas do Rio de Janeiro. A iniciativa, criada há dez anos pela organização ambientalista Instituto Aqualung, comemorou o Dia Mundial da Limpeza. Segundo o coordenador do projeto, Hildon Carrapito, o principal objetivo é conscientizar a população sobre a importância de não sujar o litoral, mesmo com pequenas quantidades de lixo.
“O lixo jogado indiscriminadamente na areia é de coleta muito difícil, porque é um microlixo, como guimbas de cigarro, tampinhas de refrigerantes, papel de sanduíche natural. Tem gente que joga pilha, bateria, muitas coisas que contaminam a areia, a praia, o rio, a lagoa”, disse Carrapito.
Além de praias da capital, como Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, a ação foi realizada em cidades do sul e do norte do estado. O Instituto Aqualung também promoveu ações no Maranhão e em Sergipe. A expectativa dos organizadores é coletar 40 toneladas de lixo.
O engenheiro Flávio Pinheiro participou como voluntário da coleta, junto com o filho de 5 anos, João. “Ele fez questão de vir e ficou muito feliz de limpar a praia. Ele quer uma praia limpa para ele no futuro”, disse.
Natália Guedes, de 10 anos, coletou mais de cinco quilos de lixo, com a ajuda da mãe, Mônica. “A gente encontrou muitos cigarros, latas, copos e canudos no chão. A gente tem que cuidar muito bem da nossa praia e do nosso país, porque tem muita poluição”, disse a estudante.
Para o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc, um dos principais produtos descartados nas areias do Rio de Janeiro é o coco, cuja água é amplamente consumida nas praias cariocas.
“Quase tudo do coco pode ser aproveitado. É uma fibra boa que pode ser usada em assentos de carro e xaxins. Estamos com um grande projeto em Duque de Caxias para ampliação da rede [de coleta e reaproveitamento do coco]. Latas e garrafas pet, que têm aproveitamento econômico, pouco são jogadas. Mas, além do coco, tem os cigarros e os restos de comida, que atraem pombos e doenças”, disse Minc.
O Dia Mundial da Limpeza faz parte de uma mobilização internacional, chamada Clean up the World (Limpe o Mundo, em português), que é promovida desde 1993, com o objetivo de incentivar comunidades a limpar e conservar o meio ambiente. Anualmente, o evento executado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente reúne milhões de voluntários em 130 países. 
(Fonte: Agência Brasil)

Projeto "Pedal Social" disponibiliza bicicleta para quem não tem condições de pagar transporte para trabalhar



Instituto Mobilidade Verde lançou o "Pedal Social" como um projeto-piloto em novembro de 2012, no centro de São Paulo, como uma alternativa para a população em situação de rua obter transporte gratuito para seus deslocamentos pendulares. Na época da criação da iniciativa apenas cinco bicicletas faziam parte do programa, mas logo nos primeiros meses esse número atingiu mais de 100 bicicletas.

É assim: qualquer pessoa pode doar um bicicleta ao projeto através do site da iniciativa. E os usuários precisam se cadastrar, comprovar que tem uma ocupação na qual não conseguem chegar por falta de dinheiro e, assim, garantem sua 'magrela' durante o mês. Ao final do período, ou quando receber o salário, ele devolve a bike, que é entregue a outra pessoa na mesma situação. E tudo funciona na base da confiança.

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Assista ao vídeo que conta a história do projeto Pedal Social, com casos reais de pessoas que foram ajudadas – um dos responsáveis diz mesmo que, na época da reportagem, em março de 2013, havia cerca de 80 pessoas em lista de espera para receber uma bicicleta.


Ecodesenvolvimento

Projeto "Pedal Social" disponibiliza bicicleta para quem não tem condições de pagar transporte para trabalhar



Instituto Mobilidade Verde lançou o "Pedal Social" como um projeto-piloto em novembro de 2012, no centro de São Paulo, como uma alternativa para a população em situação de rua obter transporte gratuito para seus deslocamentos pendulares. Na época da criação da iniciativa apenas cinco bicicletas faziam parte do programa, mas logo nos primeiros meses esse número atingiu mais de 100 bicicletas.

É assim: qualquer pessoa pode doar um bicicleta ao projeto através do site da iniciativa. E os usuários precisam se cadastrar, comprovar que tem uma ocupação na qual não conseguem chegar por falta de dinheiro e, assim, garantem sua 'magrela' durante o mês. Ao final do período, ou quando receber o salário, ele devolve a bike, que é entregue a outra pessoa na mesma situação. E tudo funciona na base da confiança.

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Assista ao vídeo que conta a história do projeto Pedal Social, com casos reais de pessoas que foram ajudadas – um dos responsáveis diz mesmo que, na época da reportagem, em março de 2013, havia cerca de 80 pessoas em lista de espera para receber uma bicicleta.


Ecodesenvolvimento

Estilistas britânicos lançam coleção de roupas sustentáveis


primeiro modelo de christopher kane
Os preços variam de R$ 4.780 a R$ 16.800 para entregas em território brasileiro
Fotos: Divulgação

Para criar uma coleção que segue os padrões ambientalmente corretos, o e-commerce de luxo Net-a-Porter reuniu cinco nomes da elite da moda britânica: Christopher Bailey, Victoria Beckham, Christopher Kane, Erdem e Roland Mouret. Cada um desenhou duas peças (suas primeiras eticamente sustentáveis). O trabalho, que faz parte do projeto Green Carpet Challenge (GCC), fundado pela atriz e ativista Livia Firth, foi apresentado na segunda quinzena de setembro, em um evento paralelo à semana de moda de Londres.

Além de ter 20% do valor de cada venda revertido para o fundo global da campanha contra Aids, tuberculose e malária, as criações seguem padrões sociais e ambientais da "moda ética" GCC. Tecidos como o derivado de garrafas plásticas recicladas da Newlife, a renda francesa tule, a seda certificada da Oeko-Tex e cristais Swarovski sem chumbo estão presentes nas peças.

"Nós decidimos no começo da Green Carpet Challenge que ela trabalharia em dois níveis: no tapete vermelho para fazer nossas celebridades favoritas usarem peças sustentáveis na frente dos flashes e também na cadeia de produção, com produtores reais no mundo todo, fazendo uma mudança real", afirmou Livia, segundo o portal Chic.ig.
As peças da coleção já estão à venda no Net-a-Porter, que faz entregas no Brasil com preços que variam de R$ 4.780 a R$ 16.800.



setembro 23, 2013

Participaram?



Casal viaja de bicicleta ao redor do mundo com os quatro filhos ainda crianças



O que dizer de um casal que viajou de bicicleta mundo afora  na companhia dos quatro filhos ainda crianças?
Foi justamente isso que fez o alemão Martin Glauer, de 30 anos, e a esposa canadense Julie, de 40 anos, que se conheceram na Austrália, foram morar na Alemanha e, a partir de então, decidiram pegar as bikes e correr o mundo durante um ano, segundo informou o site Hypeness. O casal levou junto com eles os filhos Moses, Caspar, Turis e Herbie.

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O mais velho, Moses, tinha cinco anos e o mais novo, Herbie, apenas 9 meses. Mas nem isso impediu este casal de cumprir o sonho de viajar pelo mundo de forma sustentável. Para testar, fizeram uma viagem de preparação à Romênia para perceber se os filhos tinham o espírito de aventura necessário. Como eles se mostraram entusiasmados, o casal arriscou na aventura.

Eles calcularam gastar em média 50 euros por dia, o que dá 22.500 euros no ano (pouco mais de 68 mil reais)
A preparação física foi uma das preocupações de Martin e Julie, já que não é qualquer um que consegue pedalar 35 quilômetros por dia a cerca de 20 km/h (a meta do casal), levando os filhos atrás. Por isso, Martin correu algumas maratonas antes da viagem e Julie fez pilates.


Escolhas estratégicas
Acoplados a cada uma das bicicletas, viajaram dois mini-trailers, sendo que duas das crianças iam com a mãe e as outras duas com o pai (na verdade, o caçula ia na cadeirinha, sempre com Julie, enquanto os outros 3 se revezavam). O mais bacana é que as estruturas, feitas de lona, incluíam cinto de segurança e uma tela para proteger do vento e dos mosquitos. As crianças tinham assim um lugar privilegiado, e bem confortável, para descobrir o mundo.

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E como o mundo é grande demais para que o possamos conhecer em uma só viagem, o casal foi obrigado a fazer escolhas. Eles optaram por países mais planos e tentaram sempre fugir do inverno, para carregar menos roupas e sacolas e para facilitar o trabalho com as crianças e o próprio alojamento. A família preferiu acampar do que ficar em hotéis ou pousadas. O alojamento em casa de famílias locais foi outra das opções.
Martin e Julie garantem ser mais barato viajar com os filhos desta forma (mesmo contando com as passagens de avião, que o mais novo não paga e o segundo paga só metade) do que levar uma vida normal na Alemanha, onde é preciso pagar renda da casa, combustível do carro e aquecimento, entre outras despesas. Eles calcularam gastar em média 50 euros por dia, o que dá 22.500 euros no ano (pouco mais de 68 mil reais).

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Os seis partiram do Canadá, de onde seguiram para Estados Unidos, Guatemala, El Salvador e Brasil (por aqui desembarcaram no Rio de Janeiro e foram até Salvador, onde ficaram dois meses). Seguiu-se a Austrália, Nova Zelândia, e depois Emirados Árabes, Omã, Índia, Tailândia, Camboja, China, Mongólia, Rússia e mais alguns países europeus, num total de 20 países visitados. Voltaram a Alemanha em julho de 2012, a tempo de Moses começar seus estudos, já com 6 anos completados.

O casal nunca teve pressa de cumprir o roteiro, que muitas vezes teve de ser ajustado às necessidades das crianças. É preciso lembrar que todos eles eram bem novos e birras, enjoos ou simples cansaço era algo que acontecia de vez em quando. A alimentação foi uma das grandes preocupações dos pais, que andavam sempre prevenidos com água, iogurtes, fruta ou pão integral.


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Apoios recebidos

O que também não faltou foram medicamentos, para coisas simples como uma gripe, mas também para doenças típicas de alguns lugares, como a malária. Sacolas com roupa, a barraca para dormir, uma pia, chuveiros portáteis, panelas, copos e um fogareiro fizeram também parte do kit de viagem.
Apesar da coragem, há que falar também dos apoios que a família recebeu: os pais de Julie ajudaram a conseguir patrocinadores, a empresa onde Martin trabalhava contribuiu com a estrutura das bikes e o equipamento de camping. Os móveis da casa na Alemanha, que foi vendida para financiar o sonho, ficaram na garagem dos pais de Julie e o irmão de Martin, com mais tempo e melhor acesso à internet, foi atualizando o site da família – o Global Mobile Family.
Apesar da viagem já ter terminado, ele continua lá, com informações e fotos, para que todos possam seguir os passos dessa aventura e se inspirar também.

Mas é preciso atitude e muita coragem? E aí, você toparia?

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