janeiro 31, 2013


São Luís do Maranhão dá primeiro passo para logística reversa de pneus


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Segundo os borracheiros, o que dificulta a reciclagem é a falta 
de logística para transportar o material até os pontos de coleta
Foto: Fora do Eixo

As borracharias fazem parte da lista de responsáveis pelo descarte inadequado de pneus no meio ambiente. A partir desse cenário a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) de São Luís, no Maranhão, decidiu recolher todo o material e destiná-los para a reciclagem.
Segundo o coordenador de limpeza pública da Semosp, Nelson Buriti, a ação foi tomada devido à justificativa dada por borracheiros quanto a falta de logísticas para transporte do material até os pontos de coleta.
A ação já recolheu somente no dia 25 de janeiro cerca de 4 mil pneus.
O encaminhamento ecologicamente correto do material está sendo realizado em parceria firmada entre a Prefeitura de São Luís, por meio da Semosp, com a empresa Reciclanip, ligada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.
Em meio às ações, a Secretaria pretende também focar na conscientização ambiental. “É importante ressaltar que as oficinas de lanternagem, borracharias e similares devem acondicionar pneus no interior de suas instalações, devidamente protegidos dos efeitos da chuva”, explicou Buriti.
A ideia é auxiliar também no combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue.

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Recolher os pneus é evitar que eles sejam depositados em rios, córregos e mangues
Foto: cobanene

As medidas já estão sendo tomadas, e somente no dia 25 de janeiro foram recolhidos cerca de 4 mil pneus. De acordo com o portal da prefeitura de São Luís, a coleta será feita em dois dias da semana, com visitas em mais de 200 borracharias.
Recolher os pneus é evitar que eles sejam depositados em rios, córregos e mangues. Buriti lembrou que a participação popular é fundamental tanto na hora de descartar corretamente, quanto no repasse de informações sobre locais onde possa haver pneus. O número para contato é o 0800-098 1636.

Fonte: Eco desenvolvimento

Já imaginou morar numa cidade planejada para ser sustentável?


Fonte: Governo de Cingapura (www.tianjinecocity.gov.sg) – Projeto da Ecocidade de Tianjin


No dia 5 de dezembro de 2012, o Brasil e o mundo perderam Oscar Niemeyer. A morte do maior arquiteto brasileiro de todos os tempos provocou uma extensa revisita a suas obras e homenagens a sua grande capacidade criativa. Como arquitetura é parte da realidade, pensar de maneira sustentável ainda não era comum no mundo nos anos 50. Por isso, até mesmo o genial Niemeyer acabou não levando em consideração questões hoje importantes, como transporte público de qualidade, reaproveitamento de água da chuva e medidas que evitassem a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera.
No entanto, as questões ambientais estão na ordem do dia de todo o mundo. Há mais de 100 cidades sendo planejadas a partir do zero tendo como conceito fundamental a sustentabilidade. Os projetos de novas ecocidades, como vêm sendo chamadas, estão presentes em diversos países. Uma das maiores delas é Tianjin Eco-City, empreendimento conjunto entre China e Cingapura.
A cidade vai ocupar quase 17 km2  ao sul da capital chinesa, Pequim. Os prédios do governo coletam água da chuva para uso, são abastecidos por energia geotermal (obtida a partir do calor do interior da Terra), possuem persianas que abrem e fecham de acordo com a incidência da luz e plataformas de aquecimento a partir de energia solar. Entretanto, a grande diferença de Tianjin para as outras ecocidades é que seus moradores não precisarão fazer grandes esforços. Na prática, os habitantes serão os primeiros a experimentar as inovações de pesquisas, como o uso de carros elétricos que circulam sem a necessidade de motoristas e sistema de iluminação pública que necessita de menor quantidade de energia para funcionar. A expectativa das autoridades chinesas é que em 2025 a ecocidade seja o lar de 350 mil pessoas.
Fonte: Respostas sustentaveis - Artigo escrito por Henry Galsky

janeiro 30, 2013


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Sensibilizar lideranças, empreendedores e potenciais empreendedores para a importância da sustentabilidade no desenvolvimento das micro e pequenas empresas, além de promover a competitividade e fomentar o empreendedorismo. Esses são os objetivos do primeiro Fórum de Sustentabilidade das Micro e Pequenas Empresas, promovido pelo Instituto EcoDesenvolvimento (EcoD) e Sebrae/BA.
O evento será realizado na sede do Sebrae/BA, em Salvador, no dia 5 de fevereiro, e contará com a presença do diretor presidente do Instituto EcoD, Isaac Edington, do presidente do Grupo BB, Plínio Bervervanso, e do arquiteto e sócio da empresa Mega Madeira, Marcos Renê, além de empresários convidados, diretores e colaboradores do Sebrae/BA.
Para Fábio Góis, diretor de conteúdo do EcoD, eventos como esses são fundamentais para mostrar aos empreendedores que a sustentabilidade deve ser vista como uma aliada competitiva também das micro e pequenos empresas, e não uma prática exclusiva das grandes corporações. “Práticas socioambientais podem estar no núcleo dos negócios de qualquer empresa, de qualquer setor ou tamanho. E o diferencial de tais práticas é sentido por todos, tanto pelo mercado como pela sociedade”, destaca Góis.
O fórum será transmitido em tempo real, das 9h às 11h, via webcasting na EcoDTV. Os participantes responderão a perguntas do público presente no auditório e também a questionamentos enviados através do Twitter do EcoD (@ecodorg).

Chuveiro de ar reduz gastos de água em até 50%

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O aparelho reduz a vasão da água pela metade, mas mantem uma alta pressão
Fotos: Divulgação

O consumo de água cresce expressivamente no verão. A temperatura alta faz com que as pessoas levem mais tempo no banho, por exemplo. Uma boa maneira de reduzir o gasto excessivo é tornar o chuveiro mais econômico, com a utilização de dispositivos como o Oxijet, um aparelho que reduz a vasão da água pela metade, mas mantendo uma alta pressão.
O segredo do Oxijet, desenvolvido pela empresa Felton, da Nova Zelândia, em colaboração com a Australia's Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), é que ele injeta pequenas bolhas de ar nas gotas de água.

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Segundo a empresa, existem outros sistemas de chuveiro de ar, mas o diferencial do Oxijet está no seu encaixe que pode ser instalado em praticamente qualquer padrão de chuveiro. "O conceito do chuveiro não é novo, mas a tecnologia por trás do nosso dispositivo sim. Ela usa uma inserção gaseificada, na qual permite que o dispositivo funcione em chuveiros já instalados”, explicou Jie Wu, um dos especialistas.

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O dispositivo foi testado no Novotel Northbeach em Wollongong, na Austrália, e aprovado por Walter Immoos, gerente do local. "Gastamos cerca de 10 milhões de litros de água por ano, portanto, qualquer economia é muito importante. Além disso, os nossos clientes aprovaram o banho", afirmou. O Oxijet é já está disponível para compra na Austrália.

Fonte: Eco desenvolvimento

Volume de embalagens de agrotóxicos recolhidas e descartadas corretamente superou 37,7 mil toneladas


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A ação, conhecida como logística reversa, se tornou obrigatória para o setor em 2002
Foto: Santa Clara/Divulgação

O balanço do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) divulgado na terça-feira, 29 de janeiro, apontou que, apenas em 2012, o volume de embalagens recolhidas e destinadas corretamente por agricultores, comerciantes e fabricantes superou as 37,7 mil toneladas - o que indica um aumento de 9% em relação ao registro de 2011.
Nos últimos dez anos, mais de 237 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos utilizadas nas propriedades rurais brasileiras voltaram para os fabricantes, que reutilizaram ou eliminaram o material seguindo padrões ambientais definidos por lei. A ação, conhecida como logística reversa, se tornou obrigatória para o setor em 2002.
Representantes do inpEV, destacaram que o aumento do volume de embalagens recolhidas reflete o maior uso de agrotóxicos no país, mas também mostra que o atendimento à legislação nacional tem acompanhado o incremento da atividade agrícola.
A gestão pós-consumo, prevista em lei, atribui responsabilidades para toda a cadeia produtiva, incluindo agricultores, fabricantes e canais de distribuição e o apoio do Poder Público.

Dados

Os números do sistema da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, conhecido como Sistema Campo Limpo, indicaram os estados que mais encaminharam embalagens vazias para a destinação no final de 2012: Paraná (4,8 mil toneladas), São Paulo (4,5 mil toneladas) e Goiás (4 mil toneladas). Juntamente com Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia, esses estados respondem por 62% do total de embalagens vazias que foram retiradas do campo no Brasil.
Apesar de ainda estar longe do topo da lista, em 2012, os agricultores, fabricantes e comerciantes de Alagoas recolheram 395% mais embalagens do que no ano anterior, passando de 34 para 170 volumes. No Pará, a logística reversa teve um salto de 132%, passando de 63 para 147. E no Rio Grande do Norte, onde foi registrado o terceiro maior crescimento percentual da medida, o volume recolhido passou de 38 para 74, com aumento de 96%.

Fonte: Eco desenvolvimento

janeiro 28, 2013

Agrotóxicos podem causar o declínio de anfíbios pelo mundo, diz estudo


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Os anfíbios possuem pele extremamente permeável, tornando esses animais potencialmente ameaçados pelos pesticidas
Foto: Tj.blackwell

 
De cada dez espécies de sapos e rãs, quatro estão em risco de extinção, segundo a "Lista Vermelha" da biodiversidade ameaçada, produzida pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Segundo a organização, os principais motivos para a ameaça aos anfíbios é a perda de habitat, poluição, incêndios, as mudanças climáticas, doenças e a superexploração da terra.
Usados nas proporções recomendadas, um deles matou 40% das rãs após sete dias e, um outro, o fungicida Headline, usado em cultivos de soja e trigo, exterminou 100% dos anfíbios depois uma hora 
O que os técnicos da IUCN subestimaram, no entanto, foi o efeito dos agrotóxicos na extinção dos sapos e rãs. De acordo com pesquisadores alemãs, os pesticidas têm um papel importante na redução expressiva da população de anfíbios ao redor do mundo.
Um experimento conduzido pelos cientistas, publicado nesta quinta-feira, 24 de janeiro, na revista Scientific Reports, constatou que fungicidas e inseticidas, mesmo utilizado nas doses recomendadas, podem gerar uma grande mortalidade desses animais.

Experimento
A equipe liderada por Carsten Bruehl, da Universidade de Coblenz-Landau (Alemanha), testou sete tipos de pesticidas em uma amostra de 150 rãs comuns (Rana temporaria): usados nas proporções recomendadas, um deles matou 40% das rãs após sete dias e, um outro, o fungicida Headline, usado em cultivos de soja e trigo, exterminou 100% dos anfíbios em apenas uma hora.
Os animais, expostos em pequenos grupos de cinco a três exemplares, foram mantidas em grandes contêineres, com solo cultivado com cevada. O produto químico foi pulverizado uma vez, em uma quantidade proporcional àquela que cairia em uma lavoura, dividido em três doses: concentrações recomendadas, um décimo das concentrações recomendadas e 10 vezes as concentrações recomendadas.
De acordo com o estudo, a pele altamente permeável dos anfíbios os torna especialmente vulneráveis a estes produtos químicos. "A toxicidade demonstrada é alarmante e um efeito negativo em larga escala da exposição terrestre a pesticidas nas populações de anfíbios parece provável", alertou o artigo.

Fonte: Eco desenvolvimento

Objetos plásticos descartados viram obras de arte nas mãos de Sayaka Ganz


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Movida por uma combinação de paixão por unir formas diferentes e simpatia por objetos descartados, a artista plástica Sayaka Ganz cria esculturas de animais feitas de objetos plásticos descartados.
Sayaka, que nasceu no Japão e cresceu em diferentes países, conta que ainda na infância foi ensinada que todos os seres e objetos tinham alma, e que aquelas peças que eram jogadas fora antes do tempo choravam nas lixeiras durante a noite.

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"Isso se tornou uma imagem muita viva em minha mente", conta. "A necessidade constante de me adaptar a diferentes cenários também fez surgir em mim o desejo de me encaixar e criar uma harmonia ao meu redor", completa.

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Para produzir suas obras, a artista utiliza apenas objetos que foram usados e descartados. Ela conta que a intenção do seu trabalho é fazer com que cada objeto transcenda a sua origem ao ser integrado em uma forma orgânica ou animal "que está viva e em movimento".

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A artista plástica conta ainda que construir essas esculturas a ajuda a compreender a situação atual do planeta. "Isso me lembra de que mesmo que exista um conflito agora, existe uma solução na qual todas as peças podem coexistir em paz. Nas minhas esculturas eu transmito uma mensagem de esperança", diz.

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Para Sayaka, o papel dos artistas em um momento de crise climática é mostrar o quão bonito e útil o lixo pode ser. "Quando a gente enxerga isso como beleza, nos lhe damos valor. E se valorizarmos os nossos recursos, nos iremos produzir menos lixo", conclui.

Fonte: Eco desenvolvimento 

Modelos são fotografadas no fundo do mar para alertar sobre preservação ambiental




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Fotos: Shawn Heinrichs e Kristian Schmidt


Moda e fotografia em prol do meio ambiente. Em vez de exibir as curvas na passarela como outras modelos internacionais, Hannah Fraser, 36, e Roberta Mancino, 32, corajosamente mergulharam no oceano para uma sessão de fotos com tubarões-baleia de 30 metros de comprimento, a fim de alertar ao mundo sobre a necessidade de conservação do meio ambiente.

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Os fotógrafos americanos Shawn Heinrichs e Kristian Schmidt passaram quatro meses planejando o ensaio, que traz as modelos imitando poses do maior peixe do mundo, em águas tropicais das Filipinas.

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As imagens possuem combinações encantadoras onde as modelos nadam em sincronia com os animais. Segundo Heinrichs, o objetivo principal do ensaio é destacar a grandiosidade e beleza das criaturas. “Nosso desafio foi transformar modelos em sereias e criar imagens hipnotizantes, mostrando a conexão entre o homem e o maior peixe do oceano”, afirmou ao site Daily Mail.

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Os tubarões-baleia são classificados como uma espécie marinha inofensiva e vulnerável, que se alimentam de criaturas minúsculas, os plânctons. Eles ainda são vítimas de caça para extração de suas barbatanas, uma iguaria comercializada nos mercados da China por aproximadamente R$40.000.

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Fonte: Eco Desenvolvimento 

janeiro 23, 2013

Siga as trilhas do ecoturismo

Foto: Jack Fiallos


O conceito de ecoturismo está diretamente ligado à ideia de preservação do planeta. Em linhas gerais, são atividades turísticas que possuem uma relação sustentável com a natureza, baseadas na ideia de conservação e educação ambiental. Pode-se dizer que é uma troca saudável: o planeta oferece suas belezas e ao homem cabe desfrutar, mas também cuidar dos patrimônios naturais. Além de contribuir para a conscientização das pessoas, o turismo ecológico gera dinheiro e empregos. No final das contas, visitantes, moradores e os próprios pontos turísticos saem ganhando.
Existem várias formas de turismo ecológico, independente da escolha existem regras básicas a serem seguidas, confira os 5 mandamentos do ecoturismo e veja se você se identifica com eles:
1 – Da natureza nada se tira a não ser fotos;
2 – Nada se deixa a não ser pegadas;
3 – Nada se leva a não ser recordações;
4 – Andar em silêncio e em grupos pequenos;
5 – Respeitar uma distância dos animais, evitando gerar stress.

No Brasil, o ecoturismo tem crescido ano após ano, e o Rio de Janeiro tem se beneficiado com esse movimento. A cidade, que tem belezas naturais famosas em todo o mundo, tem agora um outro motivo para se orgulhar de um dos seus maiores ícones: o Pão de Açucar. O famoso cartão-postal é a primeira atração turística do Brasil a receber o rótulo ecológico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O título foi dado graças à mobilização das empresas que oferecem serviços na área e que passaram a adotar medidas de redução de consumo de energia e água, reciclagem de lixo e preservação da fauna e flora do entorno. Esse tipo de ação começa a ganhar força no mundo. O Taj Mahal, por exemplo, será abastecido por energia solar e um projeto parecido será adotado pela Torre Eiffel, que receberá programa de eficiência energética e reuso de água. Como podemos ver, alguns dos principais pontos turísticos do mundo mostram que são muito mais do que rostinhos bonitos, dando exemplos de preservação ambiental.
Confira abaixo um video do Governo Federal sobre parques nacionais e áreas de preservação ambiental, muitas delas Patrimônios Naturais da Humanidade.

Fonte: Respostas Sustentaveis

janeiro 21, 2013

Você sabe o que é pegada hídrica?


O consumo de água no planeta está ligado às diversas funções da água, tanto no cotidiano das pessoas, como na produção de vários itens - Foto: Reprodução internet

O consumo de água no planeta está ligado às diversas funções da água, tanto no cotidiano das pessoas, como na produção de alimentos, roupas, papel e entre outros. E a quantidade de água usada para esses meios é enorme e muitas vezes desproporcional. Para produzir um quilo de carne bovina, por exemplo, são gastos 15,5 mil litros de água, um pouco mais que os dez mil litros de água gastos para fazer um quilo de algodão. Esses são dados da Water Footprint, organização internacional sem fins lucrativos que promove estudos relacionados ao consumo de água.
Essa organização criou um indicador de água chamado Pegada Hídrica, que mede e analisa a quantidade de água gasta para fabricar um produto, além de aferir o consumo individual das pessoas em todo o mundo. No Brasil, o consumo de água é de 2027 metros cúbicos per capita ao ano e ainda tem 9% da sua pegada hídrica total fora das fronteiras do país, ou seja, exportamos água por meio de nossos produtos. A pegada é dividida em três tipos: a azul, que mede o volume das águas de rios, lagos e lençóis freáticos, usualmente utilizadas na irrigação, processamentos diversos, lavagens e refrigeração; a pegada hídrica verde, que se relaciona à água das chuvas, necessária ao crescimento das plantas; e a pegada hídrica cinza, que mede o volume necessário para diluição de um determinado poluente até que a água em que este efluente foi misturado retorne a condições aceitáveis, de acordo com padrões de qualidade estabelecidos.

Gasto invisível
A maior preocupação do indicador é pelo fato desse consumo ocorrer de duas formas: a direta, quando alguém abre a torneira para realizar alguma ação; ou a indireta, via aquisição de objetos de consumo, como roupas, produtos alimentícios, etc. O problema dessa segunda forma é que ela passa despercebida pelas pessoas. Isso porque não é intuitivo que, ao consumirmos os produtos, neles estejam embutidas enormes quantidades de água para sua produção. Segundo dados do estudo Água: Debate estratégico para brasileiros e angolanos feito pelo professor doutor da USP, Maurício Waldman, a agricultura é, de longe, a que mais gasta água (entre 65% e 70% do consumo), seguida pela indústria (24%) e pelo uso doméstico (entre 8% e 10%).
Por isso a importância desse indicador, que alerta para o gasto “oculto” de água e busca conscientizar as pessoas que o fator da água é muito relevante nas opções de consumo de cada um. Para tornar mais clara essa relação entre entre consumidor e produto, a pegada hídrica propõe mostrar exibir o volume de água gasto em cada produto, oferecendo condições ao consumidor de optar pelo produto que se apresente como mais econômico e, como consequência, seja uma maneira de estimular fabricantes a reduzir, em seus processos de produção, o uso desse recurso tão importante.

Exigências
Outra ideia da organização é criar um projeto de lei que obrigue os fabricantes a apresentarem, nas embalagens dos seus produtos, rótulos indicando a quantidade de água gasta em sua produção. Essas propostas da organização surgem na tentativa de reduzir problemas relacionados à escassez de água, que segundo relatório da Water Footprint, chega a afetar, pelo menos um mês por ano, mais de 2,7 bilhões de pessoas.
E essa preocupação quanto à pegada hídrica deve compreender a origem, a quantidade e a qualidade da água, pois é muito importante observá-la a partir dos mananciais e rios, que marcam o início de sua trajetória. Isso porque em caso de contaminação por resíduos mal depositados ou problemas em tubulações, a água contaminada tende a espalhar-se por residências, com efeitos imprevisíveis ao ser consumida.
Além das ideias apresentadas pela organização, a diminuição no consumo e maior conscientização da população podem se dar pelo surgimento de novas tecnologias capazes de criar meios para economia, como sensores de presença que suspendem a vazão quando ela não é necessária, captação de água da chuva, temporizadores, dentre outras alternativas para o consumo mais responsável.
Aproveite também para testar a sua pegada hídrica. O site da Water Footprint apresenta uma espécie de calculadora que, baseada em informações sobre seu consumo, informa o tamanho da sua pegada hídrica.

Fonte: revista ecologico

Pode? Quatro produtos de cozinha que são possíveis de reutilizar ou reciclar



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Garrafas plásticas, frascos de vidro, latas de alumínio são produtos típicos que as pessoas costumam reutilizar ou reciclar. Mas como já dizia Lavoisier, “nada se perde, tudo se transforma”. Você pode, sim, ir além.
Para ajudar a ampliar sua lista de materiais recicláveis, o EcoD traz quatros produtos que talvez você não saiba, mas que podem ter uma nova utilidade no final da vida útil.


Esponja

A melhor opção mesmo é utilizar buchas vegetais que são biodegradáveis e mais duráveis. Mas se você ainda não conseguiu se desfazer da bucha tradicional, existe outra alternativa. Uma ideia inteligente é utilizar uma das qualidades das esponjas: o seu poder de absorção. 

Então, por que não usar a esponja para ajudar a manter o solo úmido para vasos de plantas? Para isso basta lavar a esponja, cortá-la para caber dentro do fundo de um vaso, cubra com terra, água e a planta. A esponja vai absorver o excesso de água, o que será, então, lentamente liberada de volta para o solo. Esponjas também podem ser usadas para outros projetos, como pincel, por exemplo.


Aparelhos de jantar

Se você tem aparelhos de jantar ou um único prato que não utiliza mais e estejam em boas condições, uma boa opção é doá-los. Caso os pratos estejam quebrados, eles podem virar projetos de arte, tais como mosaicos. Outra opção é verificar com instalações de reciclagem locais que aceitam concretos ou tijolos. Algumas destas instalações podem aceitar placas de cerâmica, que muitas vezes são moídas e transformadas em brita.


Utensílios de madeira

Para colheres de madeira e outros itens que são muito utilizados na cozinha, uma boa opção é quebrá-los em pedaços menores e adicioná-los à sua compostagem. Os utensílios podem ajudar no seu jardim, que por sua vez vai ajudar a alimentá-lo. Se os seus utensílios ainda estão em bom estado, você pode considerar também a ideia de doá-los a uma loja de segunda mão.


Panelas

Dependendo do tipo de panelas de metal que você tem, você pode encontrar uma empresa de reciclagem que se interesse, principalmente se forem feitas de alumínio, cobre ou aço. As que possuem revestimento antiaderente podem ser mais complicadas, já que é preciso remover o revestimento antes da reciclagem.

É bom verificar também se o fabricante da panela possui programa de reciclagem, o que facilita bastante. Para os mais criativos as panelas velhas podem virar cacos de plantas, com alguns toques de customização.

Fonte: eco desenvolvimento

Albergues de todo país recebem cartilhas sobre turismo sustentável



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Mais de 18 mil cartilhas serão distribuídas
Foto: Toprural


Ao longo de todo o mês de janeiro, albergues espalhados pelo país receberão exemplares do Passaporte Verde, uma cartilha que traz dicas de viagens e estimula a reflexão sobre a sustentabilidade. A ação é uma parceria do Ministério do Turismo com a Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ), e planeja distribuir 18,7 mil exemplares.

A ideia é aproveitar o período de alta temporada, no qual a ocupação dos albergues chega a 80%, para promover a educação ambiental. "Aproveitamos a viagem dos alberguistas para conscientizá-los das questões ambientais, que vão desde o respeito ao patrimônio à economia de energia e água", afirmou a presidente da FBAJ, Maria José Giaretta.

Lançada em junho, durante a Rio+20, a cartilha faz parte da campanha coordenada pelo MTur e o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

O Passaporte Verde busca estimular a reflexão sobre a sustentabilidade, mostrando que atitudes simples, como o consumo responsável e o uso racional dos recursos naturais, favorecem a proteção dos destinos turísticos.

Fonte: eco desenvolvimento

OIT alerta que 80% do lixo eletrônico global é enviado aos países em desenvolvimento


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Segundo a agência, simplesmente banir as remessas de lixo eletrônico enviadas aos países em desenvolvimento não é a soluçãoFoto: acroll
Por Rádio ONU

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca que 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidas todos os anos. O descarte envolve vários tipos de equipamentos, como geladeiras, máquinas de lavar roupa, televisões, celulares e computadores.
Países desenvolvidos enviam 80% do seu lixo eletrônico para ser reciclado em nações em desenvolvimento, como China, Índia, Gana e Nigéria. Segundo a OIT, muitas vezes, as remessas são ilegais e acabam sendo recicladas por trabalhadores informais.

Riscos à saúde

O estudo Impacto Global do Lixo Eletrônico, publicado em dezembro de 2012, destaca a importância do manejo seguro do material, devido à exposição dos trabalhadores a substâncias tóxicas como chumbo, mercúrio e cianeto.

OIT sugere criação de leis e associações ou cooperativas de reciclagem.
A OIT cita vários riscos para a saúde, como dificuldades para respirar, asfixia, pneumonia, problemas neurológicos, convulsões, coma e até a morte.
Segundo a agência, simplesmente banir as remessas de lixo eletrônico enviadas aos países em desenvolvimento não é a solução, uma vez que a reciclagem desse material promove emprego para milhares de pessoas que vivem em condição social vulnerável.

A Organização Internacional do Trabalho sugere integrar sistemas informais de reciclagem ao setor formal e melhorar os métodos e condições de trabalho. Um outro passo indicado no estudo é a criação de leis e associações ou cooperativas de reciclagem.

Fonte: Eco desenvolvimento

Programa de reciclagem transforma bitucas de cigarro em plástico


Sentado em seu escritório em Trenton, em Nova Jersey, na costa leste dos Estados Unidos, Tom Szaky é o bem sucedido jovem presidente de uma empresa que lançou o primeiro programa de reciclagem de pontas de cigarro exportado ao mundo.
Segundo Szaky, os cigarros são a principal fonte de resíduos do mundo e respondem por 37% de tudo o que as pessoas jogam fora. Como o jovem empresário adora desafios, encontrar uma solução para reciclar esse descarte era um dos seus três grandes objetivos de 2012, junto com o das gomas de mascar e o das fraldas usadas. O programa de coleta de gomas de mascar será lançado no Brasil e o de fraldas usadas, nos Estados Unidos, explicou.
Lançado em maio no Canadá, o programa de reciclagem de pontas de cigarro da sua empresa TerraCycle garante a coleta do material descartado e a transformação das bitucas em plástico. O material, depois, pode ser usado em novos produtos, como cinzeiros. O programa também já foi levado para os Estados Unidos e a Espanha.
O princípio é o mesmo e independente do país: os voluntários, que podem ser pessoas, empresas, organizações de defesa do meio ambiente, coletam as pontas de cigarro e as enviam à sede nacional da TerraCycle, que paga pelo custo do pacote. As cinzas são esterilizadas e dissecadas, misturando o papel e o tabaco, enquanto o acetato de celulose, material plástico usado no filtro, é fundido e reciclado.
O programa é pago pela indústria do tabaco, de acordo com Szaky. Ele afirma que s empresas do setor ficam satisfeitas em demonstrar uma boa ação perante a opinião pública, e os voluntários recebem pontos para financiar projetos em escolas ou associações de caridade.
A reciclagem de pontas de cigarro não é a primeira operação lançada pelo TerraCycle, uma empresa que há dez anos se especializou em reciclagem e na “transreciclagem” (transformação de um produto reciclado em algo novo e de valor superior) de sessenta maços diferentes.
Entre eles estão embalagens de sucos de fruta, garrafas plásticas, canetas, copos de café, papéis de bombons e escovas de dentes. O sucesso da empresa tem superado as expectativas.
“Recuperamos muito rápido mais de um milhão de cigarros. Organizações formidáveis têm garantido a coleta, e a indústria do tabaco mostrou tanto entusiasmo que lançou o programa nos Estados Unidos e na Europa”, comemorou Szaky.
“Nos próximos quatro meses, o programa será lançado na França, na Alemanha, na Suíça, na Áustria, na Noruega, na Dinamarca, na Suécia, na Finlândia e talvez no México”, afirmou o jovem nascido há 30 anos na Hungria e criado no Canadá.
Tom Szaky, cuja empresa emprega uma centena de pessoas no mundo, disse que quer chegar em 2013 a novos países da América Latina e do leste europeu. “Quero resolver todos os problemas de resíduos que existem, começando pelos produtos que se pensa que não podem ser reciclados”, afirmou. 
Fonte: UOL

Bicicletas brilham no escuro e podem ser carregadas com luz solar


Em busca de soluções para garantir mais segurança aos ciclistas, o Laboratório de Pesquisas de Transporte do Reino Unido concluiu que a visibilidade nas estradas é um fator fundamental: se destacar da paisagem habitual, especialmente à noite, facilita o reconhecimento por parte de motoristas, assim diminuindo o número de acidentes. De encontro a essa constatação, uma empresa alemã desenvolveu um modelo de bicicleta que brilha no escuro. As informações são do Daily Mail.
A companhia 8Bar Bikes criou a bicicleta luminosa com pintura fotoluminescente que absorve luz durante o dia e emite brilho no escuro. O produto, que custa cerca de 1,2 mil euros, pode ser carregada com luz natural ou artificial. O efeito luminoso reduz com o passar do tempo.
Outra ideia semelhante envolve o brilho apenas da estrutura principal da bicicleta, sem que as rodas também sejam iluminadas – como é o caso do produto alemão. A Kilo Glow, da Purefix Cycles, sai por um preço bem menor: cerca de 250 euros. 
Fonte: Portal Terra

Natureza e ciência unidas por uma evolução sustentável

A estrutura microscópica dos carrapichos serviu de 
inspiração para a criação do velcro. Foto: Elaine Schug
Aposto que, alguma vez, você já ouviu a famosa frase do cientista francês Lavoisier: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A expressão data do século XVIII e diz respeito ao princípio de conservação da matéria. É o maior e melhor modelo de sustentabilidade e adaptabilidade que o ser humano pode seguir. Tanto é assim que existe um ramo na ciência, relativamente recente, chamado biomimética, cuja responsabilidade é aprender com a natureza pelo estudo de suas estruturas e funções e, a partir daí, aplicar as descobertas nas mais diversas áreas do conhecimento.
Um exemplo bastante conhecido é o caso do carrapicho que serviu de inspiração para a criação do velcro. Em 1941, o cientista Georges de Mestral, curioso com o fato de aquelas sementinhas verdes grudarem com tanta facilidade aos tecidos de sua roupa e ao pelo de seu cachorro, descobriu, observando o carrapicho ao microscópio, que o vegetal possuía uma estrutura semelhante a pequenos ganchos, os quais se prendiam aos emaranhados dos tecidos de sua calça e aos pelos de seu cão. A partir daí, teve a ideia de desenvolver o velcro, uma feliz adaptação do mesmo princípio do carrapicho. Ao longo dos anos, o invento sofreu inúmeras melhorias até chegar à forma conhecida atualmente.
De fato, não é de hoje que importantes invenções e descobertas se tornaram possíveis graças à observação da natureza. A ideia de superfícies de baixo atrito, por exemplo, aplicada hoje em cascos de navios e até em trajes de natação, foi desenvolvida em estudos com peixes em seu ambiente aquático. O princípio da lei da gravidade também não foge a essa ciência. Isaac Newton avançou no estudo dessa teoria depois de notar a trajetória das maçãs que caíam dos galhos no seu pomar.
Outro caso muito curioso são as torres de cupins, usadas como inspiração para construções sustentáveis. A hábil engenharia desses insetos consegue manter constante a temperatura no interior de suas moradias, por meio de um complexo sistema de túneis. Seguindo o modelo usado por eles, foi erguido o Eastgate, no Zimbábue, um prédio comercial que também funciona como um shopping. Apesar de a temperatura fora dele variar entre 3ºC e 42ºC ao longo do dia, ela se mantém estável dentro do edifício, com uma diferença de não mais de 1ºC entre a manhã e a noite. O edifício economiza, de maneira autônoma, mais de 90% de energia em relação às construções tradicionais, não só em ventilação, mas também em iluminação.
Fonte: Respostas Sustentáveis

janeiro 17, 2013

EcoD Básico: Consumo Colaborativo


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O Consumo Colaborativo é uma prática comercial que possibilita o acesso à bens e serviços sem que haja necessariamente aquisição de um produto ou troca monetária
Foto: reprodução


O consumo colaborativo é o resgate de partilhas tradicionais perdidas no tempo, como o empréstimo, troca, aluguel e doação. A novidade está nas tecnologias de rede, que possibilitam esses trâmites em uma escala e forma nunca antes possível.
A expressão surgiu no começo da década passada nos Estados Unidos para identificar uma alternativa que surgia ao modelo de consumo excessivo e desenfreado que caracteriza a sociedade norte-americana desde a década de 1980.
A ideia do movimento é mostrar que adquirir produtos novos nem sempre é a opção mais vantajosa, já que muitas vezes o novo se torna rapidamente obsoleto. Ter acesso ao que se deseja apenas durante o tempo que for necessário é uma atitude mais dinâmica do que estabelecer compromissos e arcar com as responsabilidades à longo prazo que a posse acarreta. Esse tipo de consumo baseado no compartilhamento agrega valor à experiência em detrimento apenas do ter.


Como funciona

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A prática comercial no consumo colaborativo é uma interação entre partes interessadas em ter acesso ao que o outro oferece
Foto: Lise Lobo/EcoD



No consumo colaborativo, a estrutura de oferta e demanda não é tão rígida e limitada como na compra tradicional: não há moeda fixa de escambo, nem posse única ou total de um objeto. A prática comercial no consumo colaborativo é uma interação entre partes interessadas em ter acesso ao que o outro oferece.
Toda esta configuração se mostra compatível com as relações que estabelecemos na internet, em uma comunicação que não é mais frontal, mas na qual ocorre produção de conteúdo de ambos os lados: todos são receptores e emissores ao mesmo tempo. Essa estrutura comunicativa da internet migrou para o mundo dos negócios na forma do consumo colaborativo: não há mais separação entre vendedor e comprador, mas uma relação mútua de escambo entre partes.

Fatores de surgimento

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Foto: reprodução


Redes sociais – As redes sociais formaram um público potencial para modelos de negócios online de troca/aluguel/venda de produtos ociosos. Segundo o blog Consumo Colaborativo, as plataformas online conseguem agrupar um grande número de pessoas com interesses em comum e que estão dispostas a compartilhar, formando um ambiente propício para o negócio colaborativo.

Economia - A Grande Recessão de 2008 fez com que, principalmente os americanos, começassem a repensar seus valores e a reavaliar a forma como lidavam com o dinheiro, resultando na busca de alternativas para economizar. Cenário ideal para o surgimento de negócios que suprissem as necessidades dos consumidores por produtos mais acessíveis, além daqueles que precisavam vender algo para melhorar suas economias.

Preocupação ambiental - Outra tendência atual que está diretamente relacionada ao surgimento desse novo tipo de comércio é a preocupação com o meio ambiente e a preferência por atitudes mais sustentáveis, que atendam às necessidades dos consumidores sem causar tanto impacto na natureza. Por meio do consumo colaborativo, tem-se acesso a uma maior gama de produtos sem que haja necessidade de aumentar a produção dos mesmos. Por sua vez, estes são compartilhados, reutilizados e pertencem a uma coletividade e não apenas a um indivíduo.

fonte: ecodesenvolvimento

Fuligem impacta aquecimento ‘o dobro do imaginado’


Carbono negro, ou fuligem, contribui muito mais para o aquecimento global do que anteriormente reconhecido, segundo pesquisa. Os cientistas dizem que as partículas liberadas por motores a diesel e queima de madeira podem estar tendo um efeito que é o dobro do imaginado em estimativas anteriores. Eles dizem que a fuligem perde apenas para o dióxido de carbono como o mais importante agente causador de aquecimento no planeta. A pesquisa foi publicada no “Journal of Geophysical Research-Atmospheres”.
Durante muitos anos, micropartículas de carbono negro suspensas no ar sempre foram consideradas importante fator de aquecimento da atmosfera, por absorverem luz solar. A substância também acelera o derretimento do gelo e da neve. Este novo estudo conclui que essas partículas escuras têm efeito de aquecimento equivalente a dois terços do provocado pelo dióxido de carbono, e maior do que o metano.
“A conclusão é de que o carbono negro está causando mais impacto na atmosfera”, disse a autora do estudo, Sarah Doherty, à BBC. “O valor na atmosfera observado no quarto relatório de avaliação, de 2007, era metade do que o que estamos apresentando neste relatório – o que é um pouco chocante.”.
Meio grau – Os pesquisadores dizem que as emissões de carbono negro na Europa e América do Norte têm diminuído devido a restrições às emissões de motores a diesel. Mas elas crescem constantemente no mundo em desenvolvimento.
Os especialistas acreditam que reduzir seu número teria um impacto imediato sobre as temperaturas, mas não necessariamente de longo prazo.“Reduzir as emissões de motores a diesel e queima de madeira e carvão obviamente traz benefícios para o clima e para a saúde”, disse o professor Piers Forster, da Universidade de Leeds.
“Se tivéssemos feito tudo o que está ao alcance para reduzir essas emissões, poderíamos reduzir em até meio grau o aquecimento, ou ter um par de décadas de trégua”, acrescentou. O relatório adverte entretanto, que o papel da fumaça negra é complexo e pode também ter efeitos de resfriamento.
“Mitigação (conjunto de medidas para combater o aquecimento) é uma questão complexa, porque a fuligem é normalmente emitida com outras partículas e gases que provavelmente esfriam o clima”, pondera o professor Forster.
Resfriamento – ‘Por exemplo, a matéria orgânica na atmosfera produzida pela queima de vegetação provavelmente tem um efeito de resfriamento. Portanto, no final das contas, eliminar essa fonte pode não nos dar o resfriamento desejado’, acrescentou. O carbono negro é tido como uma fonte significativa de rápido aquecimento no norte dos Estados Unidos, Canadá, Europa do Norte e norte da Ásia. As partículas também teriam impacto sobre os padrões de chuva na monção asiática.
No ano passado, uma coalizão de seis países deu início a um esforço conjunto para reduzir o impacto de curto prazo de agentes como o carbono preto. Os autores dizem que, embora cortar fuligem seja importante, cortar as emissões de dióxido de carbono são a melhor maneira de enfrentar a mudança climática a longo prazo. 
Fonte: G1